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Equinor conclui etapa em águas rasas do Gasoduto Raia

Projeto deve iniciar operações em 2028 e poderá atender até 15% da demanda nacional de gás

Equinor conclui etapa em águas rasas do Gasoduto Raia (Foto: Reuters)

247 - A Equinor anunciou a conclusão da instalação do trecho de águas rasas do Gasoduto Raia, localizado na Bacia de Campos, conforme informou a companhia em nota oficial publicada em seu site. O avanço marca um passo decisivo no cronograma do empreendimento, que tem início das operações previsto para 2028, após a devida licença do Ibama.

De acordo com a Equinor, a próxima fase será a instalação do trecho terrestre, que se estenderá por cerca de 4 km até se conectar à malha de transporte de gás em Cabiúnas, no município de Macaé. “Demos mais um passo importante na direção do início das operações do Projeto Raia, um dos mais importantes de gás natural em desenvolvimento no país. A conclusão da construção do trecho de águas rasas reforça a capacidade técnica do nosso time que, tendo segurança como prioridade, seguirá agora para as fases restantes: as instalações do trecho terrestre e de águas profundas até o FPSO”, afirmou Pedro Veronesi, gerente do Gasoduto Raia.

Estrutura e capacidade do projeto

O Gasoduto Raia é operado pela Equinor, que detém 35% de participação, em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%). O empreendimento prevê o escoamento de até 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, além de reservas recuperáveis de óleo e condensado que superam 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe). O FPSO associado ao projeto terá capacidade de processar cerca de 126 mil barris por dia.

Peso da indústria nacional

A indústria brasileira desempenha papel central no projeto. Segundo a Equinor, aproximadamente R$ 2 bilhões foram investidos em contrato com a Tenaris, que produziu em Pindamonhangaba (SP) os tubos utilizados no gasoduto, totalizando 20 mil toneladas de aço, sendo mais de 99% fornecido por empresas nacionais.

Além disso, a MODEC constrói três módulos do topside do navio-plataforma no estaleiro SeatriumFELS, em Angra dos Reis (RJ). No escopo submarino, a maior parte das estruturas está em fabricação pela TechnipFMC no Rio de Janeiro. Outras entregas estratégicas ocorrem em estados como Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Relevância para a matriz energética

Integrado ao Novo PAC do governo federal, o Projeto Raia é considerado essencial para a segurança energética do país. A expectativa é que, quando entrar em operação, em 2028, o sistema seja responsável por suprir até 15% da demanda nacional de gás natural.

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