Dilma Rousseff se despede do Papa Francisco: "foi um dos maiores homens dos séculos 20 e 21"

247 - A ex-presidente Dilma Rousseff participou, neste sábado (26), do funeral do Papa Francisco no Vaticano e prestou homenagens ao Pontífice, classificando-o como "um dos maiores homens dos séculos 20 e 21". Durante sua chegada ao Palácio Pamphilj, sede da embaixada do Brasil em Roma, na última sexta-feira (25), ao lado da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma expressou sua dor e disse que estar ali era uma "completa obrigação, completo desejo". "Não podia deixá-lo partir sem estar aqui", afirmou a ex-presidente, de acordo com a agência Ansa.

Emocionada, Dilma destacou a generosidade do Papa Francisco com ela e com os mais pobres ao longo de sua vida. "Eu tenho muita dor porque o Papa sempre foi muito generoso comigo", revelou, explicando que deixou a China para viajar à Itália em respeito à sua missão de prestar essa última homenagem.

Para Dilma, o Papa representou uma figura de liderança excepcional em dois períodos fundamentais. "Eu considero que, para além de mim, o Papa foi um dos maiores homens do século 20 e 21, porque no século 20 foi onde ele se construiu como pessoa, e no século 21 foi quando ele realizou uma coisa muito difícil, que é ser uma liderança das melhores características do ser humano, como um exemplo para todos", destacou.

A ex-presidente também elogiou o compromisso do Papa com os mais necessitados e sua postura contra a guerra e o preconceito. "Ele teve uma imensa generosidade com os pobres e reconheceu a importância de transformar o mundo em um lugar mais igual", afirmou. Ela ressaltou ainda o acolhimento do Papa, que se destacou pela capacidade de unir pessoas de diferentes credos e origens. "Aquela imensa capacidade do Papa de acolher crianças, jovens, adultos, pessoas de todas as religiões. Ele foi um Papa religioso, ou seja, um Papa que ligava uns aos outros", concluiu.

O sepultamento do Papa Francisco ocorreu neste sábado (26), na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, local escolhido pelo próprio Pontífice antes de seu falecimento.