247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornou a Brasília na noite deste sábado (26), após participar do funeral do Papa Francisco, em Roma. A cerimônia religiosa foi realizada pela manhã, na Praça São Pedro, e contou com a presença de líderes de todo o mundo.
Lula embarcou de volta ao Brasil logo após a cerimônia, às 8h no horário de Brasília. Na Itália, ele esteve acompanhado pelos representantes dos Três Poderes: o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), respectivamente. A chegada da comitiva brasileira à capital federal ocorreu por volta das 19h40.
De acordo com o Vaticano, cerca de 130 delegações compareceram ao funeral. Entre os líderes presentes estavam Donald Trump, dos Estados Unidos; Javier Milei, da Argentina; Sergio Mattarella, da Itália; e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia.

Bianca Penteado

Presidente Lula durante Missa Exequial em intenção do Papa Francisco

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Brasil

Lula retorna ao Brasil após funeral do Papa Francisco

ANSA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que o próximo papa da Igreja Católica dê continuidade aos mesmos compromissos de Francisco com o "combate à desigualdade".
Em declaração à imprensa após o funeral de Jorge Bergoglio, o petista expressou um "apreço muito grande" pelo finado pontífice e o definiu como o "líder religioso mais importante" do século 21 até o momento.
"Foi uma dívida que pagamos a um homem que prestou serviços à humanidade", disse Lula em Roma, pouco antes de embarcar de volta ao Brasil com sua comitiva.
"Quisera Deus que o próximo papa fosse igual a ele, com o mesmo coração dele, os mesmos compromissos religiosos dele e os mesmos compromissos com o combate à desigualdade do papa Francisco", acrescentou o presidente da República.
Os dois mantinham uma relação próxima, com troca de correspondências, inclusive nos tempos de prisão do petista, e sintonia a respeito de temas sociais.
Lula ainda foi questionado a respeito da breve reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realizada na Basílica de São Pedro antes do funeral.
"Eu não sei o que eles conversaram, o importante é que se converse para ver se encontra uma saída para essa guerra, porque essa guerra está ficando sem explicação. Ninguém quer falar em paz", declarou.
Segundo o mandatário, o Brasil "continua teimando" para "fazer com que os dois se sentem à mesa e encontrem uma solução, não só para Ucrânia e Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza". O petista ainda salientou que "não viu" Trump durante o funeral de Francisco.

Paulo Emilio

Presidente Lula, durante Missa Exequial em intenção do Papa Francisco

Sucessor deve respeitar compromissos de Francisco, diz Lula

247 - A ex-presidente Dilma Rousseff participou, neste sábado (26), do funeral do Papa Francisco no Vaticano e prestou homenagens ao Pontífice, classificando-o como "um dos maiores homens dos séculos 20 e 21". Durante sua chegada ao Palácio Pamphilj, sede da embaixada do Brasil em Roma, na última sexta-feira (25), ao lado da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma expressou sua dor e disse que estar ali era uma "completa obrigação, completo desejo". "Não podia deixá-lo partir sem estar aqui", afirmou a ex-presidente, de acordo com a agência <a href="https://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/ultimo_momento/2025/04/26/papa-foi-um-dos-maiores-homens-dos-seculos-20-e-21-diz-dilma_df135ad7-ed57-4d43-a54f-6abd10a1bb2e.html">Ansa</a>.
Emocionada, Dilma destacou a generosidade do Papa Francisco com ela e com os mais pobres ao longo de sua vida. "Eu tenho muita dor porque o Papa sempre foi muito generoso comigo", revelou, explicando que deixou a China para viajar à Itália em respeito à sua missão de prestar essa última homenagem.
Para Dilma, o Papa representou uma figura de liderança excepcional em dois períodos fundamentais. "Eu considero que, para além de mim, o Papa foi um dos maiores homens do século 20 e 21, porque no século 20 foi onde ele se construiu como pessoa, e no século 21 foi quando ele realizou uma coisa muito difícil, que é ser uma liderança das melhores características do ser humano, como um exemplo para todos", destacou.
A ex-presidente também elogiou o compromisso do Papa com os mais necessitados e sua postura contra a guerra e o preconceito. "Ele teve uma imensa generosidade com os pobres e reconheceu a importância de transformar o mundo em um lugar mais igual", afirmou. Ela ressaltou ainda o acolhimento do Papa, que se destacou pela capacidade de unir pessoas de diferentes credos e origens. "Aquela imensa capacidade do Papa de acolher crianças, jovens, adultos, pessoas de todas as religiões. Ele foi um Papa religioso, ou seja, um Papa que ligava uns aos outros", concluiu.
O sepultamento do Papa Francisco ocorreu neste sábado (26), na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, local escolhido pelo próprio Pontífice antes de seu falecimento.

Lula, Dilma e autoridades se despedem de Papa Francisco em cerimônia no Vaticano

Dilma Rousseff se despede do Papa Francisco: "foi um dos maiores homens dos séculos 20 e 21"

247 - Direto de Roma, onde participou das homenagens póstumas ao Papa Francisco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com jornalistas sobre a importância do pontífice e o significado do funeral para o Brasil e o mundo.
Durante a coletiva, Lula destacou a relevância histórica e espiritual do papa: "Foi uma dívida que nós pagamos a um homem que prestou serviço à humanidade. Queira Deus que o próximo Papa fosse igual a ele, com o mesmo coração, com os mesmos compromissos religiosos e com o combate à desigualdade que ele teve". O presidente afirmou que deixa a Itália com a consciência tranquila: "Eu volto para o Brasil certo de que nós cumprimos o nosso dever como cristãos, como religiosos e como políticos ao vir ao enterro de uma pessoa admirável como o Papa Francisco".
Questionado sobre uma cena que chamou a atenção na Basílica de São Pedro — a conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, incentivada pelo Papa Francisco — Lula preferiu não especular: "Eu não sei o que eles conversaram. Eu não posso intuir a conversa". No entanto, reforçou a necessidade de diálogo para a solução de conflitos: "O que é importante é que se conversem para ver se encontram uma saída para essa guerra, que está ficando sem explicação. Ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz".
O presidente reiterou a posição do Brasil de insistir na busca pela paz: "O Brasil continua teimando que a solução é fazer com que os dois sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução, não só para a Ucrânia e a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra o povo palestino".
Perguntado se havia cumprimentado Donald Trump, Lula explicou que não: "Eu não cumprimentei porque eu estava conversando com o meu pessoal sobre a questão da segurança na saída, que estava uma confusão muito grande. Eu não vi o Trump, na verdade".
O Papa Francisco faleceu na última segunda-feira, aos 88 anos, após o agravamento de seu estado de saúde. Sua trajetória como líder religioso foi marcada pela defesa dos mais pobres, pela luta contra a desigualdade social e pela promoção da paz no mundo.
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"Cumprimos nosso dever como cristãos, religiosos e políticos", diz Lula, após o funeral do Papa

247 - O Vaticano confirmou neste sábado (26) que cerca de 200 mil pessoas estavam reunidas na Praça de São Pedro para o funeral do Papa Francisco, em Roma. A cerimônia, segundo o <a href="https://www.infomoney.com.br/mundo/vaticano-confirma-presenca-de-200-mil-pessoas-no-funeral-do-papa-francisco/">Infomoney</a>, atraiu multidões de fiéis e mais de 160 delegações internacionais, superando em quatro vezes o público presente no funeral de seu antecessor, o Papa Bento XVI, que, em janeiro de 2023, contou com cerca de 50 mil pessoas.
Entre os líderes presentes no evento estavam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente argentino Javier Milei e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O funeral teve início às 10h (horário local, 5h no horário de Brasília) e foi presidido pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio de Cardeais. Embora a cerimônia seguisse os rituais tradicionais do Vaticano, foi adaptada a um formato mais simples, conforme as mudanças estabelecidas pelo próprio Papa Francisco no ano passado, que havia decidido reduzir a pompa dos funerais papais.
O corpo de Francisco permaneceu em estado de velório na Basílica de São Pedro desde quarta-feira (23) até a noite de sexta-feira (25), quando seu caixão foi fechado por volta das 20h (15h de Brasília). O papa estava vestido com uma casula vermelha e mitra branca, segurando um rosário.
Diferente de outros papas recentes, Francisco havia optado por um enterro mais modesto. Seu caixão, feito apenas de madeira e zinco — sem os tradicionais três caixões — foi levado para a Basílica Papal de Santa Maria Maior, em Roma, onde outros sete pontífices estão sepultados. Em vida, o papa expressou o desejo de que seu túmulo fosse simples, com a única inscrição "Franciscus".
As homenagens ao pontífice continuarão nos próximos dias: igrejas em toda Roma celebrarão missas especiais em sua memória durante os próximos nove dias, conforme o tradicional período de luto católico, o Novemdiales.

Pessoas assistem à missa de corpo presente do Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano, em 26 de abril de 2025

Mundo

200 mil pessoas estão na Praça de São Pedro para último adeus ao Papa Francisco, diz Vaticano

247 - A Casa Branca anunciou neste sábado (26) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mantiveram uma reunião considerada "muito produtiva" antes do funeral do Papa Francisco, ocorrido em Roma, destaca a AFP.&nbsp;
Este foi o primeiro encontro entre os dois líderes desde o desentendimento em fevereiro, que resultou em uma significativa ruptura diplomática entre os dois países. A reunião foi breve e reservada, segundo o The New York Times.
Trump, que se encontrava entre outros líderes mundiais na despedida do Papa Francisco, na Itália e no Vaticano, estava ansioso para conversar com Zelensky.&nbsp;
O encontro com o líder ucraniano foi o mais aguardado, especialmente porque Trump tem pressionado Zelensky a buscar um acordo de paz com a Rússia.&nbsp;
Segundo um porta-voz da presidência ucraniana, Sergiy Nykyforov, o encontro foi breve e aconteceu antes do início da cerimônia, mas nenhum outro detalhe foi compartilhado.&nbsp;
O porta-voz da Casa Branca, Stephen Cheung, também classificou o encontro como "uma discussão muito produtiva", mas evitou entrar em mais especificações.
Ambos os presidentes, acompanhados de suas esposas, estiveram presentes na primeira fila do funeral, na Praça de São Pedro, no Vaticano, mas foram separados por diversos outros líderes.&nbsp;
Embora Zelensky tenha lançado um olhar na direção de Trump durante a cerimônia, não houve encontro público entre os dois.&nbsp;
Antes do evento, ambos os lados haviam mantido um tom vago sobre a possibilidade de um encontro, com Trump afirmando que seria "possível".
As tensões entre os dois países aumentaram após um confronto no Salão Oval, em 28 de fevereiro, quando Trump e o vice-presidente JD Vance repreenderam Zelensky, acusando-o de ingratidão pelos bilhões de dólares em assistência militar fornecidos pelos EUA desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 2022.&nbsp;
Trump, apesar de pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, que parasse os ataques à Ucrânia, recentemente voltou a culpar Zelensky pela guerra, além de pressioná-lo a aceitar concessões antes vistas como inaceitáveis por Washington, como a permanência da Crimeia sob controle russo em qualquer possível acordo de paz.
As reportagens também destacam que, na véspera do funeral, Trump chegou a Roma e, em sua plataforma Truth Social, reiterou sua posição de que os líderes da Rússia e da Ucrânia deveriam se encontrar para "finalizar tudo", afirmando que as negociações estavam muito próximas de um acordo.&nbsp;
"A maioria dos pontos principais já foi acordada", escreveu ele. Por outro lado, o presidente russo, Putin, discutiu na sexta-feira a "possibilidade" de negociações diretas com a Ucrânia durante um encontro com o enviado dos EUA, Steve Witkoff.&nbsp;
Porém, Zelensky manteve sua postura intransigente, recusando a sugestão de abrir mão da Crimeia, território que Moscou tomou da Ucrânia em 2014 após um referendo esmagador.&nbsp;
Em meio a essas movimentações diplomáticas, Trump expressou crescente frustração com a falta de progresso nas negociações, chegando a ameaçar abandonar os esforços de paz se não houvesse avanços em direção a um cessar-fogo.&nbsp;
No ano passado, Trump havia prometido encerrar o conflito na Ucrânia em 24 horas, caso fosse reeleito presidente, mas em entrevista recente à revista Time, ele comentou que fazia essa afirmação "em tom de brincadeira".

Trump e Zelensky tiveram encontro breve e "muito produtivo" antes do funeral do Papa Francisco, diz Casa Branca

247 - O velório do papa Francisco segue mobilizando milhares de fiéis no Vaticano. Nesta quinta-feira (24), a Basílica de São Pedro foi reaberta ao público às 2h da madrugada, no horário local, para permitir que mais pessoas possam prestar suas últimas homenagens ao pontífice.
O corpo de Francisco permanecerá exposto até esta sexta-feira (25), às 14h. A decisão de reabrir a basílica nas primeiras horas do dia reflete o impacto de sua morte entre os católicos e a multidão que se formou para a despedida. No primeiro dia de cerimônia, o número de fiéis superou as expectativas, o que forçou o adiamento do fechamento do templo. A basílica, que deveria encerrar as visitas no fim da tarde, permaneceu aberta até as 20h50, no horário de Brasília — quase duas horas além do previsto.
Segundo comunicado do Vaticano, mais de 20 mil pessoas já haviam passado pela Basílica de São Pedro ao longo do primeiro dia. A estimativa é que esse número aumente consideravelmente até o final da sexta-feira, quando se encerram os momentos de velório público.
O funeral do papa Francisco será realizado neste sábado (26), às 5h da manhã, no horário de Brasília. A cerimônia deverá reunir líderes religiosos e políticos de diversas partes do mundo, além de milhares de fiéis, em uma despedida marcada pela devoção e pela relevância histórica do pontífice.
Francisco, primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica, deixa como legado um pontificado voltado para a simplicidade, a justiça social e o diálogo inter-religioso. Sua morte marca o fim de uma era para o catolicismo mundial e desencadeia, agora, o início do processo de sucessão no Vaticano.

José Reinaldo

Membros da Guarda Suíça ao lado do caixão contendo o corpo do Papa Francisco, no dia do translado de seu corpo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 23 de abril de 2025

Velório do papa Francisco segue com grande comoção popular no Vaticano

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quarta-feira (23) que sua reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deve ocorrer após sua visita à Arábia Saudita, descartando a possibilidade de um encontro entre os dois líderes durante a viagem ao oeste da Ásia. As informações são da agência Sputnik.
A Casa Branca confirmou que Trump visitará a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Catar entre os dias 13 e 16 de maio. Ao ser questionado por jornalistas nesta quarta-feira, durante coletiva na Casa Branca, sobre a chance de um encontro com Putin durante essa agenda, Trump respondeu: “É possível, mas muito provavelmente não. Acho que nos encontraremos pouco depois disso.”
Além do giro pelo Oriente Médio, Trump também estará em Roma nesta semana para acompanhar o funeral do Papa Francisco. Apesar de a capital italiana ser palco de uma série de reuniões diplomáticas agendadas pelo presidente dos EUA, ainda não há confirmação sobre um eventual encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que poderá ou não comparecer à cerimônia.
“Tenho muitas reuniões marcadas [em Roma]. Não sei se conseguirei [me encontrar com Zelensky]”, declarou Trump, acrescentando: “Não sei se ele vai ao funeral ou não, mas só espero que ele resolva essa coisa [conflito].”

Luis Mauro Filho

Presidente dos Estados Unidos Donald Trump na Casa Branca, em Washington, nos EUA - 18/04/2025

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Trump descarta encontro com Putin na Arábia Saudita e mantém indefinição sobre reunião com Zelensky

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu cancelar sua viagem programada para o Pará e Rondônia no final desta semana para comparecer ao sepultamento do Papa Francisco, que ocorrerá no Vaticano. Segundo o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/04/22/lula-cancela-agendas-no-para-e-em-rondonia-para-comparecer-ao-sepultamento-do-papa.ghtml">O Globo</a>, o nome dos integrantes da comitiva, que inclui a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, deve ser confirmado ainda na tarde desta terça-feira.
Lula embarcará para Roma na noite de quinta-feira (24), com previsão de retorno ao Brasil no sábado (26), logo após a cerimônia. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou que, devido a esse compromisso, as agendas do presidente na região Norte foram adiadas. Lula havia programado para quinta-feira uma visita a Porto Velho, em Rondônia, para participar de uma cerimônia de entregas do governo federal. Já na sexta-feira, o presidente participaria de um evento do programa Terra da Gente, em Paraupebas, no Pará, voltado ao financiamento para a aquisição de imóveis rurais e à aceleração da reforma agrária.
O Papa Francisco faleceu na segunda-feira (21), aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. Na mesma data, Lula decretou luto oficial de sete dias no Brasil e lamentou profundamente a perda do pontífice, destacando que "a humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo".
Em nota, o presidente relembrou encontros com Francisco ao longo dos anos. "Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará", declarou Lula.
O presidente também fez questão de destacar o exemplo de vida de Francisco. "Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados", afirmou Lula.
No final da nota, o presidente enviou uma mensagem de conforto aos que sofrem com a perda do Papa: "Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda (...) O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações."
Este será o segundo funeral de pontífice ao qual Lula comparecerá. Em 2005, durante seu primeiro mandato, o presidente e a então primeira-dama, Marisa Letícia, viajaram a Roma para o funeral do Papa João Paulo II, que faleceu após 26 anos à frente da Igreja Católica.
&nbsp;Naquele evento, também estiveram presentes os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco e José Sarney, além do então vice-presidente José Alencar e de figuras importantes do governo, como o chanceler Celso Amorim e os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara, Severino Cavalcanti, e do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim. Na época, os cardeais brasileiros com direito a voto no conclave também foram convidados a integrar a comitiva presidencial, mas não acompanharam o presidente Lula na viagem.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, durante encontro com o papa Francisco, no Hotel Borgo Egnazia, em Puglia, Itália

Lula cancela viagem ao Norte do Brasil para comparecer ao sepultamento do Papa Francisco

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende convidar os chefes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhá-lo em sua viagem a Roma, onde participará do velório do Papa Francisco. A informação foi confirmada por uma fonte da diplomacia do Palácio do Planalto ouvida pela coluna da jornalista <a href="https://g1.globo.com/politica/blog/daniela-lima/post/2025/04/22/lula-quer-os-tres-poderes-no-velorio-de-francisco-e-deve-convidar-chefes-do-congresso-e-do-supremo-para-roma.ghtml">Daniela Lima</a>, do g1.
Os detalhes da viagem deverão ser definidos nesta terça-feira (22), com a expectativa de uma comitiva reduzida, já que a cidade será tomada por fiéis devido à despedida de Francisco, um dos papas mais longevos e influentes deste século. Além disso, 2025 marca o ano do Jubileu Católico, um evento de grande importância para a Igreja, realizado a cada 25 anos e repleto de cerimônias especiais.
Ainda de acordo com a reportagem, a presença dos líderes do Legislativo e do Judiciário tem como objetivo sinalizar uma unidade do governo e reforçar os laços com a Câmara e o Senado, num momento em que as pressões por uma reforma ministerial estão em pauta. O presidente Lula também busca construir uma imagem de impacto que remeta à histórica viagem de 2005, quando, durante o velório do Papa João Paulo II, levou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Itamar Franco, o que gerou forte repercussão política.
No entanto, o Palácio do Planalto ainda não definiu sua posição sobre a sucessão papal. Embora existam previsões sobre a possibilidade de um novo papa com inclinação conservadora, diplomatas próximos ao presidente destacam que o Papa Francisco nomeou a maioria dos cardeais que serão responsáveis pela escolha do próximo líder da Igreja Católica.

Presidente Lula em encontro com o papa Francisco.  

Lula deve convidar líderes do Congresso e do Supremo para velório de Francisco em Roma

247 - A Santa Sé anunciou que o funeral do Papa Francisco, que faleceu na última segunda-feira aos 88 anos, ocorrerá no próximo sábado (26), às 10h (05h em Brasília), no Vaticano. O sepultamento está previsto para o mesmo dia, na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, encerrando o rito funeral após três dias de velório. A cerimônia final, segundo o Vaticano, será precedida por um período de visitação que começará na quarta-feira (23), na Basílica de São Pedro.
O corpo de Francisco permanece na capela da residência de Santa Marta, onde ele vivia e faleceu devido a um AVC, seguido de insuficiência cardíaca. Jorge Bergoglio, o nome de nascimento do Pontífice, repousa na capela com uma casula vermelha e mitra branca, segurando um rosário, enquanto dois guardas suíços o escoltam.
Na quarta-feira, às 09h (04h de Brasília), o caixão será levado em procissão até a Basílica de São Pedro, passando pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protomártires Romanos, de acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé. A procissão seguirá o Arco dos Sinos, a Praça de São Pedro e entrará na Basílica através da porta central, onde o cardeal camerlengo, Kevin Joseph Farrell, presidirá a liturgia.
O velório será realizado até o sábado, quando uma missa de corpo presente será celebrada na Praça de São Pedro, diante da Basílica, onde o Papa Francisco fez sua última aparição no Domingo de Páscoa. Ainda de acordo com o Vaticano, a missa será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio de Cardeais, e contará com a presença de patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos e padres de todo o mundo.
Estima-se que meio milhão de fiéis compareçam ao funeral, além de líderes internacionais, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e chefes de Estado de diversas nações, incluindo Donald Trump, Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky.
A celebração será concluída com a "Ultima commendatio" e a "Valedictio", dando início aos "Novemdiales", os nove dias de luto e missas em sufrágio de Papa Francisco.
Atendendo a seu próprio pedido, o Papa Francisco escolheu simplificar as honras fúnebres. Ele será sepultado no mesmo caixão feito de madeira e zinco, sem seguir a tradição de sepultamentos papais em caixões de prata. Em um gesto de humildade, optou por ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não no Vaticano. O túmulo será simples, com apenas a inscrição "Franciscus", seu nome papal em latim.

Funeral do Papa Francisco será realizado no sábado, diz Vaticano

247 - O governo cubano decretou luto oficial pela morte de Sua Santidade o Papa Francisco, falecido aos 88 anos, como informou a Prensa Latina nesta terça-feira (22). A decisão, tomada pelo presidente Miguel Díaz-Canel, estabelece o luto de 6h da manhã desta terça-feira até a meia-noite do dia 24 de abril, em reconhecimento ao papel ativo do pontífice em prol da paz, da justiça social e da preservação do meio ambiente.
Em comunicado oficial lido na televisão nacional, o governo cubano destacou a atuação do Papa Francisco como um “fervoroso defensor da paz” e ressaltou sua trajetória como chefe de Estado e líder espiritual que, ao longo dos anos, manteve uma relação de respeito e cooperação com Cuba. “Ele concordou com Cuba em muitas questões da agenda internacional”, diz a nota, que também enaltece seu papel na defesa da soberania da ilha e no chamado ao fim do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos.
A nota oficial ainda recorda a importância que o Papa atribuiu ao fortalecimento das relações entre Cuba e a Santa Sé, assim como seu empenho pessoal na promoção do diálogo entre os governos de Havana e Washington. Em diversos momentos de seu pontificado, Francisco manifestou solidariedade ao povo cubano e se pronunciou contra as sanções unilaterais aplicadas por Washington à ilha caribenha. 
Em carta tornada pública nesta segunda-feira, o general de Exército Raúl Castro manifestou sua dor pela perda de alguém que considerava um “amigo próximo e um homem íntegro e coerente”. Para ele, o pontífice teve um papel essencial na promoção da fraternidade entre os povos. “Destaco seu trabalho incansável em defesa da paz e seu carinho sincero pelo povo desta ilha”, escreveu o líder da Revolução Cubana.
Raúl Castro também mencionou o “diálogo fraterno e o entendimento” que marcaram a relação entre Cuba e o Vaticano durante o pontificado de Francisco, relação que teria se fortalecido significativamente nos últimos anos.
Outro momento de destaque nas relações entre Cuba e a Santa Sé sob a liderança do Papa Francisco foi a visita do presidente Díaz-Canel ao Vaticano, em junho de 2023, ocasião em que ambos dialogaram sobre temas internacionais e a importância da justiça social.
Durante o período de luto oficial, a bandeira cubana permanecerá hasteada a meio mastro em todos os edifícios públicos e instituições militares. A medida é um sinal de respeito e homenagem a um líder religioso que cultivou laços sólidos com o povo cubano, seja por meio de suas posições políticas, seja pela sensibilidade com que sempre se dirigiu às nações do Sul Global.
O Papa Francisco foi o primeiro pontífice latino-americano da história e deixou uma marca profunda no cenário internacional ao advogar por um mundo multipolar, baseado na solidariedade, no diálogo inter-religioso e na justiça ambiental. Em Cuba, seu legado continuará presente, como símbolo de resistência, fraternidade e esperança.

Papa Francisco recebe no Vaticano o presidente de Cuba

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