Condenada pelo 8/1 é presa ao chegar no Brasil em voo de deportados
Rosana Maciel Gomes, condenada a 13 anos e seis meses de prisão pelos atos golpistas de 8 de janeiro, foi detida pela Polícia Federal em Belo Horizonte
247 – A Polícia Federal (PF) prendeu na noite desta quarta-feira (27) a brasileira Rosana Maciel Gomes, uma das condenadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A informação foi divulgada pela Agência Brasil.
Rosana estava foragida nos Estados Unidos e foi detida logo após desembarcar no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, em um voo fretado pelo governo norte-americano para transportar pessoas deportadas que tentaram entrar ilegalmente naquele país.
Condenação e fuga do Brasil
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 13 anos e seis meses de prisão, Rosana respondia às acusações em liberdade, monitorada por tornozeleira eletrônica. No entanto, em janeiro de 2024, ela rompeu as medidas impostas e deixou o Brasil, passando pelo Peru antes de tentar entrar nos Estados Unidos. Foi naquele país que acabou detida e, após processo de deportação, enviada de volta ao Brasil.
Prisão em Belo Horizonte
Segundo a Polícia Federal, Rosana foi levada ao Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na capital mineira, onde permanecerá à disposição da Justiça. Ainda nesta quinta-feira (28), está prevista a realização de uma audiência de custódia conduzida pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados aos atos de 8 de janeiro.
Atos golpistas e responsabilização
O caso de Rosana Maciel Gomes soma-se a centenas de condenações já proferidas pelo STF contra envolvidos nos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília. As penas variam de acordo com a participação de cada acusado, incluindo crimes como abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
A prisão de Rosana reforça a estratégia das autoridades brasileiras em responsabilizar judicialmente os envolvidos no 8 de janeiro, episódio considerado um dos mais graves ataques à democracia desde a redemocratização.