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BNDES, PF e Febraban firmam acordo para fortalecer o combate ao crime organizado

Parceria promove intercâmbio de informações sobre lavagem de dinheiro, crime organizado e ameaças cibernéticas

Aloizio Mercadante, Andrei Rodrigues e Isaac Sidney celebram ACT na sede paulista da PF (Foto: Nicola Labate/BNDES)

247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Polícia Federal (PF) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) assinaram, nesta segunda-feira, 22, acordo de cooperação técnica para implementar ações conjuntas que contribuam para um melhor diagnóstico e desenvolvimento de medidas para ampliar o combate ao crime organizado e cibernético. A reportagem é da Agência BNDES de Notícias. 

A assinatura ocorreu na sede da PF em São Paulo (SP), com as presenças do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e do presidente da Febraban, Isaac Sidney. Também estiveram presentes os diretores do BNDES Alexandre Abreu (Financeiro e de Mercado de Capitais) e Luiz Navarro (Risco e Compliance). O ACT tem duração de 60 meses, prorrogáveis por igual período.

A parceria vai promover o intercâmbio de informações em assuntos que envolvam lavagem de dinheiro, crime organizado e cibernético – ressalvadas as informações protegidas por sigilo –, incluindo ameaças cibernéticas que tenham relação com o Sistema Financeiro Nacional (SFN), além da realização de pesquisas, estudos científicos, tecnológicos, eventos, e de capacitação para o aprimoramento da prevenção e da repressão à lavagem de dinheiro e ao crime organizado e cibernético.

 “O presidente Lula colocou a Polícia Federal à frente do combate ao crime organizado de forma muito mais eficaz, ao desbaratar suas operações financeiras”, explica Mercadante. “A partir desse ACT, o BNDES vai compartilhar o todo o seu conhecimento sobre integridade, controle interno, compliance, prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, segurança da informação e mitigação de riscos cibernéticos. O Banco é uma instituição sólida, transparente e integrante do Sistema Financeiro Nacional, que dispõe de efetivos de mecanismos de segurança e compliance”.

Para o diretor-geral da PF, a parceria doméstica com entidades como BNDES e Febraban é fundamental para enfrentar o crime organizado, combatendo as fraudes bancárias. “Se o crime mudou, não podemos ficar parados no tempo e pensar em combater essas novas modalidades de delinquência com práticas que viemos adotando há 10, 15, 20 anos”, observou Andrei Rodrigues. “Agora que temos um brasileiro à frente da Interpol, esperamos já nos primeiros meses de 2026 fechar um acordo para trazer essa organização internacional para a nossa parceria”.

No âmbito do ACT, será desenvolvido um plano de trabalho alinhado entre os partícipes, que será orientado para o compartilhamento e produção de conhecimento científico, tecnológico e de pesquisa, realização de estudos e eventos técnicos e a devida capacitação de recursos humanos, com o intuito de fortalecer as ações para prevenção e repressão ao crime organizado e cibernético, em busca de maior segurança para o SFN.   

“A integração é o caminho para nós blindarmos o sistema financeiro e não fazermos dele o esconderijo de criminosos”, afirmou Sidney. “Os bancos precisam continuar protagonistas nesse combate, ampliando investimentos em tecnologia, inteligência e controles internos e capacitação. Temos que ser firmes para fecharmos todas as brechas de entrada e de permanência para assegurarmos a exclusão de criminosos que já estavam ou que pretendem estar no setor financeiro”.

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