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      Assessor de Braga Netto acusava irmão de Michelle de tráfico de influência

      Mensagens apreendidas pela PF mostram atritos internos no PL e suspeitas sobre uso do nome de Jair e Michelle Bolsonaro para obter vantagens

      Michelle Bolsonaro, Jair Bolsonaro durante operação da Polícia Federal (Foto: ABr | Reprodução/GloboNews )
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Mensagens apreendidas pela Polícia Federal no celular do coronel Flávio Peregrino, assessor do general Walter Braga Netto, revelam atritos internos no PL envolvendo Eduardo Torres, irmão da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O conteúdo foi divulgado pelo jornal Estado de S. Paulo, que teve acesso ao material obtido durante operação de busca e apreensão realizada em dezembro de 2024.

      De acordo com as anotações de Peregrino, Eduardo Torres — que disputou vaga de deputado distrital pelo PL — “usava o nome de Jair Bolsonaro e de Michelle” para vender influência no partido e intermediar encontros com o ex-presidente. O coronel registrou que Braga Netto ficou irritado com a situação e classificou as ações como “tráfico de influência”.

       “O Eduardo Torres (irmão da Michelle) não tem nem cargo no PL, mas faz um lobby e usa o nome do B e da MB para ter influência e angariar apoio ($$). Por isso, o W e Nabhan estavam putos com esse tráfico de influência nas agendas e nas viagens em SP. Ele é ‘zé bombinha’ (fotógrafo e cinegrafista) mas vende que tem poder de influência”, anotou Peregrino, em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp em 14 de junho de 2024.

      O assessor também manifestou preocupação com o fato de seu nome ter sido envolvido na polêmica e pelo assunto ter chegado ao conhecimento de Michelle. As mensagens indicam que a situação foi levada ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mas não há registro de resposta dele.

      Segundo Peregrino, a tensão ocorria em meio a um momento de fragilidade política para Braga Netto, que, após a derrota eleitoral, havia sido nomeado secretário de Relações Institucionais do partido. Em fevereiro de 2024, quando foi alvo de operação da PF que investigava a tentativa de golpe de Estado contra Dilma, Braga Netto teve seu salário suspenso e acabou afastado da legenda junto com seu assessor.

      Nas conversas, Peregrino detalha que tentou articular apoio para manter seus contratos no PL, listando nomes de aliados a procurar, como o senador Flávio Bolsonaro, o senador Rogério Marinho, o ex-ministro Gilson Machado e a própria Michelle Bolsonaro. No entanto, as tentativas não surtiram efeito.

      A defesa de Flávio Peregrino afirmou ao jornal Estado de S. Paulo que as mensagens tratam de “discussões internas, a nível de assessoramento, de assuntos funcionais e profissionais corriqueiros” e que não houve apontamento de suspeição ou irregularidade na atuação de Eduardo Torres. Já a defesa de Braga Netto preferiu não comentar, e Eduardo Torres não respondeu aos contatos da reportagem.

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