Após deixar governo, Macêdo deve disputar eleições em 2026
O ex-ministro da Secretaria-Geral deve concorrer a vaga na Câmara dos Deputados
247 - O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, confirmou nesta segunda-feira (20) que deixa o governo para se dedicar ao projeto eleitoral de 2026. A decisão foi definida em acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Macêdo deve disputar uma vaga de deputado federal por Sergipe. Ele será substituído por Guilherme Boulos (PSOL), que assume a pasta com a missão de fortalecer a articulação com movimentos sociais. “Saio com a sensação da missão cumprida, porque todas as propostas que o presidente assumiu nas urnas, na campanha eleitoral, todos os programas, foram discutidos e organizados”, declarou Macêdo em vídeo publicado em suas redes sociais.
Guilherme Boulos assume o cargo
No anúncio da mudança, Macêdo desejou sucesso ao novo ministro. “Para que ele possa fazer um grande trabalho e dar andamento aos projetos que estão em curso na Secretaria-Geral da Presidência”, afirmou. Boulos, por sua vez, não deve disputar cargos em 2026, o que foi considerado determinante para que Lula o escolhesse para a função.
A decisão foi tomada após reunião de Lula com Macêdo, Boulos e outros ministros palacianos, como Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social). A nomeação oficial deve sair na edição desta terça-feira (21) do Diário Oficial da União.
Estratégia política para 2026
A troca vinha sendo discutida há meses e é interpretada como movimento estratégico do governo de olho nas eleições de 2026. A Secretaria-Geral é responsável pela interlocução com representantes de movimentos sociais, especialmente o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), ligado à trajetória política de Boulos.
Ao agradecer a Macêdo, Lula destacou o papel desempenhado pelo aliado na organização das principais diretrizes de governo. Já Boulos terá como missão “colocar o governo na rua” e fortalecer a presença do Planalto junto às bases sociais, em um momento em que o presidente busca ampliar a conexão com diferentes setores da sociedade.


