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      BNDES impulsiona maior usina a gás do país com R$ 3,9 bilhões em financiamento

      UTE GNA II no Porto do Açu (RJ) alcança 1,7 GW de potência e se torna referência em eficiência e inovação energética

      UTE GNA II é a maior usina termelétrica a gás natural do Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - O maior projeto termelétrico a gás natural em operação no Brasil contou com apoio decisivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A usina UTE GNA II, inaugurada nesta segunda-feira (28) no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), recebeu R$ 3,93 bilhões em financiamento do banco público, o que representa mais da metade dos R$ 7 bilhões investidos na obra. A informação é da Agência BNDES de Notícias.

      O empreendimento faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e foi idealizado pela Gás Natural Açu S.A. (GNA), uma joint-venture formada por Prumo Logística, bp, Siemens Energy, Siemens AG e SPIC Brasil. Com 1,7 gigawatts (GW) de capacidade instalada, a usina será capaz de abastecer até 8 milhões de residências, tornando-se um marco na infraestrutura energética do país.

      Durante a cerimônia de inauguração, a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, destacou o caráter estratégico do investimento. “O financiamento desse projeto revela mais uma vez o importante papel que o BNDES vem desempenhando para impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil. Ao mesmo tempo, mostra como estamos atentos às propostas inovadoras que permitam o compartilhamento de riscos”, afirmou.

      A UTE GNA II opera com tecnologia de ciclo combinado — três turbinas a gás e uma a vapor —, que garante maior eficiência energética e menor emissão de gases poluentes. A planta também está preparada para utilizar até 50% de hidrogênio, o que reforça seu potencial de contribuição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

      O empreendimento se soma à UTE GNA I, já em operação desde 2021, com 1,3 GW de capacidade. Juntas, as duas usinas formam o maior complexo termelétrico a gás da América Latina, totalizando 3 GW de potência instalada. A estrutura é abastecida por um terminal próprio de GNL (Gás Natural Liquefeito), também operado pela GNA.

      Além de sua relevância energética, a UTE GNA II gerou impacto social positivo na região. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o projeto criou 10 mil empregos diretos durante sua construção. “Teremos ainda mais musculatura ao Sistema Interligado Nacional. Energia firme, capaz de atender à demanda dos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Espírito Santo. Isso representa 10% de toda a geração termelétrica a gás do país”, afirmou o ministro.

      O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou da cerimônia de inauguração ao lado de outras autoridades, reforçando a importância do projeto no contexto do Novo PAC e da agenda de reindustrialização verde defendida pelo governo.

      O diretor-presidente da GNA, Emmanuel Delfosse, celebrou os padrões de segurança alcançados na execução do projeto. “É algo que me orgulho muito. Somando os trabalhos na GNA I e da GNA II, alcançamos a marca de 45 milhões de horas sem acidente com afastamento. Isso demonstra que conseguimos fazer obras no Brasil com segurança e com a maior qualidade mundial”, destacou.

      A autorização para operação da UTE GNA II foi concedida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no fim de maio, abrindo caminho para que a usina atue como um pilar de estabilidade e inovação no setor elétrico brasileiro.

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