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      Lula inaugura usina no Porto do Açu e reforça aposta na transição energética do Brasil

      Com R$ 7 bilhões em investimentos, GNA II integra maior complexo de energia a gás da América Latina e abastece até 8 milhões de residências

      Com capacidade para abastecer até 8 milhões de residências, a GNA II responde por cerca de 10% da geração de energia a gás natural da matriz elétrica nacional (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira (28) da inauguração da Usina Termelétrica GNA II, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), consolidando o maior complexo de geração de energia a gás natural da América Latina. A informação é da Agência Gov, veículo oficial do governo federal. O empreendimento de R$ 7 bilhões integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e representa um avanço significativo na transição energética brasileira, com capacidade instalada de 3 gigawatts (GW).

      “Em se tratando de transição energética, o Brasil pode ser um país imbatível”, afirmou Lula, destacando o potencial nacional para liderar a geração de energia limpa. “Aquilo que parecia um sonho distante virou realidade. E isso só acontece quando a gente acredita que é possível fazer”, disse o presidente, relembrando uma visita feita ao local em 2012, quando o projeto ainda estava em fase inicial.

      Com capacidade para abastecer até 8 milhões de residências, a GNA II é responsável por cerca de 10% da geração de energia a gás natural da matriz elétrica do país. A planta opera em ciclo combinado — modelo que assegura maior eficiência energética ao reduzir o consumo de combustível e as emissões de carbono. Além disso, está preparada para utilizar até 50% de hidrogênio no lugar do gás natural, sinalizando uma transição gradual e segura rumo à descarbonização. Outro diferencial é o uso de água do mar, que evita o consumo de recursos hídricos doces.

      Durante a cerimônia, o presidente enfatizou a importância da confiança dos investidores privados no Brasil. “As coisas só acontecem quando você começa a acreditar que é possível. Eu não conheço nenhum investidor estrangeiro que vai investir em um país que ele não acredite”, pontuou.

      O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a fala presidencial ao destacar que o sucesso da GNA II é reflexo do ambiente de confiança criado pelo governo. “Seu governo, presidente, convenceu as empresas estrangeiras a voltarem a investir aqui, deixarem de lado o capital especulativo e confiarem em investimentos de longo prazo, rentáveis, que geram emprego e desenvolvimento”, declarou.

      A relevância estratégica do Porto do Açu também foi ressaltada durante o evento. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o terminal responde por 6% da movimentação portuária nacional e mais de 40% das exportações de petróleo do Brasil. “É o porto que, proporcionalmente, mais gera empregos diretos no país: são mais de 7 mil diretos e outros 20 mil indiretos”, afirmou.

      Costa Filho anunciou ainda novos investimentos federais de R$ 350 milhões no porto e seis projetos estruturantes que serão incluídos como prioritários no Novo PAC: construção de um novo terminal de líquidos, dragagem dos canais de navegação, base de desmantelamento sustentável, expansão da infraestrutura de cais, ampliação do terminal de multicargas e um novo terminal para grãos.

      O ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou a importância da integração logística do complexo portuário com outros estados. Ele destacou a EF-118, ferrovia que conectará o Espírito Santo ao Rio de Janeiro, como essencial para consolidar o Açu como um polo logístico nacional. “Essa ferrovia será transformadora”, afirmou.

      Com as usinas GNA I e II, o complexo soma investimentos de R$ 12 bilhões e capacidade para atender cerca de 14 milhões de residências. No auge das obras, foram criados 22 mil empregos diretos. A GNA II, além de representar um salto na matriz energética brasileira, é vista como um novo vetor de desenvolvimento econômico e social para o Norte Fluminense.

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