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BNDES bloqueia mais de R$ 800 milhões a produtores rurais envolvidos com desmatamento ilegal

“O tempo do crédito para o agro que desmata já passou”, disse o presidente do BNDEs, Alozio Mercadante

(Foto: ABR)
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247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já bloqueou R$ 806,3 milhões em financiamentos solicitados por produtores rurais responsáveis por desmatamento ilegal. A iniciativa faz parte de uma cooperação firmada com o MapBiomas, projeto que utiliza imagens de satélite para monitorar alterações nos biomas brasileiros.

Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o levantamento, divulgado durante a Semana do Meio Ambiente, revela que, desde fevereiro de 2023, foram identificados 3.723 alertas de desmatamento em áreas vinculadas a pedidos de crédito rural junto ao BNDES. Embora esses alertas representem apenas 1% das 337,2 mil solicitações recebidas no período, o impacto financeiro das negativas chega a quase R$ 1 milhão por dia.

As operações vetadas envolvem linhas de financiamento com juros subsidiados pelo governo federal, além de créditos agrícolas registrados no Banco Central e financiamentos diretos como o BNDES Crédito Rural. 

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel das ferramentas tecnológicas no controle de financiamentos com impacto ambiental. “A tecnologia e uma governança rígida nos permitem atuar com agilidade e precisão na análise do crédito e atender a urgente agenda de enfrentamento das mudanças climáticas”, afirmou.

Mercadante informou ainda que, apenas em abril deste ano, o volume de crédito negado a produtores associados a áreas desmatadas ilegalmente chegou a R$ 25 milhões. Segundo ele, o BNDES está ao lado do agronegócio, mas não tolera práticas predatórias. “O BNDES é um grande parceiro do agronegócio e da pecuária, mas não é complacente com o agronegócio que destrói o meio ambiente. O banco acredita e apoia a agropecuária que tem o meio ambiente como aliado, que inova e é sustentável. O tempo do crédito para o agro que desmata já passou”, concluiu.

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