Com Lula, Brasil alcança menor índice de fome da história
País registra redução significativa na insegurança alimentar
247 - Em um avanço notável na luta contra a fome, o Brasil atingiu, em 2024, o menor índice de insegurança alimentar de sua história, superando uma marca estabelecida em 2013. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10), o país celebrou a redução da insegurança alimentar grave, que passou de 4,1% para 3,2% entre 2023 e 2024. Esses números indicam que, no intervalo de um ano, mais de dois milhões de pessoas deixaram a condição de fome.
A pesquisa, que integra a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) aplicada na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), também revelou avanços em outros níveis de segurança alimentar. Em 2024, o percentual de domicílios em segurança alimentar aumentou de 72,4% para 75,8%, o que significa que 8,8 milhões de pessoas passaram a ter acesso garantido a alimentos de forma regular. Para Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), essa conquista é histórica. "Em 2025, o Brasil celebra duas conquistas históricas: a saída do Mapa da Fome e a redução da insegurança alimentar grave ao menor nível da série histórica do IBGE", comemorou Dias.
A redução significativa da fome no Brasil é o resultado de uma série de políticas públicas, que, segundo o ministro, foram construídas ao longo de dois anos, comparado ao período de dez anos necessários para que a meta fosse alcançada na década passada. Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, também analisou os dados com otimismo. "Os dados divulgados pelo IBGE apontam na mesma direção que o Mapa da Fome da FAO/ONU e reforçam as evidências de que a fome está diminuindo rapidamente no Brasil", afirmou Burity.
Políticas públicas para a redução da fome
Desde 2023, o Brasil tem avançado com o Plano Brasil Sem Fome, que visa garantir a segurança alimentar a toda a população. Com mais de 80 ações e mais de 100 metas, o plano busca, entre outras coisas, aumentar a renda disponível das famílias para aquisição de alimentos, ampliar a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, e melhorar o acesso à informação e a políticas de proteção social. Valéria Burity destacou que o plano consolidou uma estratégia emergencial eficiente para a redução da fome, apontando que, entre 2019 e 2022, mais de 26 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave.
O Brasil e o Mapa da Fome
Em um marco internacional, o Brasil também celebrou sua saída do Mapa da Fome da Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em julho deste ano. A saída do país do mapa foi possível devido à redução do índice de prevalência de subalimentação para menos de 2,5% da população. Essa vitória é vista como resultado de décadas de trabalho e empenho do governo e de diversas entidades sociais para erradicar a fome no país.
Categorias da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia)
O estudo do IBGE utiliza a Ebia para classificar as condições alimentares dos domicílios. Entre as categorias estão:
- Segurança alimentar: acesso regular e adequado aos alimentos, sem preocupações com restrições futuras.
- Insegurança alimentar leve: preocupação com o acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade.
- Insegurança alimentar moderada: falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos entre adultos.
- Insegurança alimentar grave: escassez de alimentos, afetando até menores de 18 anos, com fome vivenciada no domicílio.