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Fernando Lavieri

Jornalista, com passagens pela IstoÉ e revista Caros Amigos

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Viva o Exército Vermelho!

O nazifascismo foi derrotado de forma irreversível no campo de batalha e a terrível destruição da humanidade foi barrada

Bandeira da URSS hasteada no Reichstag, sede do parlamento em Berlim, depois do suicídio de Hitler e a tomada da cidade pelo Exército Vermelho - 2.mai.45 (Foto: Reprodução)

Imagine um ato de extremo heroísmo. Seja ele na ficção ou não. Pense em algo grandioso repleto de desafios múltiplos e contínuos. Com certeza a história nos mostra fatos desse tipo em muitos momentos e em detalhes. As lutas dos muitos e diversos povos indígenas contra os colonizadores europeus, nas Américas; Robespierret na conjuntura do movimento que culminou na Revolução Francesa; depois, a força dos revolucionários da Comuna de Paris; os negros escravizados nos Estados Unidos que sobreviveram à escravidão, Guerra Civil e Ku Klux Klan; da mesma forma os negros no Brasil: Zumbi dos Palmares, Luiz Gama, Machado de Assis, Lima Barreto, revolucionários na Bahia, Maranhão e Ceará, incontáveis líderes que mudaram para melhor um País gigantesco e, como nos EUA, até hoje lutam contra terríveis situações dia a dia. Pense nas espetaculares revoluções: bolcheviques, Lenin à frente, em 1917, a chinesa, comandada por Mao Zedong, de 1949, e cubana, pelas mãos e orientação de Fidel Castro, em 1959; Analise até mesmo o suor e sangue derramados contra as iniquidades ditatoriais instaladas nos países latino-americanos na segunda metade do século XX. Enfim, há muitos povos, nesse sentido, que contribuíram com sangue e imensa coragem para que as suas futuras gerações pudessem ver a luz do Sol. Entre esses povos que marcaram a história com bravura e determinação está, sem dúvida alguma, o povo soviético e o seu inigualável Exército Vermelho. E é em 2025 que todo o mundo deveria comemorar com imenso entusiasmo a vitória bolchevique contra o nazifascismo. São oitenta anos desse episódio épico.

Nos dias que correm está em alta o revisionismo histórico com a intenção de apagar o feito fantástico dos comunistas na Segunda Guerra Mundial, mas a impressionante imagem do soldado Vermelho hasteando a bandeira da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas no topo do Reichstag, em Berlim, se tornou o símbolo eterno da façanha. É fundamental lembrar que sim, houve participação decisiva de outros lutadores que combateram a incrível besta. Estão entre eles: estadunidenses, ingleses, os partisans italianos, a resistência francesa e, com brilho, a Força Expedicionária Brasileira (FEB), entre outros estimáveis camaradas, mas nação alguma perdeu a quantidade de pessoas que perdeu a URSS, no teatro de operações da Grande Guerra Patriótica,  cerca de vinte e sete milhões. Nenhuma outra nação ocidental denomina a Segunda Guerra Mundial como Grande Guerra Patriótica, o que confere reconhecimento nacionalista à vitória. Os registros russos oficiais mostram que hoje dificilmente se encontra pessoas no país que não tenham perdido ao menos um ente querido no período. 

Extrema organização militar para atacar e defender e armamento pesado foram elementos necessários para alcançar a vitória contra Hitler, mas não suficientes. As imensas massas de soldados esperavam algo a mais de seu líder, a demonstração tenaz de coragem de ferro, indestrutível. E Josef Stálin soube fazer isso. O Generalíssimo estava com o estômago retorcido em 1939, com sabedoria, porém,  permitiu o Pacto Molotov-Ribbentrop para aumentar as suas forças e trincar os dentes da nação. Stalin esperou o momento certo, contabilizou terríveis baixas de companheiros valorosos e a captura do próprio filho, é verdade. Mas frente a frente com o então exército mais poderoso de todo o mundo e decidido a conquistar e transformar as sociedades, os bolcheviques avançaram e chegaram às estrelas. Muitos soldados face a face com o perigo gritavam: “por Stalin”. Em Moscou ou Stalingrado e em cidades do interior, todo o povo soviético se mobilizou e a vitória aconteceu. O nazifascismo foi derrotado de forma irreversível no campo de batalha e a terrível destruição da humanidade foi barrada. Há de se festejar eternamente o feito da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e dos bravos guerreiros que a acompanharam. Urrah!

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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