Vamos falar sobre a Palestina
Passou da hora de o mundo dar um basta ao genocídio praticado pelo governo de Israel
Passou da hora de o mundo dar um basta ao genocídio praticado pelo governo de Israel, sob o comando do extremista Benjamin Netanyahu, contra o povo palestino. Há meses, assistimos, em tempo real, à tentativa de aniquilação de um povo. Gaza virou sinônimo de morte, fome, ruínas e desespero. O Estado de Israel, sob o pretexto de combater o Hamas, empreende uma campanha sistemática de extermínio contra a população civil palestina. São milhares de mortos, em sua maioria mulheres e crianças. Hospitais bombardeados. Escolas destruídas. Abrigos da ONU transformados em alvos do exército israelense. O que ocorre não é uma “guerra”, mas uma operação desumana e desproporcional de punição coletiva. A verdade é que o atual governo de Israel e seus aliados querem banir os palestinos da face da Terra.
O que acontece em Gaza ultrapassa todos os limites do que poderia ser chamado de resposta militar. É limpeza étnica. É apartheid. É terrorismo de Estado. O bloqueio imposto há anos à Faixa de Gaza já criava uma realidade de sobrevivência precária. Agora, com a destruição total da infraestrutura, o colapso do sistema de saúde e a escassez absoluta de água potável e alimentos, o que vemos é o aprofundamento de uma catástrofe humanitária sem precedentes no século XXI. E ainda há os cínicos que se recusam a aceitar qualquer comparação com o Holocausto.
É preciso dizer com todas as letras: os direitos humanos não podem ter nacionalidade, cor ou religião. Não há justificativa moral, política ou histórica para o massacre de uma população civil. Nenhum crime do Hamas – que deve, sim, ser investigado e responsabilizado – pode servir de álibi para a barbárie perpetrada por Israel. A lógica da vingança, da punição em massa, do “olho por olho”, está levando à cegueira moral de grande parte da comunidade global.
Condenar os ataques a Gaza não é ser antissemita. É ser humano. É ter a coragem de afirmar que a vida de uma criança palestina vale tanto quanto a de qualquer outra. É romper com a cumplicidade silenciosa de países poderosos que, enquanto vendem armas, fazem discursos sobre paz. É exigir um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e a abertura de corredores humanitários..
O povo palestino tem o direito de existir. Tem direito à autodeterminação, à segurança, à dignidade. Tem o direito de ver seu país reconhecido. Israel, como Estado, tem deveres – e deve ser responsabilizado quando os viola. O mundo não pode mais fingir que não vê.
Gaza grita. E quem tem voz não pode se calar. Romper relações com o Estado de Israel não pode ficar fora do horizonte da diplomacia brasileira. O Brasil pode, sim, liderar um movimento internacional para pôr um freio no genocida Netanyahu.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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