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      André Barroso

      Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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      União dos super-ricos contra impostos

      Estamos não só observando a luta de classes, mas para, além disso, um tratado de guerra através de chantagens

      Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

      Vamos ser sinceros. O jantar político que reuniu Hugo Motta, João Dória, Ricardo Nunes e Cabral em São Paulo, onde recebeu apoio de empresários para passar a boiada, é benéfico em que ao Brasil? Aqueles que querem derrubar as medidas do Lula tem razão em quê? A crise que é aventada pela imprensa para enfraquecer o presidente nesse momento esconde na verdade que o decreto quer taxar joguinhos de Bet e tigrinhos quer taxar os bilionários, grandes bancos e instituições financeiras. Para isso, Motta já afirmou que Câmara e Senado irão atuar conjuntamente para impedir aumento de impostos.

      É difícil dizer, historicamente, quando começou essa luta de classes tão escancarada aos olhos do público. O capitalismo no Brasil começou na segunda metade do século XIX, durante a decadência do escravismo e com a crise bancária de 1866, chamada de a “Crise do Souto”, que representava o centro financeiro da época, a Casa Souto, banco do português Antônio José Alves Souto, aquinhoado por D. Pedro II. Hoje, as redes sociais ajudam a propagar melhor as diferenças sociais e suas injustiças, de forma mais crua. Enquanto o governo tenta salvar programas sociais, tentando isentar quem ganha até cinco mil reais de pagar imposto e aumentar a renda média em 11% acima da inflação.

      Alexandre de Moraes está com o pedido feito para garantir a medida através do Supremo. Líderes da oposição e extrema direita querem azedar todas as relações que pode ser uma guerra declarada até a próxima eleição no ano que vem. A estratégia sempre é de fazer sangrar até o fim. Afinal, o Congresso violou o acordo feito verbalmente entre Lula e Haddad. A atuação do Congresso não deveria atuar para abrir mão das emendas impositivas; dos privilégios dos seus membros e do aumento do número de deputados?

      Estamos não só observando a luta de classes, mas para, além disso, um tratado de guerra através de chantagens. Hugo Motta promete travar a isenção do Imposto de Renda e outros projetos sociais do governo, enquanto Flávio Dino avança na investigação as emendas secretas parlamentares. A extrema direita promete montar uma CPI do INPS, que apenas respinga no governo, através de enfraquecer a moralidade, sem esquecer as finalizações das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado pelo governo anterior. Fico imaginando todos aplaudindo Trump taxando o mundo inteiro e a direita aplaudindo os problemas que vão atingir essa mesma classe. 

      O IOF atinge os poderosos, aqueles que possuem capital que vai para fora e para dentro do país, e encontraram no Congresso mais de direita, tirando as do regime militar, da história do país. E para isso, através do presidente do congresso Hugo Motta, nosso Lex Luthor, conseguir reunir toda burguesia financeira para o front. Podem esperar campanhas em jornais, em debates na TV, divulgação em redes bolsonaristas para derrubar o governo na próxima eleição. Já começou tentando enfraquecer o Haddad falando que está isolado, que está mal redigido o texto, que o governo é linha dura, sendo que o Imposto sobre operações financeiras é um imposto regulatório, não de arrecadação. Então a Priore, o Congresso não poderia nem botar a colher na discussão. Mas ninguém lembra que Bolsonaro assinou um decreto que elevava o IOF em 2021. Você lembra de alguma manifestação na época? Teve jabutis? 

      Mas sempre há possibilidade de vencer essa batalha através da justiça, pois o balanço do orçamento do governo anterior revelou desmonte de quase todas as políticas públicas e com elas retornando nesse momento a população pode ser dar conta do quanto estava desprovido sem saber. Como um abraço afetuoso pode salvar vidas. E mostrar quem está do lado de quem.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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