Um camaleão sanguinário no Congresso estadunidense
O que esperar dos Estados Unidos ou do governo Trump? A resposta: o mesmo imperialismo de sempre, mas com ainda mais força e apoio parlamentar
É de conhecimento geral e irrestrito que o camaleão é bicho com característica peculiar, ele muda de cor, disfarça a própria aparência para abocanhar a sua presa. Em política também há seres com capacidade semelhante. Lindsey Graham, senador republicano pela Carolina do Sul, adequa o seu sorriso e apoio ao presidente do momento desde que esse líder imponha o imperialismo estadunidense por todo o mundo. O rosto rosado, quase laranja, de Lindsey Graham não fica vermelho ao defender massacres no Oriente Médio. Seus olhos azuis não vertem uma única lágrima após cerca de sessenta mil mortes palestinas, em Gaza. Ao contrário, ele apoiou o lançamento de todas as bombas estadunidenses naquela região, contra o Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria, Iêmen e Irã. Graham verte desatinos sem cessar. Ele é duro entusiasta do jogo tarifário de Trump e, claro, da política de sanções contra a Rússia, Venezuela, Nicarágua, Cuba, China e, agora, ao Brasil. “Vamos impor tarifas pesadas e esmagar a economia de vocês”, declarou Graham recentemente a Fox News, referindo-se aos países do Brics que, segundo ele, estariam comprando petróleo barato da Rússia, o que automaticamente financia o conflito contra a Ucrânia. A respeito do certame entre Rússia e a Ucrânia, orquestrado pelos EUA por intermédio da Otan, Graham chegou declarar a infame frase, “esse é o melhor dinheiro que gastamos porque os russos estão morrendo”. Para Lindsey Graham, contra a Rússia, sanções econômicas não são suficientes, Donald Trump deveria atacar o país com bombas e tudo mais. Ele festejou com regozijo o envio de armas estadunidenses para Ucrânia. Detalhe, tal armamento foi pago pela Europa. Perceba que em todas as situações belicosas e sórdidas promovidas pelos EUA havia presidentes diferentes; Democratas e republicanos revezam-se no poder cometendo barbáries impressionantes. E, nesse sentido, Lindsey Graham é o personagem principal no Congresso dos Estados Unidos que segue o rastro de sangue e dinheiro adaptando-se as circunstâncias.
É errado considerá-lo como político conservador apenas, pois ele não mede esforços para apoiar agressões múltiplas. Lindsey Graham é, com certeza, a imagem perfeita para exemplificar todas as ações imorais, ilegais e de lesa-humanidade que os Estados Unidos desenvolvem em todas as regiões do mundo. Em 2001, Lindsey Graham apoiou com entusiasmo e virilidade juvenil a invasão do Afeganistão e, depois, a do Iraque, o presidente dos EUA na época era George Bush, o júnior. O mesmo ocorreu quando Barack Obama atacou a Líbia, em 2011, e depois a Síria. Lindsey Graham metamorfoseou-se e apoiou as matanças. Não poderia ser diferente contra a Rússia e o Irã. Se dependesse apenas de Lindsey Graham, a Terceira Guerra Mundial já haveria começado. O jornal estadunidense The New York Times já reconheceu a capacidade camaleônica de Lindsey Graham, o periódico publicou certa vez que a primeira opção política dele era a de atuar pelo Partido Democrata, o que não foi possível porque nesse caso teria poucas chances de conquistar posições relevantes.
Nesse contexto sempre é bom lembrar, que os Estados Unidos oprimiram e massacraram diversos países e povos durante todo o século XX. A destruição continua agora, basta observar o genocídio palestino, em Gaza. Desde 1992 Lindsey Graham rasteja pelos meandros da política em Washington defendendo o que há de mais destrutivo, a face mais horrível de seu país. Ele não liga se o ocupante da Casa Branca é Obama, Biden ou Trump, preto, branco ou laranja, mas sim se o chefe de Estado vai operar agressivamente. Assim como o presidente Donald Trump, o senador Lindsey Graham não é novidade na conjuntura imperialista dos Estados Unidos, eles são mais do mesmo e, a partir desse raciocínio, a influência de Graham sob Trump, pode ocasionar em ainda mais agressão. As perguntas que surgem agora são: quem são os financiadores de Lindsey Graham? A indústria de armas está entre eles? Se não é verdade é bem provável.
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