Trump vira cabo eleitoral de Lula-2026
Trump arreou o cavalo para Lula montar
O presidente Donald Trump, imperador americano, adversário da democracia – para não dizer ditador indisfarçável –, em franca cruzada contra educação, cultura, imigrantes, aliado do genocida de Israel, suposto pedófilo, de acordo com investigações da mídia americana, está caindo ladeira abaixo nas pesquisas de opinião no Brasil, levando junto sua turma, Jair Bolsonaro e Cia Ltda.
Só favorece Lula na corrida presidencial de 2026.
Trump arreou o cavalo para Lula montar.
O presidente Getúlio Vargas, em “Os homens que mudaram o mundo”, CT Editora, diz que “Política é esperar o cavalo passar”.
Lula já está montado no cavalo arriado que Trump está lhe dando de presente para trilhar o caminho da reeleição.
Subiu garboso, porque vai se internacionalizando o antagonismo Lula x Trump, em razão da singularidade da pena cruel, imperialista, que o presidente americano tenta aplicar no presidente brasileiro: só Lula está marcado para receber tarifa alfandegária de 50%, parece que sem chances de escapar.
Trump disse, na quarta-feira, 23, de forma indireta para o Brasil, que há países com os quais os Estados Unidos não estão se dando bem.
Na verdade, ele decidiu não se dar bem com Lula e internacionalizou a guerra tarifária ao se radicalizar com ele, indiretamente, enquanto se dispõe a negociar com outros países que buscam resolver o contencioso criado pelo próprio império no cenário global.
Só o Brasil será punido em 50%, discricionariamente.
Trump inventa histórias inverossímeis: considera prejuízo, para os Estados Unidos, o superávit comercial que mantém com o Brasil!
Mais bizarro: se intromete diretamente nos assuntos nacionais, como se o Brasil fosse colônia dos Estados Unidos.
Pretende conduzir a Justiça brasileira e, certamente, tenderá, como já simula, a interferir na eleição presidencial brasileira em 2026.
Trump quer um novo Milei no Brasil.
Os trumpistas bolsonaristas já levantam a bandeira de Trump no Congresso.
Terão coragem para fazer o mesmo com ela nas ruas?
A base trumpista tupiniquim abriu espaço para Trump jogar indiretamente, no sentido de que a tarifa de 50% que pretende aplicar, a partir de 1º de agosto de 2025, é política e visa derrubar o presidente Lula.
A mídia conservadora pró-império já cuida de construir narrativa segundo a qual Lula, embora tenha razão em reagir contra o tarifaço, mostrou-se intransigente etc.
Desfaçatez total.
Os prejuízos antecipados pelos setores produtivos dão conta de perdas superiores a R$ 150 bilhões e milhões de desempregos por causa da sanção econômica trumpista.
É a bancarrota do setor produtivo diante de fato inédito na história da economia brasileira: bloqueio comercial.
LULA SE FORTALECE
A novidade política dialética, portanto, é o ataque trumpista se revertendo em popularidade para Lula.
Ele contribui decisivamente, em contrapartida, para a impopularidade de Trump e seus aliados no Brasil, em razão do tarifaço.
Pesquisa Futura/Apex, divulgada pela CNN: 73% da população está contra a Tarifa Trump.
Os bolsonaristas deram um tiro no pé, alinhando-se a Trump contra a população.
Por conta do tarifaço, ela passa a viver mais intensamente o drama do desemprego e do temor à fome.
A nova psicologia social é o medo da miséria crescente decorrente do tarifaço.
O contrapolo dialético é a totalidade do apoio popular a Lula contra a investida de Trump.
Eis a primeira grande vitória política – que já se pode considerar internacional, tranquilamente – do presidente brasileiro.
O efeito popular tende a ser imediato, porque está em jogo, na guerra trumpista, o mercado de trabalho no Brasil.
Milhões de empregos estão em jogo.
NOVA CONSCIÊNCIA SOCIAL EM EXPANSÃO
A excitação política popular tende a ganhar temperatura, cujo grau provavelmente mais elevado pode ficar difícil de ser contido pelos poderes institucionais, que estão bastante desprestigiados diante da massa popular.
Na cabeça do povo, no Brasil existe justiça para rico, não para pobre, e o Congresso é uma casa de larápios.
A expectativa social, diante do tarifaço, é de crescimento da pobreza e do medo da fome.
O desemprego é o roubo de trabalho do império sobre o mercado brasileiro, por meio do tarifaço discricionário imperial, relativamente ao Brasil.
ATAQUE À SOBERANIA NACIONAL
Lula, graças à proatividade de Trump em promovê-lo, na medida em que o trata discricionariamente, cresce.
Politicamente, vira vítima do imperialismo americano.
O PT, quanto mais Lula é agredido por Trump, mais sentirá, de agora em diante, a pressão das massas pela mobilização e resistência política.
Trump põe fogo no palheiro.
O reflexo nas pesquisas internas já mostra o crescimento popular de Lula como sendo o intérprete maior das expectativas nacionais em torno da defesa do interesse nacional.
Trump prepara o campo para a expansão do nacionalismo no Brasil, quanto mais ataca indiretamente Lula, desdenhando do presidente brasileiro.
“Algum dia vou falar com ele”, disse o chefão da Casa Branca, referindo-se a uma possível negociação com o Brasil.
Os bolsonaristas já estão preocupados.
O efeito eleitoral negativo do fato de serem percebidos como traidores, Silvérios dos Reis, é a derrota eleitoral.
Por isso, pode pintar a possibilidade de, pela primeira vez na história do Brasil, a esquerda e seus aliados progressistas alcançarem maioria no Parlamento.
Seria a revolução democrática brasileira.
DIALÉTICA REVOLUCIONÁRIA
Trump pinta com potencial explosivo, capaz de acelerar, dialeticamente, a revolução democrática brasileira.
Ele desperta a percepção popular de que o loirão do Norte quer escravizar o povo brasileiro.
Por essas e outras, o 1º de agosto de 2025, marcado por Trump para iniciar o ataque protecionista imperialista ao Brasil, pode se transformar no primeiro dia do início da resistência popular, com potencial irresistível para levar Lula à reeleição.
A traição bolsonarista passa a ser o alvo de ataques preferenciais da população, ameaçada pelo desemprego apoiado pelo bolsonarismo aliado de Trump.
PÂNICO DA BURGUESIA TUPINIQUIM
A burguesia brasileira, sócia menor da burguesia americana, dá sinais de tensão.
Confederações, federações, sindicatos e associações da classe dirigente, da agricultura, comércio e indústria, dão sinais de pânico.
As Forças Armadas, dependentes da tecnologia americana, entram em total insegurança.
A pancada trumpista pode ou não levar a burguesia tupiniquim a bater na porta dos sindicatos dos trabalhadores em busca de uma aliança política tática na briga contra Trump?
São esses e outros os fatores decisivos que representam o presente de Trump – o cavalo amarrado de Getúlio –, que favorece a reeleição de Lula para comandar, fortalecido no Congresso, a reforma/revolução constitucional popular a partir de 2027.
Pode ser o passo histórico adiante da democracia brasileira.
Trump está fazendo o jogo lulista.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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