Trump desencadeia golpe especulativo contra Lula para tentar derrotá-lo em 2026
Especulação com dólar, tarifaço e ameaças a reservas cambiais integram estratégia de Trump para desestabilizar o governo Lula e os BRICS
Tem tudo de semelhante a um golpe monetário especulativo, gerando elevações momentâneas de preços: a manipulação monetária que Trump desencadeou com o tarifaço permitiu ganhos exorbitantes na variação da cotação do dólar em questão de horas, conforme identificaram operadores financeiros em Nova York, na semana passada.
É mais ou menos o que seu aliado na Argentina, o presidente Javier Milei, promoveu ao especular com as bitcoins, tendo como parceiros agentes internos associados a externos, norte-americanos, aplicando calotes em milhares para beneficiar minorias de especuladores.
Se deu bem quem tinha a informação privilegiada de que Trump baixaria o tarifaço (os amigos do rei?), sinalizando o alcance do poder imperial para seguir desestabilizando a economia brasileira, dependente do capitalismo americano sob dominação financeira especulativa.
Outras chantagens podem estar por vir, sabendo que o presidente Lula virou alvo do imperador Trump após a reunião dos BRICS, no Brasil?
Seria ou não um aviso de que outros sustos poderão ser dados, tais como sequestro de reservas cambiais e sanções comerciais, como é o caso do choque tarifário, capaz de desorganizar o setor produtivo nacional, caso o governo brasileiro continue, do ponto de vista dos EUA, aprofundando seu compromisso com os BRICS?
Os principais comandantes efetivos do BRICS, Rússia e China, são adversários de Trump, dos quais o Brasil, na avaliação de Washington, tem que se distanciar.
As chantagens monetárias são a prática imperialista contra os que os Estados Unidos consideram adversários.
O presidente Lula previu problemas para o dólar com o avanço dos BRICS, que já superaram o G7 em paridade de poder de compra, puxado pela locomotiva comercial e financeira chinesa.
Irritado, Trump acelerou os alertas de punição, que seus aliados da família Bolsonaro proclamam para breve, com insistência cada vez maior.
A despeito de tudo isso, o apoio popular a Lula aumenta, favorecendo-o para a disputa eleitoral em 2026.
Ataques imperialistas – Trump pode ou não repetir contra o Brasil ataques semelhantes aos que pratica contra a Venezuela?
O governo do presidente Maduro, por exemplo, sofreu o sequestro de 30 toneladas de ouro e das reservas cambiais venezuelanas depositadas em bancos ingleses.
As sanções econômicas ao país, politicamente dominado pelo nacionalismo chavista, são contínuas.
O mesmo ocorreu com a Rússia, cujas reservas cambiais também foram sequestradas, ao lado de sanções econômicas intermitentes.
Se o governo Putin não tivesse se aliado ao governo Xi Jinping, estaria em situação pior para redirecionar suas exportações para a Ásia e escapar de boicotes imperialistas.
Agora, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, ameaça sanções aos países integrantes do BRICS.
Que sanções seriam essas, senão os ataques protecionistas e financeiros conjugados como forma de punir os que os Estados Unidos consideram seus adversários?
Nesta segunda-feira mesmo, outro avião venezuelano da presidência da República foi sequestrado na Costa Rica e enviado aos Estados Unidos.
Os filhos de Bolsonaro, como o deputado Eduardo, que está nos EUA tramando golpes contra Lula, alertam para “novas bombas de Hiroshima e Nagasaki nos próximos dias”.
Deixaram claro que está em curso golpe, chantagem e outros possíveis ataques (financeiros?).
Descaradamente, o deputado Coronel Crisóstomo, do PL (RO), prega impunemente um golpe militar, sem que a Procuradoria-Geral da República, até o momento, lance mão da Constituição para punir o golpista.
É permitido, em nome da prerrogativa legal, um parlamentar pregar golpe militar?
Guerra geopolítica – Trump desencadeou uma guerra geopolítica contra o Brasil, parte frágil, do ponto de vista financeiro e militar, do BRICS, levantando a necessidade de o presidente da República, chefe das Forças Armadas, mobilizar a sociedade em defesa da soberania nacional contra notório ataque imperialista.
Apavorada, a elite empresarial já utiliza seu porta-voz midiático, o velho Estadão, para pedir a saída do Brasil dos BRICS; outros, como O Globo, Folha de S. Paulo etc., já já seguirão o mesmo caminho.
Argumentam que, geopoliticamente, o Brasil está no campo americano, conforme determina a Doutrina Monroe.
Os capitalistas da indústria, sócios menores ou testas de ferro de acionistas internacionais — especialmente norte-americanos — são candidatos à falência com a tarifa protecionista imperialista de 50% imposta por Trump.
Também o agronegócio, que puxa o PIB nacional e é dependente do capital americano para compra de máquinas, implementos e insumos agrícolas importados — financiados por fundos de investimentos especulativos — está na corda bamba.
O receio de golpes extemporâneos deixa o governo em pânico.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sentindo a temperatura elevada, destacou que o Brasil não abandonará a mesa de negociação com os americanos.
Joga água fria na fervura.
Pelo menos por enquanto, não está no horizonte da equipe econômica, segundo informações de bastidores, qualquer medida retaliatória na linha da lei de reciprocidade recentemente aprovada.
Ao contrário, cogita-se, se necessário, segundo os burocratas, o contingenciamento de gastos, caso haja pressões inflacionárias decorrentes de eventuais golpes especulativos etc.
Novo contingenciamento, no contexto do arcabouço fiscal neoliberal, somado ao tarifaço, estrangula as forças produtivas.
Nesse cenário, está em risco a democracia, como alertou o presidente Lula em Santiago, no Chile, onde se reuniram os presidentes chileno, colombiano, uruguaio, brasileiro e espanhol para articular uma união política de resistência às pressões imperialistas trumpistas.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: