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Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais, função que também exerce na Ágora Advocacy.

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Tarcísio vai a Brasília negociar anistia, que pode ter texto mais restrito

Governador busca apoio em Brasília para projeto de anistia, enquanto líderes do PL já avaliam recuar de versão ampla e irrestrita

Tarcísio de Freitas (Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deve desembarcar em Brasília novamente para buscar apoio ao projeto de lei da anistia. A expectativa é de que ele se reúna com nomes da direita na segunda-feira (15). O governador já teria, inclusive, reuniões marcadas para tratar do tema. Uma delas deve ocorrer com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante. A ideia é aproveitar o pós-julgamento para pressionar o Congresso a avançar com a pauta.

O primeiro passo é convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar a urgência. Se depender de Tarcísio, a votação já ocorrerá na quarta-feira (17). O segundo, não menos importante, é encontrar um texto aceitável pela maioria. Lideranças próximas a Jair Bolsonaro já começam a admitir a possibilidade de recuar em relação a uma anistia ampla e irrestrita. Nos bastidores do PL, importantes nomes avaliam que existe, sim, a possibilidade de o partido ceder em relação a um texto que alcance Jair Bolsonaro. O mesmo foi verbalizado em entrevistas recentes de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL. Ele afirmou que é preciso negociar um texto alternativo, que seja possível de aprovar. Para o dirigente, o ideal é livrar Bolsonaro da cadeia ou reduzir a pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal, mas, se não for possível, terão de fazer algum aceno à base eleitoral, pressionando por um perdão aos condenados pela depredação.

No PT, a avaliação é de que a anistia ampla e irrestrita perdeu força, mas deputados da base admitem que, se o texto negociado for somente para os presos comuns, a matéria tem força para ser aprovada.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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