Suprema soberania
O Brasil vive o resgate da nossa soberania e a consolidação da democracia sob a liderança do Presidente Lula
As marcas da colonização continuam vivas no ideário da formação do Brasil, um país que se fez com sua soberania sob vigilância. Os agentes de interesses externos sempre estiveram a postos, tecendo os liames dos negócios, da política e do poder ao longo da nossa história, sem nenhum compromisso com a construção da nação republicana, democrática, cidadã, que tanto sonhamos. Estamos presenciando brasileiros tramando, com o governo dos Estados Unidos, sanções contra o Brasil e suas autoridades legalmente constituídas. Para esses, soberania seria nosso maior pecado tropical.
À medida que as comemorações cívicas do 7 de Setembro se aproximam e assistimos ao julgamento de falsos patriotas que, recentemente, tentaram um golpe de Estado no Brasil, nossas reflexões devem ir além dos desfiles militares e escolares. Afinal, nossa soberania está sob ataque do governo dos Estados Unidos. Temos que defendê-la, proteger nosso domínio territorial, nossa autonomia, o poder supremo das nossas instituições republicanas e o Estado democrático de direito.
As reações que motivaram o ataque ao Brasil se apresentaram como causa a afirmação institucional da nossa soberania, por defendermos o Estado democrático de direito e por ter sido escolhido pelo povo, nas urnas, o projeto nacional de desenvolvimento sustentável com justiça social, ambiental e tributária, liderado pelo Presidente Lula. Um projeto que consolida a democracia, a soberania nacional, a posição do Brasil entre as 10 potências econômica do mundo fora do Mapa da Fome, da ONU.
Um projeto soberano que enfrenta os rentistas da financerização da economia ao colocar o Estado como indutor do desenvolvimento com recordes de investimentos na produção, na infraestrutura em parceria com o setor privado, na colocação do pobre no orçamento, como diz o Presidente Lula, na redução da desigualdade, da pobreza extrema e na proteção do meio ambiente. Ou seja, um projeto para conquista da soberania plena.
O incômodo do governo dos Estados Unidos, traduzido em sanções, se deve à projeção do Brasil no cenário internacional. O Presidente Lula reposicionou o Brasil na geopolítica global com sua política externa ativa e altiva. Preside o Brics, o Mercosul - negocia o acordo Mercosul/União Europeia - e presidiu, recentemente, o G20.
Nos fóruns internacionais, o Presidente Lula lidera o debate sobre o multilateralismo, a reforma da governança global, a erradicação da fome, da pobreza extrema, a paz entre as nações e o desenvolvimento sustentável com transição energética, justiça social, tributária e ambiental. Propôs a instituição do Pacto Global Contra a Fome, que já conta com a adesão individual de 82 países.
Diferentemente dos Estados Unidos, que vivem um momento dramático diante da China, da sua estratosférica dívida pública, de mais de 120% do PIB, da desvalorização inercial do dólar em todo o mundo e da perspectiva do uso de meios de pagamentos digitais fora do domínio da moeda norte-americana.
Os resultados do projeto soberano de governo, liderado pelo Presidente Lula e sua equipe executiva, com a contribuição do Congresso Nacional, são sólidos e incontestáveis. O governo chegou na população e a percepção positiva vem sendo captada pelas recentes pesquisas.
Os bordões agourentos dos rentistas, “o governo está gastando muito”, “o governo não está fazendo o dever de casa”, “a conta não fecha”, e outros, repetidos à exaustão no noticiário, estão sendo suplantados pelos índices positivos da economia. A opção do governo Lula não é por corte de gastos para favorecer o rentismo, mas pelo investimento na produção, em favor do crescimento econômico, da geração do emprego e aumento da renda.
No ranking de crescimento econômico (3,4%, em 2024) o Brasil ocupa a 7ª posição entre 40 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com a menor taxa de desemprego da série histórica (5,8% no segundo trimestre de 2025), aumento recorde da renda, que atingiu R$ 3.477,00 mensais com inflação controlada e em queda. Entre os países do G20 - as maiores economias do mundo - o Brasil foi o 4º maior crescimento no acumulado de 2024. No primeiro trimestre de 2025, foi o país que mais cresceu, com avanço de 1,4% no seu PIB.
A opção estratégica e soberana pelo investimento em setores como agricultura, indústria, transição energética, infraestrutura, defesa, juntamente com políticas públicas estruturais (educação, pesquisa, saúde, habitação, entre outras), mais os programas sociais, constituem o eixo central do projeto nacional de desenvolvimento.
São investimentos vultosos. O Programa Nova Indústria, por exemplo, está investindo R$ 506,7 bilhões; O Plano Safra R$ 516,2 bilhões; a Agricultura Familiar R$ 89 bilhões; construção civil e outros setores da infraestrutura/PAC R$ 1,7 trilhão. Em 2024, os investimentos na transição energética totalizaram US$ 37 bilhões e R$ 112,9 bilhões na indústria de defesa.
As bases para o desenvolvimento econômico do Brasil foram competentemente equacionadas e planejadas, são bastante consistentes e tem contado com o apoio do setor produtivo, por proporcionar estabilidade econômica e perspectiva de crescimento.
Diferentemente do campo da direita, que vai às urnas, em 2026, fragmentada, sem projeto, com o surrado discurso em defesa da pauta dos rentistas, de "cortar gastos”, o Presidente Lula vai às urnas defender a continuidade do projeto nacional de desenvolvimento, que está dando certo, com uma candidatura orgânica, comprometida com a democracia, articulada com os trabalhadores e com setores produtivos que querem avançar com estabilidade.
O debate indica que não haverá mais lugar, no Brasil, para golpes de Estado, renúncia à nossa soberania, desconstrução do projeto democrático de desenvolvimento, que se tornou referência no mundo, na afirmação da democracia e na defesa do Estado democrático de direito.
A solidez das nossas instituições foi reconhecida pela revista The Economist em recente matéria de capa, na qual afirma que o Brasil “dá um exemplo de maturidade democrática aos Estados Unidos”, se referindo às investigações, prisões e julgamento, pela Suprema Corte brasileira, de um ex-presidente e dos envolvidos na trama golpista de 8 de janeiro.
Os Estados Unidos, que já foram referência de democracia liberal vivem o fim dos dois mitos que fundaram a nação norte-americana: o Destino Manifesto “Os Estados Unidos como potência supremacista do mundo” e o mito do Sonho Americano “com o trabalho vou ser rico”.
Já o Brasil vive o resgate da nossa soberania e a consolidação da democracia sob a liderança do Presidente Lula. Todas as pesquisas confirmam: o Presidente Lula é imbatível em todos os cenários. O governo está chegando na base da pirâmide. Está na produção, no crescimento da economia, do emprego e da renda. Esse é o sentimento que esperamos ver traduzido na reeleição do Presidente Lula para continuidade do projeto que está transformando o Brasil num país mais justo, menos desigual, sem fome e plenamente soberano.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.