Sete perguntas que o governador não terá coragem de responder
Convocaria os chefes militares para reuniões secretas?
Caro governador do estado de São Paulo! O senhor tem dito e repetido que o seu mentor, Jair Messias Bolsonaro, é vítima de perseguição política, não cometeu crime algum, por isso deve participar das próximas eleições, apesar das inúmeras provas de que tentou cometer o crime de golpe de estado, muitas exibidas por ele mesmo durante todo o seu mandato.
Pergunto ao senhor: se o senhor um dia chegar à presidência da República e, disputando a reeleição, perder para o seu oponente, fará exatamente o mesmo que fez o seu mentor?
Colocará a culpa nas urnas eletrônicas? Sim ou não?
Convocará embaixadores para achincalhar o sistema eleitoral brasileiro? Sim ou não?
Dirá que o vencedor foi favorecido pelo TSE? Sim ou não?
Não aceitará o resultado? Sim ou não?
Convocará os chefes militares para discutir com eles se alguma coisa poderia ser feita para o senhor continuar no poder? Sim ou não?
Não passará a faixa presidencial ao sucessor? Sim ou não?
Ficará omisso diante dos acampamentos às portas dos quartéis pedindo intervenção militar? Sim ou não?
Se a resposta for não a todas as perguntas, o senhor não concorda, no fundo, com o seu mentor, que fez tudo isso e está sendo hipócrita ao defendê-lo.
Se a resposta for sim, aí sim, o senhor concorda com tudo o que Jair Messias Bolsonaro fez e tentou fazer e, se repetir o esquema, também estará sujeito ao mesmo tratamento que ele está recebendo da Justiça brasileira.
Se a resposta for sim, o senhor terá o mesmo rótulo que ele: golpista. E golpistas estão sendo e serão cada vez mais excluídos da nossa vida política.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.