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      Francisco Calmon

      Ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça; membro da Coordenação do Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo. Membro da Frente Brasil Popular do ES

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      O Congresso brasileiro virou um palco de teatro grotesco

      Esse motim não pode ficar impune!

      Deputados de oposição ocupam Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O grupo prometeu nesta semana permanecer no local até que a Casa dê uma “resposta” à prisão e às demais sanções impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a Jair Bolsonaro (Foto: Saulo Cruz/Agência Senado)

      Grupos de parlamentares se amotinaram com agitação desordeira e desordenada com absoluto desprezo às presidências das respectivas casas legislativas, com arroubos físicos e violência, colocando em perigo a segurança do Congresso, a integridade dos outros parlamentares e um exemplo de falta de zelo pelo dinheiro público, ausência absoluta de decoro e respeito ao povo que os elegeram.

      Esse motim não pode ficar impune!

      A decrepitude do atual Congresso terá consequências indeléveis e poderá ficar como exemplo a ser seguido em cadeia pelos legislativos estaduais e municipais, mas, sobretudo, para a sociedade assimilar o motim como forma de alcançar seus intentos. Numa democracia não é uma forma legal.

      Enfraqueceram a autoridade da mesa diretora, símbolo do poder que representa, e por trás e pela frente da subversão estava (está) o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, aquele que inaugurou o orçamento secreto como forma de usurpar o poder do Executivo e comprometer o presidencialismo, que é causa pétrea como sistema de governo assegurado pela Constituição. 

      Lula abraçou esse jagunço político das Alagoas como parceiro, na política de conciliação e necessidade de governabilidade, porém, não se tratava, como não se trata, de apenas adversário, mas de ser inimigo ideológico de tudo que Lula e o Partido dos Trabalhadores representam.

      Há que separar na política aqueles que são adversários dos que são inimigos ideológicos, por professarem concepções antipovo, antipátria, por serem defensores dos super ricos e praticarem o entreguismo e o sabujismo ao imperialismo estadunidense. 

      Os atos e fotos do durante e o depois são deprimentes e mostram o caráter volúvel dos congressistas que depois da baderna correram a abraçar e pedirem desculpas aos respectivos presidentes das casas legislativas. 

      Os valentões que viram frangotes, como crianças que se escondem dos pais após um malfeito. 

      Se não bastasse ser um Congresso plutocrático, passou a ser uma casa delinquente. Transgressora do regimento interno e da Constituição. Por tudo, parlamentares decentes, A mídia, e a sociedade em geral não podem passar pano.

      Foi muito grave. Não havendo indignação geral qual será a próxima dessa extrema-direita bolsonarista? 

      A militância democrática precisa fazer esse diálogo com o povo para que nas próximas eleições chispe com esses biltres da vida pública. 

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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