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      Oliveiros Marques

      Sociólogo pela Universidade de Brasília, onde também cursou disciplinas do mestrado em Sociologia Política. Atuou por 18 anos como assessor junto ao Congresso Nacional. Publicitário e associado ao Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), realizou dezenas de campanhas no Brasil para prefeituras, governos estaduais, Senado e casas legislativas

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      Lula, o verdadeiro patriota, venceu mais uma vez os golpistas e entreguistas

      A estatura de Lula no cenário global - por mais que divirja ideologicamente de Trump - pesou

      Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

      Chegou o dia 1º de agosto e o tarifaço contra o Brasil, anunciado por Trump, foi adiado por alguns meses.

      O presidente norte-americano, que de bobo não tem nada, recuou em sua loucura de dizer ao Brasil não te quero, de ficar negando as aparências e disfarçando as evidências. Caiu na real: a estratégia era equivocada. Fora levado ao erro por assessores aloprados - sim, eles também existem nos States.

      Alguns dirão que o recuo se deu pela atuação da delegação de senadores brasileiros que voou a Washington e realizou encontros importantes com empresários e parlamentares norte-americanos. Que, a partir dessas conversas, as barreiras foram rompidas e o diálogo avançou.

      Outros sustentarão que o sucesso veio da articulação dos setores econômicos brasileiros, em conjunto com importadores dos Estados Unidos. Em contato com a bancada republicana no Capitólio, teriam sensibilizado Trump sobre o tamanho da furada que seria manter 50% de tarifas sobre produtos brasileiros. O suco de laranja das manhãs, o café no copo dos que caminham pelas ruas, e até os jatos das companhias low cost ficariam bem mais caros.

      Não faltarão aqueles a atribuir o feito à condução de Geraldo Alckmin, o vice-presidente, na articulação com os diversos setores econômicos. O jeitinho de Pindamonhangaba, o convescote com o tom certo de voz, as piadas, os causos, tudo regado a um bom cafezinho de licitação, teriam sido fulcrais para o recuo dos yankees.

      Ah, mas haverá também quem tentará creditar o sucesso a quem ajudou a criar o problema. Não se surpreenda se passar na sua timeline alguma postagem dizendo que foi o Bananinha (ou Patumbo, para os mais íntimos) quem articulou na Casa Branca em defesa do Brasil.

      Contudo, para mim, não resta dúvida de que - à exceção do parágrafo anterior, cuja hipótese é tão absurda quanto risível - todos os demais movimentos contribuíram para esse desfecho.

      Mas, sobretudo, penso que foi a liderança de Lula que costurou todo o processo. Ele escolheu Geraldo como interlocutor com os empresários, calibrando o tom em entrevistas, no pronunciamento em rede nacional e nos palanques. A estatura de Lula no cenário global - por mais que divirja ideologicamente de Trump - pesou. Trump percebeu que havia sido levado pela família do inelegível a uma tremenda furada, e que aqui existe uma nação soberana, liderada por um verdadeiro patriota.

      Que esse texto continue válido em 2 de agosto.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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