Foi para ver um presidente do Brasil falar assim com EUA que votei em Lula

O pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira (17), foi uma resposta clara e contundente à decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas de 50% aos produtos brasileiros. Ao acusar Washington de chantagem e disseminação de informações falsas, Lula colocou a defesa da soberania nacional no centro do debate e reafirmou que o Brasil não aceitará interferências externas nem intimidações comerciais.

Ao denunciar a tentativa de interferência na Justiça e condenar políticos brasileiros que apoiam os ataques ao país, entre eles Jair Bolsonaro e seu clã, o governador Tarcísio de Freitas e a bancada da extrema-direita vira-latista, Lula delimitou o campo da disputa: de um lado, um governo que defende as instituições e o interesse nacional; de outro, setores que agem contra o próprio país por conveniência ideológica ou oportunismo. A crítica a estes “traidores da pátria” é um alerta sobre os riscos internos à soberania brasileira. Afinal, nossa história infelizmente mostra que o Brasil tem muitos Silvérios dos Reis e Cabos Anselmos, prontos para trair a dignidade nacional.

Lula também foi firme como se espera de um líder nacionalista ao cobrar responsabilidade das plataformas digitais que atuam no Brasil. Reafirmou que nenhuma empresa está acima da lei e defendeu a regulação como forma de proteger a população contra crimes, fraudes e discursos de ódio. É um posicionamento firme num cenário em que grandes corporações globais resistem a qualquer tipo de controle público.

Ao expor o superávit comercial dos EUA com o Brasil e desmontar a narrativa de “práticas desleais”, Lula reforçou que o país tem argumentos sólidos e respeitados internacionalmente. Destacou conquistas ambientais, como a redução do desmatamento, e a inovação tecnológica representada pelo Pix, símbolo de um país que avança sem depender da tutela de ninguém.

O discurso cumpriu o que se espera de um presidente: posicionar o Brasil com firmeza, sem subserviência, sem bater continência para o imperialismo estadunidense. É esse tipo de liderança, que defende o país com altivez e clareza, que mobilizou milhões de votos em 2022. E é essa postura que precisa ser mantida, dentro e fora do Brasil, que irá garantir a reeleição de Lula em 2026.