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      Reimont Otoni

      Deputado federal (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara

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      Fascistas usam discurso democrático para confundir

      'Sem perdão para golpistas e vendilhões da pátria! Brasil soberano! Ceder a eles é ceder dignidade, independência e soberania', escreve Reimont Otoni

      Ato bolsonarista na Avenida Paulista (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

      A abertura dos trabalhos no Congresso Nacional, neste dia 05/08, deu mais uma demonstração do desprezo da extrema-direita e seus asseclas pelas instituições democráticas. Tomaram de assalto a mesa diretora e querem submeter o trabalho legislativo à agenda de defesa de Bolsonaro, acima de tudo.

      Corrompem e correm os valores mais centrais da sociedade.

      Liberdade de expressão, direitos humanos, democracia – nunca esses conceitos fundamentais para a sociedade foram tão deturpados, manipulados e vilipendiados como o são agora, pela horda que tenta emparedar a soberania, a economia e as instituições brasileiras, com o apoio do governo norte-americano.

      Os mesmos que repudiavam e debochavam desses conceitos, hoje usurpam deles para conspirar contra o Brasil, em favor de um governo estrangeiro e de um projeto personalíssimo e fascista – livrar Bolsonaro e seus cúmplices da cadeia, golpear a democracia e implantar um projeto ditatorial, alinhado aos interesses de Donald Trump.

      Os mesmos que diziam que a ditadura só “errou por torturar e não matar; matou pouco”, que exaltaram instrumentos de tortura e torturadores, que defenderam as milícias e os grupos criminosos de extermínio, que chamavam os direitos humanos de “esterco da vagabundagem”, que defenderam a censura a artistas, professores, jornalistas, mulheres, homossexuais, negros e pobres e que demonstraram total desprezo pela vida humana – “e daí, eu não sou coveiro” –, esses mesmos usam hoje os conceitos mais centrais de uma Democracia como meras palavras vazias, lançadas para confundir os incautos, lacrar, mobilizar, corromper e seduzir massas de seguidores hipnotizados.

      Posam de defensores da liberdade e dos direitos humanos, mas o são. Não podemos esquecer que, só no primeiro ano do seu governo de trágica memória, Bolsonaro usou a famigerada Lei de Segurança Nacional, da ditadura de 1964, para abrir 76 processos contra opositores, incluindo militantes e influenciadores digitais. Censurou projetos culturais e pedagógicos que não considerou de acordo com os “princípios “judaicos-cristãos”, incitou a perseguição a educadores dentro das salas de aula.

      Os fascistas que giram em torno desse projeto autoritário e excludente não defendem e nunca defenderam ou defenderão os direitos humanos, a liberdade de expressão e a democracia. O que eles querem é escapar da Justiça, subordinar o país e as nossas leis a seus caprichos e curvar o Brasil perante os Estados Unidos. Querem a pátria de joelhos.

      Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar por conspirar abertamente contra o país, tendo seus filhos e seguidores como pontas-de-lança. O inquérito que levou às decisões do STF é o que envolve Eduardo Bolsonaro no crime de conspiração contra o Brasil, com apoio de Donald Trump. Crime de lesa-pátria, de alta traição, em conluio com forças estrangeiras. Se fosse um americano que se aliasse a estrangeiros contra o pais, poderia ser punido até com a pena de morte, segundo o artigo III da Constituição dos Estados Unidos.

      Felizmente, não temos pena de morte. Mas isso não significa impunidade. Como sentenciou o ministro Alexandre de Moraes, “a Justiça é cega, mas não é tola”.

      Sem perdão para golpistas e vendilhões da pátria! Brasil soberano! Ceder a eles é ceder dignidade, independência e soberania. Não passarão!

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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