Crimes intestinos

São raros os comentários às postagens de meus artigos para o Brasil 247, mas o de duas semanas atrás demanda uma pequena análise. No artigo “Ao invés do revés”, de 28/4, https://www.brasil247.com/blog/ao-inves-do-reves, o leitor Antonio Filho comentou que “não é implicância, é má fé sua mesmo. O sujeito vai ser preso, não precisa destilar seu ódio e entupir suas coronárias por causa disso”.

Não sei de onde o leitor tira a má fé quando estava mostrando apenas fatos explícitos que correlacionam a covardia contumaz de Jair Bolsonaro com episódios médicos. Sim, digo e reafirmo a vergonha militar brasileira de possuir uma pessoa tão frouxa quanto ele em seus quadros e elogiá-lo e tê-lo como símbolo. Que ele será preso, não temos dúvidas, mas nem por isso deixaremos de denunciar os crimes contínuos que seguem sendo praticados. Seus crimes vêm de dentro, fazem parte de sua má índole. Assim, agora a crítica é intencional mesmo e continuo a contribuir com o incômodo desse solitário comentarista do site. Mas agradeço pela preocupação com minha saúde.

Incluo outra avaliação, até mais adequada, devido à repugnante imagem que foi publicada junto ao texto, escolhida pela redação. Como é possível um paciente internado em UTI ter acesso a tantas ferramentas midiáticas e poder fazer lives, dar entrevistas e promover um show de horrores como o réu Jair Bolsonaro estava fazendo? As visitas normalmente são limitadas e até impedidas quando temos parentes em tal condição hospitalar. O silêncio das associações médicas revelaram sua posição política, deletéria aos interesses da saúde do país, tanto a física quanto a política. No mais, ainda restou a dúvida sobre aquela sonda alimentícia na parte superior do nariz que nem impedia o paciente de falar.

Mas, sim, há um erro no artigo, de digitação, que precisa ser corrigido, no segundo parágrafo: “como afirma o melhor juízo”, em vez de “como afirmar o melhor juízo”.