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Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais, função que também exerce na Ágora Advocacy.

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Centrão e direita devem derrubar medida que renderia R$ 17 bi ao governo

Acordo costurado com lideranças do agro e ligadas às casas de aposta teria sido descumprido

Esplanada dos Ministérios, com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília - 07/04/2010 (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

O clima nos bastidores da Câmara é de incerteza sobre a aprovação da MP 1.303/25, que tributa aplicações financeiras e ativos virtuais. A medida é considerada uma das prioridades do governo para entrar 2026 com fôlego fiscal, com capacidade de arrecadação de cerca de R$ 17 bilhões.

O movimento para derrubada da matéria encabeçado pelo PL reúne apoio do PP e União Brasil, que fecharam questão contra a matéria. Além disso, Republicanos e PSD também devem orientar contra. Com isso, o governo tem pouca margem de manobra, mas ainda não desistiu. O presidente Lula, inclusive, exonerou ministros para votar nesta quarta-feira. A derrota pode acontecer já no requerimento de retirada de pauta.

O movimento ocorre mesmo após uma negociação para preservar o agronegócio e as Bets, que foram poupados no texto. No entanto, o acordo costurado com lideranças do agro e ligadas às casas de aposta teria sido descumprido. A avaliação nos bastidores é de que o relator, Carlos Zarattini (PT-SP), errou ao atender essas demandas, em especial as Bets, cuja taxação teria apoio popular e sustentaria a narrativa de taxar os ricos para poupar os pobres.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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