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      Camilo Irineu Quartarollo

      Autor de nove livros, químico, professor de química, com formação parcial em teologia e filosofia.

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      Calcanhar de Aquiles

      Todos têm seu calcanhar de Aquiles, onde o fluxo de sangue é lento – vamos negociar?

      Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Reuters)

      Enfim, o capitão vai dormir mais cedo, ficará livre da NET e, quem sabe, ler algum bom livro ou a bíblia mesmo. O ex-presidente vai começar usando tornozeleira e ter algumas restrições para não fugir do país para alguma embaixada e conspirar contra o Brasil. Vai dormir sem o celular e o boa-noite do Trump, por quem tem uma paixão infantil. 

      Há os que buscam nos EUA uma chance de fazer o pé de meia, sem perder o amor ao Brasil. Entretanto, esses imigrantes brasileiros são algemados como criminosos e deportados sem nenhum respeito pelo atual ditador americano. O filho do capitão  conspira com a Casa Branca como se brincasse de trenzinho ou forte apache no salão oval. Uma vergonha.  

      Ressoa de nossas carteiras escolares: “Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste! Criança! Não verás nenhum país como este!”, poema ardoroso de Olavo Bilac, A pátria. Amamos nossa terra, mas esse rapaz foi aos EUA conspirar, e pior, entregar os segredos da nação a um ditador interessado em se apossar das nossas riquezas. Éramos ilustres desconhecidos antes dessa canalhice de tarifas, contra o PIX e perseguição até da Vinte e Cinco de Março. Antes, tão pouco notados que, em visita a Brasília, o então presidente Reagan achou que fôssemos a Bolívia e elevou a taça de brinde diante do ditador Figueiredo. Em sua posse, Trump dizia que o Brasil não era importante, porém, agora, “alguém” nos fez de alvos dos americanos.

      Horas antes da decretação da tarifa por Trump, algum sabido comprou bilhões de dólares na Bolsa que se valorizou muito mesmo. Daí vendeu, como se tivesse bola de cristal, mas alguém o deve ter informado. O mercado desconfia que alguém ou grupo de investidores sabia das tarifas. Crime financeiro. Aqui no Brasil, o nome do deputado foragido vai figurar num inquérito. 

      O jornalista americano Bill Maher disse que “nos EUA devíamos estudar a Constituição do Brasil” – e falando de nós concluiu o americano: a democracia deles é mais forte que a nossa. Atualmente, nos EUA não há liberdade ou segurança jurídica. Enquanto magnatas especulam na Bolsa, o país inflaciona e falta trabalhadores no agro americano, pois a maioria dessa mão de obra era estrangeira ou naturalizada. Se existe algo que os EUA naturaliza atualmente, além da especulação, é a maldade e o despotismo de Trump. Para deportar pessoas do país os policiais tem de bater metas e todo o dia pegam imigrantes ou naturalizados, aleatoriamente e com muita truculência. Estes desaparecem, pois, algemados, não pode nem avisar os familiares – muitas vezes são deportados a algum país que nem é o de origem deles. 

      O presidente Trump incitou seus adeptos a invadirem o Capitólio, o congresso dos EUA. Apesar de processado pela justiça americana, nada vingou contra o magnata. Perguntado sobre as tarifas, qual a razão, o tal disse cinicamente “porque posso”. Sua gestão se resume à América grande, Gaza como a “Riviera do Oriente” e sua escultura em ouro. Todavia, a doença diagnosticada do Trump, o sangue lhe fica na Insuficiência Venosa e teve alguns tombos. Não somos de ouro. De sangue é que somos e todos têm seu calcanhar de Aquiles, onde o fluxo de sangue é lento – vamos negociar?

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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