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      Adilson Roberto Gonçalves

      Pesquisador científico em Campinas-SP

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      Ao invés do revés...

      Mesmo no feriado prolongado, deputados da extrema-direita se movimentaram para acelerar o anticonstitucional projeto de lei

      Jair Bolsonaro após cirurgia - Brasília - DF - 16 de abril de 2025 (Foto: X/@jairbolsonaro)

      Pode ser implicância minha, mas toda vez que algum revés notório acontece contra o ex-presidente, aparece algum problema gastrointestinal. Bastou a oficialização pelo STF de se tornar réu no processo do golpe contra o estado democrático de direito que Bolsonaro voltou a ter indisposição e ser internado. Com provável cirurgia e período de convalescença, posar de coitado ao longo do julgamento não será difícil. Como dizem por aí, coincidências não acontecem.

      Mesmo no feriado prolongado, deputados da extrema-direita se movimentaram para acelerar o anticonstitucional projeto de lei. São arranjos intestinos que visam à anistia. Não deu certo até aqui, segundo a decisão de Hugo Motta em não colocar em votação no momento. Como afirmar o melhor juízo, “não há alternativas para as penas aplicadas aos golpistas do 8 de janeiro”. A extrema direita vende a ideia de passeio no parque ou condenação por pichação com batom, o que definitivamente não foi aquela intentona golpista. Pena que até magistrados do STF estão começando a duvidar da própria justiça que começaram corretamente a fazer. Que não se curvem! Sem anistia! Anistia representaria retrocesso, da mesma forma que a de 1979, imposta pelos militares derrotados, assim o foi. Passou o dia da mentira, mas temos de lembrar os golpes e tentativas de golpe sim. Lembrar não significa homenagear ditaduras e torturadores. É importante para a democracia saber o que foi o golpe, como foi engendrado e todas as mentiras criadas e perpetuadas. A memória é importante pelas semelhanças com a tentativa de golpe de 2022. Lembrar para que não mais se repita. Lembrar para entender o presente e tornar mais democrático nosso futuro. Lembrar como respeito aos que sucumbiram na ditadura.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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