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Tiago Barbosa

Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com passagem por jornais de Pernambuco

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A mídia faz a retórica do genocídio

Mortos em Israel têm rosto, nome, história, família. Mortos no Irã são monstros. Mortos em Gaza são anônimos

Israel já assassinou mais de 16.500 crianças em Gaza durante o genocídio (Foto: Reuters)

A resposta do Irã a Israel deixou mais clara a hierarquização da vida promovida pela mídia corporativa.

Mortos em Israel têm rosto, nome, história, família, trabalho e sensibilizam repórteres e apresentadores.

São gente - a comoção indica.

Mortos no Irã viram fotos formais, exóticas, sem histórico, laços afetivos, associados a perigo para inspirar medo e repulsa.

São monstros - a narrativa sugere.

Mortos em Gaza são anônimos, números, sem foto, história, situação social, família e não geram lágrimas na voz fria do off.

São inumanos - a frieza aponta.

A mídia faz a retórica do genocídio.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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