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Francisco Calmon

Ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça; membro da Coordenação do Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo. Membro da Frente Brasil Popular do ES

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A melhor defesa é o ataque

EUA não é um país a ser admirado nem seguido como exemplo

Bandeira dos EUA no Departamento de Justiça - 15/12/2020 (Foto: REUTERS/Al Drago)

Os EUA têm miséria e mendigos nas ruas; é um povo sem assistência na saúde e alimentar, sem respeito à liberdade de manifestação dos opositores, a repressão é violenta, ainda na atualidade o segregacionismo racial e a supremacia branca como ideologia permanece, têm uma juventude doentia e alienada do mundo, jovens matam colegas e cometem suicídio, tudo isso e muito mais eles escondem, e máquina cinematográfica e publicitária vendem um outro país, irreal, uma ficção.

Segue alguns dados que rapidamente derrubam as mentiras construídas dos EUA e o utópico “sonho americano”:

Em 2024, os EUA registraram aproximadamente 771,4 mil pessoas em situação de rua, um aumento de 18% em relação a 2023. Em comparação, o Brasil tinha 327.925 moradores de rua no mesmo período. Percentualmente, 0,2267% da população dos EUA vive nas ruas, contra 0,1547% no Brasil. ( Fonte )

O governo Trump retirou os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2025, resultando em um corte de 20% no orçamento da organização (US$600 milhões). ( Fonte )

Em março de 2025, Trump assinou uma ordem executiva que exigia a remoção de exposições consideradas "divisivas" ou "antiamericanas", incluindo uma réplica da famosa foto de 1863 que mostra as costas flageladas de um afro-americano escravizado no Fort Pulaski. A justificativa da administração Trump é de que é necessário eliminar visões que "maculam inapropriadamente a imagem americana", em favor de uma celebração do "legado de grandeza" dos EUA. ( Fonte 1 / Fonte 2 )

Desde 2020, as armas de fogo são a principal causa de morte de crianças e adolescentes (1-17 anos) nos EUA, superando acidentes de carro. Em 2023, 2.581 crianças e adolescentes morreram devido a armas de fogo. Entre 2020 e 2022, mais de 10.500 jovens morreram por armas de fogo. ( Fonte / Fonte )

Essa carnificina entre os mais jovens não é um acidente, mas o sintoma febril de uma sociedade doente, que devora o seu próprio futuro.

É o que o prêmio Nobel de economia Angus Deaton definiu como "mortes por desespero"

A nação que se vende como modelo para o mundo assiste, paralisada, a uma queda contínua na expectativa de vida, um fenômeno que antecede até mesmo a pandemia.

A situação chegou a um ponto tão absurdo que um jovem americano de 18 anos tem hoje uma probabilidade maior de morrer antes dos 50 do que um rapaz da mesma idade em Bangladesh.

Isso não é um modelo a ser seguido; é um alerta sobre uma nação em colapso existencial.

O "sonho americano" é a armadilha estadunidense mais cruel.

Em uma sociedade onde o único valor é o sucesso financeiro, não há espaço para ser simplesmente humano.

O cidadão americano mediano, cuja renda o coloca entre os 5% mais ricos de toda a população mundial, é ensinado a se ver como um fracassado. Aos olhos de seus pares e, pior, aos seus próprios olhos, ele é um derrotado, simplesmente por não ter alcançado o topo inatingível da pirâmide.

Não é de espantar que os Estados Unidos seja o detentor do título desonroso de maior consumidor de drogas do planeta. Um país que, na sua cruzada moralista, gasta rios de dinheiro para encarcerar seus próprios cidadãos por posse de uma quantia minúscula de gramas de cannabis, mas que não consegue, ou não quer, fechar a torneira de um capitalismo que adoece e isola suas pessoas, empurrando-as para o vício como refúgio.

Sua famosa "Guerra às Drogas" não passa de uma farsa: uma máquina de moer pobres e minorias, que lota as celas enquanto ignora solenemente as causas sociais do problema. É a hipocrisia em sua forma mais pura e letal: prega a abstinência no palco mundial, clama que irá invadir países latinos para “combater” as drogas, mas é o seu próprio mercado interno, ávido e doente, que financia o narcotráfico que diz ser contra.

Além de todos os problemas sociais e estruturais crescendo exponencialmente devido a administração sanguinária de Trump, a ascensão de células nazistas por todo o território americano, não só é um fato documentado pela mídia, mas também tem se tornado uma prática cada vez mais repetida, e nunca reprimida pelo governo trumpista.

Dalton Henry Stout, líder da rede neonazista Aryan Freedom Network (AFN), vestindo um boné com a caveira das unidades SS nazistas, Stout afirma que o retorno de Trump à Casa Branca "acordou muitas pessoas para as questões que levantamos há anos", considerando-o "a melhor coisa que aconteceu" para o movimento. Embora esses grupos permaneçam marginais, eles ganharam visibilidade e força desde a eleição de Trump, alimentados por seu discurso contra a diversidade, imigrantes e em defesa dos “valores americanos e cristãos".

Os Estados Unidos da América do Norte é um país a não ser admirado e nem seguido como exemplo. Sua riqueza foi construída com espoliação a muitos países e mortes dos seus povos.

Não têm moral histórica para se colocarem como arautos dos direitos humanos, da paz, e da coexistência pacífica.

Que as atuais gerações de inspirem no ano internacional de 1968 de luta contra os valores do capitalismo, do imperialismo e pelo fim das guerras.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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