A escolha de Bolsonaro: golpe em vez de eleições
PGR ignora pressões de Trump e pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe e rompimento com a ordem democrática
O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, ignorando as pressões do presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou-se pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete, por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
As ações de 8 de janeiro de 2023 e os planos revelados pela minuta golpista são evidências de que o objetivo era interromper o processo democrático, em vez de aguardar uma nova eleição.
Bolsonaro e seu círculo próximo, incluindo militares e aliados políticos, tinham interesse em manter o controle político para preservar sua agenda ideológica de pautas conservadoras, submissão aos EUA, redução de políticas de esquerda e suposta influência sobre instituições. A lógica era evitar a alternância de poder a qualquer custo.
Jair Bolsonaro preferiu não se beneficiar de um período fazendo política junto ao seu eleitorado e tentar voltar à Presidência. Optou por romper com as instituições e com o Estado Democrático de Direito.
As eleições no Brasil ocorrem a cada quatro anos. Já se passaram três. Bolsonaro pode pegar uma pena de até 43 anos, a um ano das eleições de 2026, nas quais disputaria com chances reais de ser eleito.
A avidez em subverter a democracia, para essa gente, vai além de medir consequências punitivas; não conseguem analisar cognitivamente o contexto. Vivem em delírio extremo, próximo à psicopatia.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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