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      Tribunal Eleitoral boliviano assegura eleições de agosto apesar de ataques e desinformação

      Presidente do TSE garante votação no dia 17 de agosto e denuncia notícias falsas sobre processo eleitoral boliviano

      Bolívia inicia preparativos para eleições gerais de agosto (Foto: Ilustração Prensa Laatina )

      247 - O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia reafirmou, neste domingo (13), o compromisso com a realização das eleições gerais marcadas para 17 de agosto. Em entrevista à agência Prensa Latina, o presidente do TSE, Oscar Hassenteufel, garantiu que o processo eleitoral será realizado conforme o calendário oficial, apesar do momento de tensão política e dos ataques sistemáticos contra a instituição.

      "Estamos vivendo um momento especial e difícil no TSE; mas há uma vontade geral. O povo boliviano quer eleições em 17 de agosto, e nós as garantimos. Elas serão realizadas nesse dia, conforme planejado", declarou Hassenteufel, em conversa com o correspondente Jorge Petinaud Martínez, da Prensa Latina.

      O dirigente máximo da autoridade eleitoral enfatizou que o processo de agosto tem um papel crucial na superação da atual crise social e institucional do país. “As eleições são muito importantes, não só porque permitirão ao povo boliviano sair desta crise, dos seus problemas diários e, sobretudo, superar este período de confronto”, afirmou. Ele acrescentou que a Bolívia precisa de “unidade e paz” para resolver os desafios do cotidiano.

      Segundo Hassenteufel, o TSE também trabalha para ampliar a qualidade democrática da disputa. Uma das novidades será a obrigatoriedade de debates públicos entre os candidatos, já aprovada pelo plenário da instituição. “Haverá debates, e isso é bom porque assim as pessoas podem votar de forma informada”, destacou.

      Apesar dos avanços institucionais, a conjuntura política é marcada por pressões e desinformação. Na semana passada, o TSE divulgou uma nota oficial denunciando uma “preocupante escalada de ataques sistemáticos” contra o Órgão Eleitoral Plurinacional (OEP). As ofensivas viriam tanto de setores nacionais quanto internacionais, com o objetivo de “desacreditar, deslegitimar e intimidar” as autoridades eleitorais.

      Segundo o comunicado, essas ações incluem “acusações infundadas, campanhas de desinformação midiática e ameaças veladas à integridade dos membros do TSE”. A instituição alertou para o risco dessas práticas prejudicarem o andamento das eleições e reafirmou sua autonomia em relação a outros poderes do Estado.

      “O TSE é uma instituição independente e autônoma, equiparada aos demais órgãos do Estado, na forma da lei”, frisou o documento, que também destacou o compromisso com “um processo eleitoral transparente, inclusivo, justo e integral”.

      A crise ganhou um novo elemento com a divulgação de uma falsa denúncia publicada em uma página da internet identificada como "Negócios e Política", que alega o pagamento de suborno a um membro do TSE para inviabilizar a candidatura do ex-presidente Evo Morales. Segundo o site, a esposa do atual presidente, Luis Arce, teria depositado US$ 30 mil ao conselheiro Tahuichi Tahuichi Quispe, por meio de um banco panamenho.

      A informação foi rebatida pelo ministro do Governo, Roberto Ríos, que classificou a notícia como falsa e denunciou a origem fraudulenta do site. “Esta página foi criada há menos de um mês e tem um nome de domínio privado comprado da GoDaddy, que tem seus servidores nos Estados Unidos”, afirmou. Ríos também revelou que a investigação identificou os administradores da página, ambos localizados na Bolívia: um em Cochabamba e outro em La Paz.

      Ríos foi enfático ao desmentir a versão apresentada. “Insistimos na falsidade da publicação do suposto meio de comunicação argentino”, declarou, em referência à tentativa de atribuir origem estrangeira à operação de desinformação.

      Em meio às turbulências, o TSE boliviano reafirma sua missão de conduzir o processo eleitoral com integridade, apostando na confiança do eleitorado e no papel vital das eleições como instrumento de pacificação e fortalecimento da democracia.

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