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Protestos por candidatura de Evo Morales terminam em 20 prisões na Bolívia

Manifestantes exigem que o ex-presidente concorra nas eleições de agosto, apesar de impedimento judicial e fim do prazo de inscrição

Evo Morales (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

247 - Pelo menos 20 pessoas foram presas nesta quinta-feira (29) em La Paz, na Bolívia, durante confrontos entre manifestantes e a polícia. Os atos foram organizados por apoiadores do ex-presidente Evo Morales, que pressionam o Tribunal Supremo Eleitoral a aceitar sua candidatura às eleições de agosto — apesar de uma decisão judicial que o impede de concorrer. As informações são da Folha de S. Paulo.

“São 20 presos”, afirmou o coronel Roger Montaño, chefe da força policial que atuou no controle do protesto. “Estavam portando tintas, balões, rojões e outros materiais contundentes”, detalhou. Três agentes ficaram feridos.

Os confrontos começaram quando uma representante do Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-Bol), legenda que apoia Morales, foi impedida de entrar na sede do tribuna para tentar registrar a lista de candidatos do partido. O Pan-Bol alega que enviou a documentação por e-mail dentro do prazo, mas o tribunal considera que a candidatura não foi formalizada corretamente, já que a plataforma oficial foi encerrada no dia 19 de maio.

Durante os protestos, os manifestantes lançaram pedras e rojões contra os policiais, que responderam com gás lacrimogêneo. As cenas de tensão foram registradas por emissoras locais e circularam amplamente nas redes sociais.

Evo Morales, que presidiu o país de 2006 a 2019, tenta voltar ao cargo, mas está legalmente impedido por uma decisão judicial de 2023, que limita a dois os mandatos presidenciais consecutivos ou alternados.

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