Prevaleceu o senso de justiça e dignidade na votação na ONU contra o bloqueio a Cuba
Apesar das pressões dos EUA sobre os governos, 165 países votaram a favor da resolução apresentada por Cuba
Por Indira Herrera (*), para o 247 - A esmagadora maioria da comunidade internacional ratificou nesta quarta-feira (29), seu apoio ao povo cubano em sua luta pelo fim do abusivo e injusto bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto há mais de 60 anos pelos EUA.
Durante os dias 28 e 29 de outubro, foi apresentada pela trigésima terceira vez à Assembleia Geral das Nações Unidas a resolução “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos da América contra Cuba”. Delegações de vários países intervieram durante os dois dias e pediram o fim do bloqueio e a exclusão de Cuba da lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
Apesar das pressões persistentes que os EUA exerceram sobre os governos para tentar reverter sua tradicional posição de apoio à ilha, 165 países votaram a favor da resolução apresentada por Cuba. Apenas 7 países votaram contra, entre eles os EUA e Israel, e 12 se abstiveram.
Durante sua intervenção na ONU para apresentar a resolução que pede o fim do bloqueio, o chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrrilla desafiou o governo norte-americano: “Se o governo dos EUA tem alguma preocupação mínima em ‘ajudar o povo cubano’, suspenda ou faça exceções humanitárias ao bloqueio devido aos danos que o furacão Melissa causará e está causando”. O furacão, considerado um dos mais poderosos dos últimos anos, atingiu o leste de Cuba na madrugada de 29 de outubro, após passar pela Jamaica.
A aprovação por esmagadora maioria desta resolução hoje demonstra a rejeição a essa política que carece de fundamento moral e que gera um forte impacto no bem-estar das famílias cubanas.


