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Petro propõe integração da Grande Colômbia com apoio da Venezuela

Presidente colombiano elogia política antidrogas de Trump, defende combate com respeito à soberania e cobra diálogo político na crise venezuelana

Gustavo Petro (Foto: Reprodução via vermelho.org.br)

247 – O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou neste sábado (9) que concorda com a política antidrogas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde que seja baseada no respeito à soberania nacional. A declaração foi feita em postagem nas redes sociais e divulgada pela imprensa colombiana.

“Estou de acordo com ela, com base no respeito à soberania nacional”, disse Petro, destacando que é preciso “duplicar ou triplicar” a luta contra as organizações de narcotráfico, atingindo seus líderes, suas finanças e promovendo a apreensão maciça de mercadorias ilícitas.

Combate ao narcotráfico com ênfase em soluções pacíficas

Petro afirmou que seu governo continuará coordenando ações com qualquer país que se comprometa seriamente com essa luta, desde que respeite a independência das nações envolvidas. Ele destacou, no entanto, que o combate não pode se limitar à repressão violenta, defendendo a transformação pacífica dos territórios onde a economia ilegal está enraizada.

“Para diminuir os insumos para a produção de mercadorias ilícitas… deve-se financiar ao máximo a transformação pacífica do território, com economias lícitas. A violência ali só trará mais violência”, afirmou. Segundo ele, o mundo deveria legalizar substâncias pouco perigosas e concentrar esforços nas mais nocivas, além de deixar de criminalizar grupos vulneráveis como camponeses, indígenas e jovens excluídos.

Apoio venezuelano e integração regional

O presidente colombiano revelou ter recebido “apoio contundente” do presidente Nicolás Maduro e do ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, para enfrentar os grupos narcotraficantes na fronteira com a Venezuela. “O apoio foi contundente e deve continuar”, disse.

Petro ressaltou que a solução para os problemas políticos venezuelanos não passa por financiar ações para “matar ou capturar líderes políticos”, mas sim por um “diálogo aberto entre todas as forças” que permita eleições livres.

Ao final, propôs que Venezuela e Colômbia avancem para uma maior integração política, social e econômica, inspirada na antiga “Grande Colômbia”. “Ao povo venezuelano e a todas as suas forças, propusemos um sistema de maior integração política, social e econômica em uma confederação da Grande Colômbia dos nossos tempos”, declarou.

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