Navio de guerra dos EUA resgata dois sobreviventes de ataque contra embarcação no Caribe
Ataque realizado na quinta-feira também resultou na morte de outras duas pessoas a bordo da embarcação
247 - As Forças Armadas dos Estados Unidos resgataram dois sobreviventes após um ataque a uma embarcação no Caribe, suspeita de estar envolvida no tráfico de drogas. A ação, realizada na última quinta-feira, resultou na morte de outras duas pessoas a bordo da embarcação. Os sobreviventes foram retirados do local por helicópteros militares e levados a um navio de guerra dos EUA, destaca o jornal O Globo, citando agências internacionais. O ataque levanta questionamentos sobre o uso de força militar estadunidense em ações contra alvos supostamente vinculados ao tráfico de drogas, um tema que já gerou controvérsias políticas e jurídicas nos Estados Unidos.
Contexto da Operação Militar
Essa operação, que envolve uma das mais recentes intervenções militares dos EUA no Caribe, poderia marcar os primeiros prisioneiros de guerra relacionados ao conflito declarado pelo presidente Donald Trump contra o que ele chamou de "ameaça narcoterrorista" vinda da Venezuela. Apesar de o Pentágono ainda não ter se pronunciado oficialmente sobre o incidente, fontes indicam que a embarcação atingida pode ter sido um semissubmersível, um tipo de barco utilizado por traficantes para evitar a detecção. Este tipo de embarcação é comumente associado ao tráfico de drogas devido à sua habilidade de operar em profundidades rasas, dificultando a interceptação pelas autoridades.
De acordo com outras fontes ouvidas pela Reuters, o ataque fez parte de um aumento da presença militar dos Estados Unidos na região, o que inclui a mobilização de 6.500 soldados, destróieres lançadores de mísseis guiados, caças F-35 e um submarino nuclear. A ação tem gerado discussões em Washington, especialmente no contexto das tensões com o governo de Nicolás Maduro, da Venezuela.
Vídeos mostram ataques contra embarcações
Nas últimas semanas, a Casa Branca tem divulgado vídeos mostrando embarcações sendo destruídas em operações semelhantes, mas sem relatos de sobreviventes até este caso. A administração Trump, por sua vez, afirmou que essas ações resultaram na morte de 27 pessoas envolvidas em atividades ilícitas, o que provocou críticas de especialistas em direito internacional, que questionaram se tais ataques são compatíveis com as leis de guerra.
Intensificação das Operações no Caribe
Enquanto isso, o clima de alerta continua crescente com o reforço da presença militar dos EUA no Caribe. Na quarta-feira, Trump autorizou a CIA a intensificar as operações secretas na Venezuela, alimentando especulações sobre uma possível tentativa de derrubar o governo de Nicolás Maduro. Em resposta, o embaixador venezuelano Samuel Moncada enviou uma carta ao Conselho de Segurança da ONU pedindo que o órgão considere os ataques como ilegais e reforce a soberania do país sul-americano.
Mudanças no Comando Sul
O aumento da presença militar e a mudança de liderança nas operações na região do Caribe também têm sido um tema central. O Pentágono recentemente anunciou que as operações na região, que antes eram comandadas pelo Comando Sul, em Miami, agora seriam lideradas pela II Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, com base em Camp Lejeune, na Carolina do Norte.
Essa reestruturação chamou a atenção de observadores militares, especialmente considerando a importância tradicional do Comando Sul nessas operações. Além disso, o secretário de Defesa Pete Hegseth informou que o almirante responsável pelo Comando Sul deixará o cargo no final deste ano, dois anos antes do previsto.


