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Maduro rechaça ideologias supremacistas de Trump

Presidente da Venezuela critica campanhas xenófobas contra migrantes e pede respeito à identidade nacional

Donald Trump e Nicolás Maduro (Foto: Manaure Quintero/Reuters I Piroschka Van De Wouw/Reuters)

247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez duras críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusando-o de promover ideologias supremacistas e nazistas que buscam impor “uma única forma de pensar”. As declarações ocorreram em Caracas, durante encontro com representantes de diversos setores sociais, incluindo trabalhadores, empresários, estudantes e comunidades culturais.

Segundo informações divulgadas pela Telesur e pela Imprensa Presidencial venezuelana, Maduro afirmou que o governo norte-americano tenta sustentar uma narrativa discriminatória contra o povo venezuelano, ao mesmo tempo em que valoriza correntes supremacistas brancas nos Estados Unidos.

Críticas ao discurso xenófobo

O líder venezuelano classificou como ultrapassada a tentativa de Washington de unificar sociedades sob “uma única ordem e um único comando”. Ele ressaltou que esse modelo ideológico fracassou e que nem os próprios norte-americanos o aceitam.

“Eles estão tentando retratar uma história em que nós, venezuelanos, somos os bandidos e os brancos supremacistas são os mocinhos”, declarou Maduro, em tom de denúncia.

O presidente também condenou a associação da população venezuelana com o grupo criminoso conhecido como Trem de Aragua, narrativa frequentemente explorada em campanhas políticas e midiáticas internacionais. “Nem o povo de Aragua faz parte do Trem de Aragua, nem a Venezuela é o Trem de Aragua”, afirmou. Para ele, o país é formado por “gente decente, solidária, trabalhadora e humana”.

Defesa da identidade venezuelana

Maduro pediu o fim das campanhas discriminatórias e xenófobas, especialmente contra os cidadãos venezuelanos que migraram em busca de melhores condições de vida e enfrentaram violência e discriminação, sobretudo nos Estados Unidos.

Em sua fala, destacou que o governo venezuelano não deseja conflito na região: “Não queremos guerra no Caribe ou na América Latina, não guerra, apenas paz”.

O encontro em Caracas reuniu setores pesqueiros, universitários, empresariais e sociais, em um esforço de reafirmar a identidade nacional frente às pressões externas.

As declarações de Maduro fazem parte de uma estratégia de defesa da imagem internacional da Venezuela diante das acusações de envolvimento de cidadãos do país em atividades criminosas. O discurso também reforça a narrativa oficial contra a política externa de Washington, sob a liderança de Donald Trump, que tem endurecido a retórica em relação à imigração e reforçado estigmas sobre comunidades latino-americanas.

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