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      Maduro agradece apoio internacional e critica intervenções dos EUA em discurso no Parlamento

      Presidente da Venezuela destacou solidariedade global contra ameaças externas e reforçou defesa da soberania nacional

      Nicolás Maduro (Foto: Correo del Orinoco)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, manifestou agradecimento aos governos e povos que expressaram solidariedade ao país em meio às recentes tensões internacionais. A declaração foi feita no Salão Elíptico do Palácio Legislativo Federal, durante um evento em defesa da paz e da soberania regional, segundo informações divulgadas pelo Correo del Orinoco.

      No pronunciamento, Maduro enfatizou a importância do direito internacional como barreira contra a violência entre nações e criticou duramente as tentativas dos Estados Unidos de pressionar Caracas. “Agradecemos a solidariedade e a rejeição unânime de qualquer tentativa dos Estados Unidos de desencadear um conflito armado na América do Sul”, afirmou.

      Defesa da Carta da ONU e memória histórica

      O chefe de Estado destacou que a proibição do uso da força entre países soberanos está consolidada na Carta das Nações Unidas, criada após a Segunda Guerra Mundial. “Essa lei tornou-se uma norma vinculativa em defesa dos povos”, declarou.

      Em sua fala, Maduro relembrou a Proclamação de Cipriano Castro, de 1902, como símbolo de resistência às pretensões imperialistas. Também celebrou o aniversário da vitória do povo chinês sobre o imperialismo japonês, lembrando que essas lutas foram fundamentais para a criação da ONU.

      Críticas às intervenções militares

      O presidente venezuelano denunciou a atuação de potências ocidentais em diferentes regiões do mundo, apontando violações ao direito internacional. “O que foi feito na Líbia foi ilegal, e o que eles estão tentando fazer na Venezuela sob o pretexto de mudança de regime é imoral, criminoso e ilegal”, declarou.

      Ele citou ainda intervenções militares em países como Vietnã, Iraque, Irã, Afeganistão, Líbano e Palestina, classificando essas ações como ilegítimas e contrárias à paz global.

      Pressões externas e resistência venezuelana

      Maduro alertou sobre o que chamou de “confusão de ameaças”, resultado da combinação de guerra psicológica, pressão econômica e intimidação militar. Mesmo assim, garantiu que o país continuará firme diante dos desafios.

      “Onde houve dificuldades, a Venezuela sempre soube superá-las. Hoje, como sempre, defenderá sua soberania e caminhará para o futuro com dignidade”, concluiu.

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