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Luisa González reitera denúncias de irregularidades nas eleições do Equador

Ex-candidata da Revolução Cidadã questiona legalidade do pleito e afirma que resultados não foram justos nem livres

Luisa González contesta resultado eleitoral no Equador (Foto: Prensa Latina )
José Reinaldo avatar
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247 - A ex-candidata presidencial Luisa González, da Revolução Cidadã (RC), voltou a denunciar irregularidades no processo eleitoral do Equador, realizado em 13 de abril, quando o atual presidente, Daniel Noboa, foi declarado vencedor. As declarações foram feitas em entrevistas à mídia local nesta segunda-feira (28), conforme reportou a agência Prensa Latina.

Durante suas falas à Rádio Pichincha e ao programa Primera Plana, da Rádio Armónica, González acusou seu adversário e instituições estatais de violarem a lei e a Constituição, citando práticas como compra de votos e uso indevido de recursos públicos. Ela ainda alegou a ocorrência de fraude no processo.

Entre as irregularidades apontadas, a ex-candidata destacou a questão da tinta transferível nas urnas, tema levantado em relatório de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA). Segundo González, a tinta gerou confusão na interpretação dos votos. "Vamos analisar o papel e a tinta. Vamos legitimar todo o processo. Por que eles se recusam a fazer isso?", questionou. 

González também denunciou inconsistências nos registros de contagem de votos, afirmando que, em um caso, 41 cédulas simplesmente desapareceram. Ela levantou ainda suspeitas sobre uma "discrepância" no número de eleitores cadastrados entre o primeiro e o segundo turno, o que, para ela, seria razão suficiente para a anulação do pleito. "Isso é motivo para anular as eleições; não pode haver mudança no número de eleitores", declarou.

Outra crítica de González foi direcionada ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que rejeitou todas as contestações apresentadas pela coalizão liderada pela RC. Ela defendeu a abertura das urnas como forma de preservar o Estado de Direito e garantir eleições verdadeiramente democráticas. "Usando o mesmo artigo do Código da Democracia que citamos no primeiro turno, hoje o CNE nos nega uma recontagem", lamentou. 

A ex-candidata afirmou que, na qualidade de presidente da Revolução Cidadã, não reconhecerá o resultado oficial das eleições, classificando-as como "ilegítimas, ilegais e inconstitucionais". Para González, o processo "não foi justo nem livre".

De acordo com os dados oficiais, Daniel Noboa, do movimento Ação Democrática Nacional (ADN), venceu com 55,63% dos votos, enquanto Luisa González, da aliança RC obteve 44,37%. Embora observadores internacionais tenham descartado a ocorrência de fraude generalizada, relataram irregularidades durante o processo, como a ausência de licença formal para a candidatura de Noboa, o uso inadequado de fundos públicos e a decretação de estado de emergência em meio à campanha. 

A posse de Daniel Noboa para o mandato 2025-2029 está prevista para 24 de maio.

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