Irã e Venezuela decidem aprofundar relações para enfrentar o unilateralismo dos EUA

247 - O Irã e a Venezuela optaram por fortalecer a cooperação para enfrentar os desafios decorrentes do unilateralismo dos EUA e neutralizar seus efeitos negativos, informa o canal iraniano HispanTV.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyed Abbas Araqchi, que está em Genebra (Suíça) para participar da sessão de alto nível da Conferência sobre Desarmamento e do Conselho de Direitos Humanos da ONU, se reuniu na segunda-feira, à margem dessas sessões, com seu homólogo venezuelano, Yván Gil Pinto.

Referindo-se às relações sólidas e amigáveis ​​entre o Irã e a Venezuela como dois países em desenvolvimento avançados, baseadas em visões compartilhadas sobre eventos internacionais e visando garantir interesses mútuos, Araqchi enfatizou a necessidade de fortalecer as consultas bilaterais e expandir a cooperação e a coordenação em todas as áreas de interesse de ambos os lados.

O ministro das Relações Exteriores iraniano também destacou, em conexão com os acontecimentos internacionais, o crescente impulso em direção ao unilateralismo radical, que, ignorando os direitos e interesses dos países do sul, busca enfraquecer as normas e instituições jurídicas internacionais e multilaterais.

A assinatura de uma série de acordos entre Caracas e Teerã é vista como uma nova etapa de desenvolvimento entre os dois países, afirma um analista venezuelano. 

Nesse contexto, ele enfatizou a importância de uma cooperação mais estreita e de uma maior troca de ideias entre os países em desenvolvimento para enfrentar os desafios decorrentes desse unilateralismo. 

Por sua vez, o chanceler venezuelano destacou a importância estratégica das relações bilaterais entre Caracas e Teerã e afirmou que o governo venezuelano está determinado e totalmente interessado em expandir os laços com o Irã em todas as áreas. 

Além disso, o chanceler venezuelano, referindo-se às sanções ilegais e desumanas impostas pelos Estados Unidos aos países em desenvolvimento, ressaltou a necessidade de uma cooperação mais séria entre os países, tanto bilateral quanto multilateralmente, para enfrentar medidas coercitivas unilaterais e neutralizar seus efeitos negativos. 

Durante a reunião, ambos os lados também trocaram opiniões sobre os acontecimentos na região da Ásia Ocidental e, referindo-se à continuação dos crimes do regime israelense contra os palestinos e às agressões militares do regime contra países vizinhos, enfatizaram a importância da comunidade internacional enfrentar os planos de limpeza étnica e aniquilação da Palestina.