Daniel Noboa corta luz e internet para silenciar protestos no Equador, denuncia confederação
A violência também está cada vez mais preocupante no país sul-americano. Vídeo
247 - A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) acusou o governo do presidente Daniel Noboa de fazer, propositalmente, corte de eletricidade, sinal de telefone e internet em áreas onde se concentram mobilizações conhecidas como mobilizações como Paro Nacional, contra a crise econômica no país.
A organização acusou o Estado de aplicar um “apagão informativo” como parte da repressão contra os povos mobilizados, após o assassinato, neste domingo (28), do líder indígena Efraín Fuerez. O relato saiu no AlmaPlus.
Na região de El Cajas, a Conaie denunciou que as autoridades desligaram a iluminação pública, bloquearam o acesso às redes sociais e interromperam as comunicações para impedir a divulgação de denúncias sobre a violência estatal.
“No setor de El Cajas, forte repressão contra os povos mobilizados. O Estado apaga as luzes, bloqueia as redes sociais e corta o sinal telefônico para silenciar as denúncias”, afirmou a organização em suas redes sociais.
Protestos e violência
Os protestos começaram após decreto presidencial que eliminou o subsídio ao diesel. Por consequência, aumentou o preço do combustível de US$ 1,80 para US$ 2,80 por galão. A Conaie exige a revogação imediata da medida e a libertação de todos os manifestantes detidos.
Enquanto aumentam os protestos no Equador, o país vive com a violência cada vez mais preocupante. Neste fim de semana, o vereador de Durán, Hugo Obando, foi assassinado em um ataque armado, junto com seu segurança, em um caso de execução.
O crime ocorreu menos de uma semana após o assassinato do diretor financeiro da Prefeitura de Durán, Javier Bolaños.
A cidade tem índices alarmantes de homicídios: 145,98 por 100 mil habitantes em 2024 e 103,31 apenas no primeiro semestre de 2025, segundo dados do Observatório Equatoriano de Crime Organizado (OECO).