Chanceler da Venezuela afirma que tem apoio total da Rússia contra bloqueio dos Estados Unidos
Ministro Iván Gil relata diálogo com Sergey Lavrov e denuncia ações de Washington no Caribe
247 - A chancelaria da Venezuela afirmou contar com apoio integral da Rússia diante do bloqueio e das ações de pressão promovidas pelos Estados Unidos, em meio a um cenário de tensões no Caribe e de denúncias levadas a fóruns internacionais.
O posicionamento foi divulgado pelo ministro das Relações Exteriores venezuelano, Iván Gil, após uma conversa telefônica com o chanceler russo, Sergey Lavrov, na qual os dois países abordaram a cooperação bilateral e a conjuntura regional, informa o canal Hispan TV.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, Iván Gil afirmou que Moscou garantiu respaldo político e diplomático à Venezuela. “O Ministro das Relações Exteriores da Rússia declarou que a Rússia fornecerá total cooperação e apoio à Venezuela contra o bloqueio, expressando total apoio às ações empreendidas no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, declarou o chanceler venezuelano.
Segundo Gil, o diálogo com Lavrov incluiu uma análise detalhada das ações dos Estados Unidos na região. O ministro relatou ter tratado dos “ataques contra embarcações, execuções extrajudiciais e atos de pirataria realizados pelo governo dos Estados Unidos”, além de ressaltar que o chefe da diplomacia russa “expressou firmemente a solidariedade da Rússia com o povo da Venezuela”.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também se pronunciou sobre a conversa telefônica, declarando que “reafirmou seu amplo apoio e solidariedade à liderança e ao povo venezuelano no contexto atual”. Sobre a situação no Caribe, Moscou alertou que as ações crescentes de Washington “têm consequências de longo alcance para a região e representam uma ameaça à navegação internacional”.
A posição russa já havia sido manifestada dias antes em Nova York. Durante uma reunião de alto nível da Assembleia Geral da ONU, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzia, acusou os Estados Unidos de adotarem “abordagens neocoloniais” contra a Venezuela, apontando uma intensificação das medidas de pressão contra o país sul-americano.



