Às vésperas das eleições municipais, governo venezuelano denuncia “planos fracassados” da direita

247 - Antes das eleições municipais de 27 de julho, o governo venezuelano alertou repetidamente sobre ações que visam impedir o desenvolvimento normal do processo democrático. As ameaças não vêm apenas de dentro; redes criminosas, mercenários estrangeiros e figuras locais da extrema direita estão orquestrando uma guerra híbrida arquitetada por Washington e replicada por agentes na região, de acordo com relatórios oficiais.

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, relatou prisões recentes, incluindo de paramilitares (de Trinidad e Colômbia), bem como de gangues criminosas locais. Isso, disse Cabello, confirmou a existência de um plano desestabilizador .

Em um dos casos mais recentes, quatro membros da gangue "Los Chevrolets" foram capturados planejando atacar locais de votação no estado de Aragua. Anteriormente, 38 mercenários — 17 estrangeiros e 21 venezuelanos — foram presos  por envolvimento em um plano para sabotar as eleições legislativas e regionais de 25 de maio.

A rede também incluía militantes dos partidos de oposição Primero Justicia e Voluntad Popular, além de mercenários contratados por empresas privadas ligadas a Erik Prince , fundador da Blackwater.

A inteligência venezuelana sustenta que essas ações fazem parte de uma estratégia orquestrada pelo Comando Sul dos EUA , com o apoio de figuras como María Corina Machado e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe . O objetivo seria gerar caos simultâneo em diversas frentes, desde ataques urbanos a campanhas de desinformação, para justificar a intervenção estrangeira e ignorar os resultados do processo eleitoral.

Enquanto isso, setores radicais da oposição continuam a apelar à intervenção dos Estados Unidos na Venezuela, seja por meio de uma invasão militar ou de novas sanções contra o país . Essas medidas, promovidas pelo Departamento do Tesouro dos EUA, são atualmente defendidas por figuras como Marco Rubio, com o objetivo de minar a estabilidade do bolívar, bloquear acordos comerciais e aprofundar a crise para fins políticos.

A figura de María Corina Machado tem sido fundamental nessa cruzada. No entanto, o partido governista acredita que Machado abandonou o caminho democrático ao recorrer à interferência estrangeira. Ela é até acusada de "oferecer o país a potências estrangeiras" em troca de apoio político e financeiro. Enquanto isso, seu discurso público alimenta expectativas insurrecionais sem apresentar um plano político viável.

Apesar dessas tentativas, o presidente Nicolás Maduro reafirmou que o país realizará eleições com soberania e em paz . Agências de segurança frustraram dezenas de tentativas de sabotagem, demonstrando sua capacidade de resposta a uma oposição que, sem base popular ou proposta política, aposta novamente no conflito.

A estabilidade política , considerada pelo partido no poder como condição essencial para o avanço da recuperação nacional e a garantia dos direitos sociais, é considerada um alicerce fundamental para o seu desenvolvimento. Portanto, a realização pacífica das eleições de 27 de julho será uma conquista significativa diante das inúmeras tentativas de desestabilização externa e interna promovidas pela direita antipolítica do país.