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Agronegócio pressiona Lula após Trump ameaçar sobretaxar exportações brasileiras

Setor cobra reação do governo e critica foco na COP30 em meio a riscos de barreiras comerciais nos EUA

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agronegócio (Foto: Joédson Alves/ABr | Jorge Adorno/Reuters)
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247 - As recentes ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump de sobretaxar produtos brasileiros voltaram a acender um alerta entre parlamentares ligados ao agronegócio. A possível imposição de tarifas sobre exportações do Brasil gerou críticas à postura do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo o setor, estaria priorizando temas ambientais em detrimento de medidas para proteger o comércio exterior.

A principal cobrança, de acordo com a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles,  vem de deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que pressionam Lula e a Casa Civil de Rui Costa a se posicionarem publicamente em defesa do agronegócio diante do risco de restrições comerciais por parte dos Estados Unidos. 

Nos bastidores, a insatisfação é crescente, com lideranças do setor apontando que o governo tem dado mais atenção à realização da COP30, conferência do clima da ONU que ocorrerá em Belém (PA) em novembro, do que às ameaças protecionistas de Trump.

Para os parlamentares do agro, o momento deveria ser utilizado para fortalecer a presença do Brasil no mercado internacional, especialmente no setor de proteínas animais, um dos carros-chefes das exportações brasileiras. O deputado Danilo Forte (União-CE) criticou a falta de políticas públicas voltadas para ampliar a competitividade do setor.

"Há uma inércia do governo em avançar com a abertura de novos mercados e políticas públicas para o nosso comércio exterior. Temos que trazer essa pauta para o Congresso, como fizemos com a reforma tributária. Com o agronegócio, somos uma opção para o mundo diante dessas mudanças", afirmou Forte, conforme a reportagem.

Já o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), alertou para a possibilidade de o protecionismo americano atingir diretamente o agronegócio brasileiro. Segundo ele, o histórico de Trump indica que as tarifas, inicialmente voltadas ao aço, podem se estender a outros setores.

"Causa receio. É natural. É um movimento que o presidente americano tem feito em todas as negociações. Tem muita bravata também, movimentos feitos para chamar [os demais países] para a mesa de negociação, como nos casos do México, Panamá e Canadá. O Partido Republicano é mais protecionista", disse Lupion em uma entrevista ao Metrópoles.

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