247 – Um novo estudo clínico mostrou que a versão em comprimido do Wegovy, medicamento contra obesidade desenvolvido pela Novo Nordisk, pode levar a uma perda média de 16,6% do peso corporal em adultos com sobrepeso ou obesidade. A informação foi publicada pelo Notícia Brasil, citando os resultados divulgados nesta semana.
De acordo com a pesquisa, o tratamento com a formulação oral de semaglutida — o princípio ativo do Wegovy — apresentou eficácia próxima à da versão injetável, já aprovada em diversos países e largamente utilizada. Os participantes que tomaram o comprimido diariamente obtiveram uma redução significativa do peso em comparação com o grupo placebo, reforçando o potencial da nova alternativa terapêutica.
<h2>Uma nova fase no combate à obesidade</h2>
A obesidade é considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e a chegada de tratamentos eficazes em diferentes formatos amplia as possibilidades de adesão. Especialistas avaliam que a versão em comprimido pode atrair pacientes que têm resistência ou dificuldades com a aplicação subcutânea.
O estudo também destacou benefícios adicionais do medicamento oral, como melhor controle dos níveis de glicose no sangue, o que abre espaço para o uso em pacientes com pré-diabetes ou diabetes tipo 2. Segundo os pesquisadores, a perda de peso consistente observada confirma o impacto do Wegovy como uma das terapias mais eficazes disponíveis atualmente.
<h2>Mercado em expansão e desafios</h2>
Com a alta demanda global por tratamentos contra obesidade, o lançamento da versão oral do Wegovy deve aumentar ainda mais o alcance do medicamento. A Novo Nordisk já lidera o setor com o Ozempic e o Wegovy injetável, e aposta na conveniência do comprimido para ampliar a base de usuários.
Por outro lado, médicos alertam para a necessidade de acompanhamento clínico rigoroso. O uso da semaglutida pode causar efeitos colaterais, como náuseas e desconforto gastrointestinal, especialmente no início do tratamento. Ainda assim, os benefícios superam os riscos na maioria dos casos, segundo a avaliação preliminar do estudo.
<h2>Perspectivas para o futuro</h2>
A expectativa é que a versão oral do Wegovy seja submetida às agências regulatórias ainda neste ano. Caso aprovada, poderá representar um marco no tratamento da obesidade, oferecendo uma alternativa mais prática e acessível para milhões de pessoas.
Especialistas afirmam que a combinação entre medicamentos inovadores, mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico será essencial para enfrentar a epidemia de obesidade. O novo comprimido pode, portanto, consolidar uma revolução no cuidado com a saúde metabólica.

Redação Brasil 247

Combinação de imagens mostra Zepbound e Wegovy


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Wegovy em comprimido mostra perda média de 16,6% do peso em novo estudo

LONDRES (Reuters) - Uma nova classe de medicamentos para perda de peso desenvolvida por Novo Nordisk e Eli Lilly "abre a possibilidade de acabar com a pandemia de obesidade" juntamente com outras intervenções, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana.
Mas a agência global de saúde afirmou que teme que, a menos que os sistemas de saúde se preparem adequadamente, os medicamentos possam distorcer a resposta à crise global da obesidade, correndo o risco de deixar as pessoas para trás e ofuscar outras medidas para melhorar a saúde.
Os novos medicamentos "têm o potencial de serem transformadores", de acordo com o cientista-chefe da OMS, Jeremy Farrar, a diretora de nutrição, Francesco Branca, e a assessora sênior de Farrar, Francesca Celleti, em um artigo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA). O artigo é o comentário mais claro que a agência já fez sobre o potencial dos novos medicamentos, conhecidos como agonistas do receptor GLP-1.
Mas "a medicação isolada não será suficiente para lidar com a crise da obesidade", acrescentaram, pedindo que a inovação leve médicos, governos, a indústria farmacêutica e o público a considerar a condição como uma doença crônica que precisa de mais estudos sobre a melhor forma de prevení-la e tratá-la.
Mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo são obesas, e houve 5 milhões de mortes relacionadas à obesidade em 2019, segundo a OMS. A condição está se tornando mais comum em quase todo o mundo.
O artigo aceita que, embora haja boas evidências da eficácia das políticas voltadas para dietas saudáveis e atividade física regular, "é hora de reconhecer que...(elas) até agora não conseguiram tratar a obesidade".
Combiná-los com os novos medicamentos poderia mudar isso, diz o artigo, mas os autores também levantaram preocupações sobre como os tratamentos - conhecidos pelos nomes comerciais Wegovy e Mounjaro ou Zepbound - estão sendo implementados.
Por exemplo, eles disseram que os modelos que intervêm somente quando as pessoas têm obesidade grave ou outras condições relacionadas devem ser substituídos por modelos que vejam a obesidade como uma doença crônica que exige uma resposta social, de saúde pública e clínica.
Eles também disseram que os medicamentos precisam estar disponíveis de forma mais equitativa, barata e em maior escala para responder à crise da obesidade nos países de baixa renda, bem como entre os mais ricos do mundo.
A agência está elaborando diretrizes sobre como usar os medicamentos em adultos, inclusive em países de baixa e média renda, que devem ser publicadas em julho de 2025.

Camila França

Saúde

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