247 – A China deu início nesta semana a um novo programa de vistos destinado a atrair jovens profissionais estrangeiros da área de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). A iniciativa, conhecida como visto K, foi detalhada em reportagem da Reuters e é vista como parte da estratégia de Pequim para reforçar sua posição na disputa geopolítica com Washington, em um momento em que os Estados Unidos — sob a presidência de Donald Trump — endurecem as regras para a concessão do tradicional visto H-1B.
Segundo a agência, o grande atrativo do visto K é a dispensa de uma oferta prévia de emprego para ingresso no país, residência e atuação profissional. Para especialistas, a medida pode tornar a China um destino mais viável para jovens talentos globais, especialmente após a decisão da Casa Branca de impor uma taxa anual de US$ 100 mil para empresas que queiram contratar estrangeiros via H-1B — um aumento considerado proibitivo por imigrantes e companhias de tecnologia.
<h2>O simbolismo da disputa</h2>
“O simbolismo é poderoso: enquanto os EUA erguem barreiras, a China as está derrubando”, afirmou o advogado de imigração Matt Mauntel-Medici, radicado em Iowa, em entrevista à Reuters. Para ele, a abertura chinesa contrasta diretamente com o novo endurecimento norte-americano.
Michael Feller, estrategista-chefe da consultoria Geopolitical Strategy, foi ainda mais direto: “Os EUA definitivamente atiraram no próprio pé com os H-1Bs, e o momento é perfeito para o visto K da China”.
<h2>Atração para talentos indianos</h2>
A mudança já chama atenção de jovens profissionais da Índia, país que respondeu por 71% dos beneficiários do H-1B no ano passado. “É uma alternativa atraente para profissionais indianos de STEM que buscam opções de visto mais flexíveis e simplificadas”, disse Bikash Kali Das, estudante indiano na Universidade de Sichuan.
Apesar disso, especialistas alertam que a efetividade do programa dependerá de como Pequim ajustará os critérios de elegibilidade, ainda vagos, e da forma como lidará com barreiras práticas, como o idioma.
<h2>Limitações e obstáculos</h2>
Entre as principais dúvidas estão a ausência de informações sobre incentivos financeiros, facilitação de empregos, residência permanente ou possibilidade de reunificação familiar. Além disso, a China não oferece cidadania a estrangeiros, salvo em raríssimos casos.
Outro desafio é a barreira linguística, já que a maioria das empresas de tecnologia no país opera em mandarim. “A China precisará garantir que cidadãos indianos se sintam bem-vindos e possam realizar trabalhos significativos sem o mandarim”, ressaltou Feller.
<h2>Contexto e alcance da iniciativa</h2>
Tradicionalmente, os esforços de recrutamento de Pequim têm se concentrado em cientistas de origem chinesa que atuam no exterior. Programas incluem bônus de assinatura de até 5 milhões de yuans (cerca de US$ 702 mil) e subsídios habitacionais. Essas medidas têm atraído talentos de STEM radicados nos Estados Unidos, sobretudo após o aumento da vigilância de Washington sobre laços acadêmicos e tecnológicos com a China.
Para analistas, o visto K dificilmente resultará em uma mudança radical na política migratória chinesa, já que o país abriga atualmente apenas 1 milhão de estrangeiros — menos de 1% da população — contra mais de 51 milhões nos Estados Unidos, o equivalente a 15% dos habitantes.
Ainda assim, mesmo uma pequena fatia de talentos internacionais poderia reforçar a competitividade da China em tecnologias de ponta. “Se a China conseguir atrair mesmo uma parcela do talento global em tecnologia, será mais competitiva em áreas de vanguarda”, avaliou Feller.

Redação Brasil 247

Guerra comercial entre China e Estados Unidos

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Sul Global

China lança visto K para atrair jovens talentos da tecnologia enquanto EUA elevam custo do H-1B

247 - O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta segunda-feira (15) que parte da delegação brasileira destinada à Assembleia Geral da ONU ainda não recebeu vistos dos Estados Unidos. &nbsp;“A indicação do governo dos Estados Unidos é de que os (vistos) que ainda não foram concedidos estão em vias de processamento. Não tenho como especular sobre qual vai ser o resultado desse processamento, inclusive é uma prerrogativa soberana dos Estados Unidos a concessão de vistos ou não, ainda que a concessão de vistos para ir à ONU existe uma obrigação claramente estabelecida no acordo de sede que obriga os EUA a conceder esses vistos”, disse &nbsp;diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, Marcelo Viegas, de acordo com o <a href="https://www.estadaoconteudo.com.br/home.htm?rf">Estadão Conteúdo</a>.&nbsp;
<h3>EUA mantêm vistos em processamento</h3>
O diretor do Itamaraty afirmou que o Brasil não tem motivos para acreditar que os Estados Unidos descumprirão seus compromissos. “Qualquer medida que não se conforme com o estabelecido no acordo é uma violação legal. Não temos porque achar que os Estados Unidos não seguirão suas obrigações legais com relação à concessão de vistos”, destacou.Questionado sobre o tamanho da comitiva, Viegas afirmou não dispor de informações sobre eventual redução neste ano.
<h3>Caso da Palestina amplia debate diplomático</h3>
Na última sexta-feira (12), o comitê da ONU responsável pelas relações com o Estado sede discutiu o tema após os EUA revogarem vistos de membros da Autoridade Palestina, sob a alegação de apoio ao Hamas.
“O Brasil não é membro do comitê, mas participou dessa sessão, e levantou preocupações quanto ao não cumprimento das obrigações do Estado sede com relação à concessão de vistos”, relatou Viegas. Segundo ele, a reunião demonstrou rejeição de diversos países a qualquer medida em desacordo com o tratado internacional.

Paulo Emilio

Brasil

Vistos de comitiva brasileira que irá à ONU ainda estão 'em processamento', diz Itamaraty

Por Bianca Penteado, de Pequim – O representante especial da China para assuntos da América Latina e Caribe, embaixador Qiu Xiaoqi, afirmou nesta terça-feira (9) que os Estados Unidos tratam Pequim sem o devido respeito e utilizam a questão dos vistos de forma política.
Segundo o diplomata, Washington adota práticas que remontam a disputas ideológicas do passado. “Nas relações entre a China e os Estados Unidos falta respeito pela China”, declarou em coletiva de imprensa. “[Os Estados Unidos] estão agindo com forte viés ideológico e mantendo ainda uma mentalidade de Guerra Fria.”
Ele acrescentou que as ações norte-americanas visam interferir em outros países. “Nós nos opomos firmemente a isso. Os Estados Unidos estão usando o visto como uma faca”, afirmou.
As críticas do embaixador surgem em meio à decisão do Departamento de Estado norte-americano de revisar as informações de mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo que possuem vistos em vigor. De acordo com Washington, se forem identificadas “violações das regras de imigração”, o visto poderá ser revogado imediatamente, e o portador estará sujeito à deportação caso esteja em território norte-americano.
Entre os “indicadores de inelegibilidade” mencionados pelo departamento estão a permanência além do prazo estabelecido pelo documento, o envolvimento em atividades criminosas e as ameaças à segurança pública. A Casa Branca acrescentou ainda que manifestações de “antiamericanismo” também serão levadas em conta na análise de solicitações de visto.

Bianca Penteado

As bandeiras dos EUA e da China são vistas nesta ilustração 

Mundo

China acusa EUA de usar vistos como arma política

247 – A Rússia está em tratativas com diversas nações latino-americanas para estabelecer novos acordos de isenção de vistos a turistas, medida que tem como objetivo estimular o turismo e reforçar as relações bilaterais. A informação foi divulgada pela Sputnik Brasil, que destaca o interesse do governo russo em ampliar sua presença e influência na região, ao mesmo tempo em que oferece vantagens concretas para cidadãos dos países envolvidos.
No caso do Brasil, o acordo de isenção de vistos entre os dois países completará 20 anos em 2025. Firmado em 2005, ele permite que brasileiros e russos circulem por até 90 dias sem a necessidade de visto, um marco que serviu de base para que Moscou buscasse acordos semelhantes com outros parceiros latino-americanos. Esse histórico de cooperação reforça a disposição russa em expandir sua política de aproximação com a região.
<h2>Contexto histórico e geopolítico</h2>
O anúncio acontece em meio a um cenário de crescente busca por diversificação de alianças diplomáticas na América Latina. A região tem se consolidado como espaço estratégico para potências globais que procuram contrabalançar a predominância dos Estados Unidos. A Rússia, por sua vez, vê na ampliação de acordos de isenção de vistos uma forma de consolidar sua política externa e reduzir barreiras à circulação de pessoas.
Segundo a Sputnik Brasil, a iniciativa também se insere em um contexto no qual Moscou busca alternativas às sanções impostas por países ocidentais. Ao estreitar laços com a América Latina, a Rússia fortalece parcerias comerciais e institucionais com uma região que compartilha interesses comuns de soberania e multipolaridade no cenário internacional.
<h2>Benefícios esperados e possíveis impactos</h2>
Especialistas apontam que a facilitação de viagens pode trazer impactos diretos no setor de turismo, criando novas oportunidades para companhias aéreas, redes hoteleiras, agências de viagem e operadores de turismo local. Além disso, o fluxo maior de visitantes tende a gerar efeitos positivos no comércio, na gastronomia e na cultura.
Outro ponto relevante é o fortalecimento da diplomacia. A medida, além de estimular o turismo, reforça a imagem da Rússia como um parceiro disposto a construir relações de longo prazo. Para os países latino-americanos, trata-se de uma oportunidade de diversificação de relações internacionais e de acesso a novos mercados de visitantes, o que inclui também potenciais investimentos.
<h2>Diplomacia em movimento</h2>
A iniciativa russa de buscar acordos de isenção de vistos reflete um movimento global de reconfiguração das alianças políticas e econômicas. Ao se aproximar da América Latina, Moscou envia um recado direto ao Ocidente: sua política externa não se limita às fronteiras da Eurásia e busca, cada vez mais, consolidar presença em regiões estratégicas para a ordem multipolar em construção.
O marco dos 20 anos do acordo Brasil–Rússia simboliza o êxito dessa estratégia. Desde 2005, milhares de turistas dos dois países se beneficiaram da isenção de vistos, facilitando o intercâmbio cultural e fortalecendo as relações diplomáticas. Agora, a expectativa é que outras nações latino-americanas sigam o mesmo caminho, consolidando uma rede mais ampla de integração com Moscou.

Pessoas atravessam a Praça Vermelha perto da Catedral de São Basílio e da Torre Spasskaya do Kremlin, no centro de Moscou, Rússia

Rússia negocia com países latino-americanos isenção de vistos para turistas

247 – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), classificou, nesta sexta-feira (15), como “ato covarde” a decisão do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de cancelar os vistos de sua esposa e de sua filha. A medida ocorreu dias após o Departamento de Estado norte-americano anunciar sanções contra outros brasileiros vinculados ao programa Mais Médicos.
Em entrevista à GloboNews, Padilha afirmou que a sanção “tem a ver com tentativa de intimidar quem não baixa a cabeça para Trump, quem não bate continência para a bandeira dos Estados Unidos”.&nbsp;
O ministro ainda questionou a motivação do ato, afirmando que a família Bolsonaro mantém, nos EUA, um “escritório do lobby da traição” e articula retaliações contra autoridades brasileiras. “O clã Bolsonaro, que orquestra isso, tem de explicar qual risco uma criança de 10 anos pode ter ao governo americano”, disse o ministro.
Segundo os comunicados encaminhados pelo Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo, a revogação foi motivada pelo surgimento de “informações indicando” que tanto a filha quanto a esposa de Padilha “não eram mais elegíveis” para o visto. No caso do ministro, a medida não se aplicou, já que o documento dele está expirado desde 2024.
“Estou absolutamente indignado com essa atitude covarde. Fiquei sabendo por mensagem de minha esposa”, disse o chefe da pasta da Saúde.

Padilha diz que cancelamento de visto de familiares é “ato covarde” para intimidar

247 - O governo dos Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, determinou nesta terça-feira (27), a suspensão imediata de novas entrevistas para concessão de vistos estudantis (categorias F, M e J) em todas as embaixadas e consulados do país.&nbsp;
A decisão, comunicada por meio de um memorando assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio, foi divulgada pelo site Politico. A medida antecede a implementação de um novo protocolo de triagem que incluirá a análise obrigatória das redes sociais dos candidatos.&nbsp;
Segundo o documento, os postos consulares devem “interromper imediatamente a adição de novas vagas para entrevistas de vistos estudantis e de intercâmbio até que novas orientações sejam emitidas”. Entrevistas já agendadas poderão ocorrer normalmente. A expectativa é que as novas diretrizes sejam divulgadas nos próximos dias.
Essa iniciativa faz parte de uma série de ações do governo Trump para restringir a entrada de estudantes estrangeiros, especialmente aqueles que manifestam apoio a causas palestinas ou críticas a Israel. Em março, Rubio já havia sinalizado a intensificação dessas medidas após a prisão de Rümeysa Öztürk, doutoranda da Universidade Tufts, detida por agentes federais após coautorar um artigo opinativo em apoio aos palestinos. Rubio afirmou na ocasião: “Se você solicita um visto para estudar nos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Estados+Unidos">Estados Unidos</a> e nos informa que pretende participar de movimentos que envolvem vandalismo em universidades, assédio a estudantes, ocupação de prédios, tumultos — não concederemos o visto”.
Além da suspensão das entrevistas, o <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Departamento+de+Estado">Departamento de Estado</a> está exigindo que diplomatas examinem as redes sociais de solicitantes de vistos estudantis e de intercâmbio, com o objetivo de identificar postagens consideradas críticas aos Estados Unidos ou a Israel. Rubio declarou que mais de 300 vistos já foram revogados com base nessas análises. &nbsp;
Paralelamente, a Universidade <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Harvard+">Harvard </a>enfrenta uma série de sanções por parte do governo federal. Na semana passada, o Departamento de Segurança Interna (DHS) revogou a certificação da instituição para matricular estudantes internacionais, afetando cerca de 6.800 alunos estrangeiros. A medida foi temporariamente suspensa por uma ordem judicial, mas o DHS estipulou que os estudantes devem se transferir para outras instituições antes do ano letivo de 2025-2026 ou perderão seu status legal.&nbsp;
O governo <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Trump+">Trump </a>também ordenou o cancelamento de contratos federais com Harvard, totalizando aproximadamente US$ 100 milhões, e ameaçou redirecionar até US$ 3 bilhões em fundos para escolas técnicas. As ações são justificadas por acusações de que a universidade abriga atividades antissemitas e mantém vínculos com o Partido Comunista Chinês, alegações que Harvard nega veementemente.&nbsp;

Luis Mauro Filho

Estudantes caminham pelo campus da American University em Washington, DC, EUA, em 20 de março de 2025

Governo Trump suspende vistos estudantis e impõe vigilância ideológica sobre redes sociais de aplicantes

Por Chen Ziqi, jornalista da CGTN - A partir de 1º de junho de 2025, a China implementará uma política de isenção de vistos para cidadãos de cinco países latino-americanos — Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai — em caráter experimental por um ano. Cidadãos com passaportes comuns poderão visitar, fazer negócios ou transitar pelo país sem necessidade de visto, por um período máximo de 30 dias. Isso torna as viagens espontâneas e os intercâmbios culturais mais fáceis do que nunca.
Essa política, vigente até 31 de maio de 2026, representa um passo concreto na direção da maior abertura da China ao mundo, cria mais oportunidades para intercâmbios entre os povos e aprofunda os laços da China com a América Latina e o Caribe (ALC).
<h3>O Crescente atrativo da China para viajantes da ALC — do Cinema aos destinos turísticos</h3>
Segundo a Academia de Turismo da China, a América Latina e o Caribe estão emergindo como uma fonte significativa de turismo receptivo para o país. Cada vez mais, os visitantes da região se sentem atraídos pelos renomados destinos turísticos da China, especialmente aqueles que oferecem paisagens naturais extraordinárias e profundos elementos culturais e históricos.
Zhangjiajie, localizada na província de Hunan, no centro da China, é conhecida por suas paisagens surreais, que inspiraram as montanhas flutuantes do filme de sucesso Avatar. Zhang Chong, diretor da Área Cênica e Histórica de Zhangjiajie, observa que os turistas da ALC que visitam o local têm se organizado em grupos, refletindo o crescimento do número de visitantes da região.O Vale de Jiuzhaigou, um Patrimônio Mundial da UNESCO na província de Sichuan, viu um aumento no interesse internacional após suas paisagens de conto de fadas aparecerem em filmes chineses de fantasia, como A Pele Pintada: A Ressurreição. Seus lagos azul-turquesa, cachoeiras em cascata e picos cobertos de neve oferecem uma fuga surreal que parece saída de um cenário cinematográfico.Outro destino em ascensão é o Hengdian World Studios, na província de Zhejiang — a resposta chinesa a Hollywood. Conhecido como o maior complexo de produção de filmes e TV do mundo, serviu de cenário para inúmeros dramas históricos e sucessos de bilheteria, como Herói e A Imperatriz da China. Agora, atrai cinéfilos e turistas curiosos que desejam mergulhar no universo de imperadores, guerreiros e intrigas palacianas.
<h3>Atualizações na política de vistos para melhorar a experiência dos visitantes</h3>
Essa nova medida de isenção de vistos segue uma tendência. Nos últimos anos, a China tem ampliado constantemente sua lista de países com isenção de vistos, a fim de melhor acomodar o crescente número de visitantes internacionais, oferecendo estadias mais longas, mais portos de entrada e regiões designadas para exploração no país. Atualmente, a China concede entrada unilateral sem visto a cidadãos de 38 países, por até 30 dias. Além disso, estendeu o período de trânsito sem visto para 240 horas (10 dias), para viajantes de 54 países. Durante esses 10 dias, os visitantes podem explorar 24 cidades dentro das áreas designadas, e não apenas a cidade de entrada.
Tudo isso faz parte do esforço da China para tornar a visita ao país mais acessível e agradável — especialmente para os viajantes de primeira viagem.
<h3>Mais conforto com melhorias em infraestrutura e serviços</h3>
De acordo com o Ministro da Cultura e Turismo, a China está otimizando todos os aspectos do processo de turismo receptivo, desde os voos e o check-in em hotéis até os pagamentos e passeios. O objetivo é garantir que os turistas estrangeiros desfrutem do mesmo nível de conveniência que os viajantes locais em termos de acomodação, transporte e compras.
Até o final de 2024:
<ul>
 <li>42 aeroportos, 41 companhias aéreas e 12 plataformas de bilhetes na China modernizaram seus serviços, incluindo suporte multilíngue e serviços de câmbio mais rápidos; 
 
</li>
 <li>Xangai instalou mais de 96.000 terminais de pagamento (POS) em locais comerciais, culturais e turísticos, aeroportos e estações ferroviárias; 
 
</li>
 <li>Pequim tornou-se a primeira cidade da China continental a permitir o pagamento de tarifas do metrô com cartões Mastercard e Visa; 
 
</li>
 <li>Alipay e WeChat Pay agora permitem o uso de cartões de crédito estrangeiros (Visa, Mastercard e American Express) em suas carteiras digitais, possibilitando pagamentos que vão desde produtos locais até aluguel de bicicletas. 
 
</li>
</ul>
<h3>Terras distintas, laços compartilhados</h3>
O Porto de Guangzhou, no sul da China, lançou sua primeira rota direta de navegação para a costa oeste da América do Sul, conectando-se a portos estratégicos no Peru, México e Chile em 29 de abril de 2025. A nova rota impulsiona a logística entre a Grande Área da Baía e a América Latina. [Foto: VCG]
O presidente chinês Xi Jinping fez o discurso principal na cerimônia de abertura da quarta reunião ministerial do Fórum China-CELAC neste ano. Xi destacou que China e os países da ALC estão avançando lado a lado como uma comunidade de futuro compartilhado — uma comunidade baseada na igualdade, movida pelo benefício mútuo e ganhos compartilhados, animada pela abertura e inclusão, e dedicada ao bem-estar dos povos. Essa comunidade demonstra vitalidade duradoura e um imenso potencial.
A China tornou-se o segundo maior parceiro comercial da América Latina. No ano passado, o comércio entre China e países da ALC ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 500 bilhões de dólares — um aumento de mais de 40 vezes em relação ao início do século. Até agora, mais de 20 países da região aderiram à Iniciativa do Cinturão e Rota, com mais de 200 projetos de infraestrutura realizados em parceria com a China, fortalecendo a cooperação em áreas como infraestrutura, logística e energia.
Até o final de 2024, a China havia estabelecido aproximadamente 180 parcerias de cidades-irmãs com 17 países da região, promovendo intercâmbios culturais, educacionais, empresariais e técnicos.
Esses laços cada vez mais profundos sublinham um compromisso mútuo com o progresso e um futuro compartilhado baseado na cooperação, no entendimento recíproco e na amizade duradoura. No caso da nova política de isenção de vistos, trata-se de um pequeno carimbo com um grande significado — um novo capítulo em uma parceria que está apenas começando.

Geral

Nova política de isenção de vistos marca novo capítulo nas relações China-América Latina

247 - A partir de 1º de junho de 2025, cidadãos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai poderão entrar na China sem a necessidade de visto. A medida, em caráter experimental, terá validade até 31 de maio de 2026 e visa facilitar os intercâmbios entre o gigante asiático e os países sul-americanos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (15) pela agência noticiosa &nbsp;Xinhua, com base em anúncio de um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Segundo o comunicado oficial, a política de isenção de visto permitirá que cidadãos dos cinco países entrem na China para fins de turismo, negócios ou trânsito sem a necessidade de visto, desde que não exerçam atividades remuneradas ou de longa permanência. A medida reflete o esforço chinês de estreitar os laços com a América do Sul e fortalecer a cooperação nas áreas de economia, cultura e mobilidade internacional.
Embora o comunicado do governo chinês não tenha detalhado os critérios para avaliação da medida após o período experimental, a expectativa é de que, se bem-sucedida, a política possa se tornar permanente e até mesmo ser expandida para outros países da região.

José Reinaldo

América Latina

China isenta brasileiros e outros cidadãos sul-americanos de visto para entrada no país

247 - A partir de 10 de abril, cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália voltarão a precisar de visto para entrar no Brasil. A decisão do governo segue o princípio da reciprocidade, uma vez que esses países mantêm a exigência de visto para brasileiros.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur, afirmou que, embora o ideal para o setor turístico fosse manter a isenção, a reintrodução do visto não deve afetar significativamente o fluxo de visitantes estrangeiros, desde que o processo seja simples e acessível.
“Particularmente, acho que se pudéssemos ter a isenção do visto seria bom porque, quanto menos dificuldade você criar para o turista, melhor. Mas eu respeito o princípio da reciprocidade”, declarou Freixo à <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/fernando-nakagawa/economia/macroeconomia/brasil-voltara-a-exigir-visto-dos-eua-freixo-diz-que-isencao-seria-bom/">CNN Brasil</a>.
O presidente da Embratur destacou que conversas estão sendo mantidas com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para garantir que o novo sistema de vistos não se torne um entrave burocrático. “Tenho conversado com o ministro para que esse visto não seja burocrático, não seja demorado e não seja caro. Se for assim, se não houver nenhuma dificuldade para o turista, não vejo problema de se retornar à reciprocidade”, afirmou.
O visto para turistas dos três países será eletrônico, dispensando a necessidade de comparecimento ao consulado, entrevistas ou envio do passaporte para a fixação do visto. Todo o processo será feito online e, caso aprovado, o documento será enviado por e-mail. A taxa para emissão será de US$ 80,90. Para os brasileiros que desejam visitar os EUA, no entanto, o custo do visto de turismo é mais que o dobro: US$ 185.
A isenção para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão havia sido adotada em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro. Nos dois primeiros anos da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, o Itamaraty manteve a política e negociou o tema com os quatro países. No entanto, apenas o Japão avançou nas tratativas, decidindo conceder isenção de visto para brasileiros.
“Não se cobrará visto do Japão porque avançamos na relação diplomática e os dois países não cobram mais o visto, o que permitiu aumentar muito o número de japoneses em turismo no Brasil”, explicou Freixo.
Já com Estados Unidos, Canadá e Austrália, as negociações não tiveram sucesso, o que levou o governo brasileiro a restabelecer a exigência do visto para esses turistas.

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