247 - O acordo comercial firmado no domingo (27) entre os Estados Unidos e a União Europeia provocou uma onda de críticas por parte de autoridades, partidos políticos e representantes da indústria em vários países do bloco. As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/07/28/acordo-com-trump-e-alvo-de-criticas-de-politicos-e-empresarios-europeus-submissao.ghtml">O Globo</a>.
Entre os principais opositores está o primeiro-ministro da França, François Bayrou, que usou as redes sociais para expressar seu descontentamento. “O acordo von der Leyen-Trump: é um dia sombrio quando uma aliança de povos livres, que se uniram para afirmar seus valores e defender seus interesses, se resigna à submissão”, escreveu no X (antigo Twitter).
O pacto, assinado entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações europeias — uma redução em relação aos 30% inicialmente ameaçados, mas ainda considerada prejudicial por parte do bloco. Em troca, a União Europeia se compromete a adquirir centenas de bilhões de dólares em produtos energéticos e armamentos dos EUA.
Líderes da extrema-direita também condenaram o acordo. Alice Weidel, co-líder do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, criticou duramente o resultado das negociações: “Não é um tratado, mas um tapa na cara dos consumidores e produtores europeus!”, escreveu.
Reação da indústria - A Federação das Indústrias Alemãs classificou o pacto como um “compromisso inadequado” e alertou que ele prejudicará o setor exportador do país. Por outro lado, a indústria automobilística viu com bons olhos a redução da tarifa sobre carros europeus exportados para os EUA — de 27,5% para 15%. A Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis (Acea) celebrou a medida, mas pediu mais clareza sobre os termos do acordo.
“Para o futuro, a UE e os EUA devem focar na redução dos obstáculos ao comércio automotivo transatlântico vital, abrindo caminho para laços econômicos mais fortes e prosperidade compartilhada”, afirmou Sigrid de Vries, diretora-geral da Acea.
Na mesma linha, a Câmara de Comércio Americana na União Europeia (AmChamEU) elogiou o avanço, mas apontou que a nova tarifa ainda “representa um aumento significativo no custo do comércio”. A entidade defendeu a ampliação da lista de produtos com isenção tarifária total.
Impacto ambiental - A reação negativa também veio de políticos ligados ao meio ambiente. Para o eurodeputado alemão Michael Bloss, do Partido Verde, o acordo representa um retrocesso nos compromissos climáticos europeus. “Estamos nos lançando deliberadamente em uma nova dependência fóssil — desta vez, não da Rússia, mas dos EUA”, criticou.
A presidente da Comissão do Mercado Interno no Parlamento Europeu, Anna Cavazzini, também dos Verdes, alertou para os riscos de contratos de longo prazo de importação de gás natural liquefeito (GNL), altamente poluente. “Isso comprometerá as metas climáticas europeias”, afirmou.

Otávio Rosso

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Mundo

Acordo entre EUA e UE é alvo de críticas de autoridades europeias: “submissão”

Reuters - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou neste domingo que a tarifa básica de 15% sobre produtos importados da União Europeia para os Estados Unidos deve ser aplicada a automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.
Ela também afirmou que uma tarifa zero por zero foi acordada para certos produtos estratégicos, incluindo aeronaves e peças de aeronaves, certos produtos químicos e certos medicamentos genéricos. Não foi tomada nenhuma decisão sobre a tarifa para vinhos e bebidas alcoólicas, acrescentou.
"O acordo de hoje cria certeza em tempos incertos, proporciona estabilidade e previsibilidade", disse von der Leyen a jornalistas antes de deixar a Escócia.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">Together, the EU and the US are a market of 800 million people. And nearly 44 percent of global GDP. It’s the biggest trade deal ever ↓ <a href="https://t.co/rG3cHebXEk">https://t.co/rG3cHebXEk</a>&mdash; Ursula von der Leyen (@vonderleyen) <a href="https://twitter.com/vonderleyen/status/1949540436659286179?ref_src=twsrc%5Etfw">July 27, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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Redação Brasil 247

Ursula von der Leyen em Bruxelas - 6/3/2025   

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Acordo comercial oferece segurança em tempos de incerteza, diz Von der Leyen, da UE

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (25) que estenderá até 9 de julho o prazo para impor tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia. A decisão foi tomada após uma conversa telefônica com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. As informações são do jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/05/25/trump-estende-prazo-para-tarifas-de-50percent-sobre-a-uniao-europeia-ate-9-de-julho.ghtml">O Globo</a>.
“Tivemos uma conversa muito agradável e concordei em adiar”, afirmou Trump a jornalistas durante seu retorno a Washington. A ameaça de novas tarifas havia sido feita na sexta-feira, quando o presidente norte-americano criticou o que classificou como “atraso nas negociações” e acusou a UE de adotar práticas desleais contra empresas americanas, por meio de ações judiciais e regulamentações.
Mais cedo, von der Leyen publicou na rede social X que "a Europa está pronta para avançar nas negociações de forma rápida e decisiva", mas ponderou que um acordo "exigirá tempo até 9 de julho". A data corresponde ao fim da pausa de 90 dias imposta por Trump sobre tarifas recíprocas anunciadas em abril, que inicialmente previam alíquotas de 20%.
Na tentativa de evitar a escalada da disputa, a União Europeia apresentou na semana passada uma proposta comercial revisada aos Estados Unidos. O chefe de comércio europeu, Maros Sefcovic, também conversou por telefone com o representante americano, Jamieson Greer, na última sexta-feira.
A nova ameaça tarifária feita por Trump teria impacto direto sobre aproximadamente US$ 321 bilhões em comércio de bens entre os EUA e a UE. Segundo estimativas da Bloomberg Economics, as tarifas poderiam reduzir o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos em 0,6% e elevar os preços ao consumidor em mais de 0,3%.

Trump adia tarifas de 50% contra a União Europeia após conversa com von der Leyen

247 – Ministros da União Europeia (UE) se reuniram nesta segunda-feira (7) e decidiram priorizar o diálogo com os Estados Unidos, em vez de adotar represálias imediatas às tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump.
Atualmente, o bloco europeu enfrenta tarifas de 25% sobre as exportações de aço, alumínio e automóveis para os EUA. A partir desta quarta-feira (9), quase todos os demais produtos também passarão a ser taxados em 20%.
Em coletiva em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco está interessado em negociar um acordo de tarifas "zero por zero" para produtos industriais. Ela também anunciou a criação de uma força-tarefa para monitorar os efeitos das novas taxações e proteger a UE contra impactos “indiretos provocados pela diversão do comércio.”
Von der Leyen destacou ainda que, caso seja necessário, a UE está preparada para retaliar.

Bianca Penteado

UE propõe aos EUA tarifa “zero por zero” para produtos industriais

247 - A União Europeia anunciou que aplicará tarifas "fortes, mas proporcionais" sobre produtos norte-americanos a partir de 1º de abril. A medida é uma resposta às tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio europeu. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (27) pela Comissão Europeia, informa o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/03/12/ue-vai-aplicar-tarifas-proposrcionais-sobre-aco-e-aluminio-em-resposta-aos-eua.ghtml">O Globo</a>.
A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, lamentou profundamente a atitude do governo norte-americano e ressaltou os impactos negativos das tarifas para a economia global. "Tarifas são impostos. São ruins para os negócios e ainda piores para os consumidores", afirmou.
De acordo com a Comissão Europeia, as medidas dos Estados Unidos devem afetar aproximadamente 26 bilhões de euros (US$ 28 bilhões, ou R$ 165 bilhões) em produtos europeus. Em resposta, o bloco aplicará tarifas sobre produtos norte-americanos em um valor equivalente. "Isso corresponde ao impacto econômico das tarifas dos Estados Unidos", destacou Von der Leyen no comunicado oficial.
A União Europeia reiterou sua disposição para dialogar com Washington e buscar uma solução negociada. Segundo o comunicado, as medidas poderão ser revertidas caso as partes cheguem a um entendimento. "Acreditamos firmemente que, em um mundo cheio de incertezas geopolíticas e econômicas, não é do interesse comum sobrecarregar nossas economias com tarifas", concluiu.
A decisão reacende as tensões comerciais entre o bloco e o país norte-americano. Analistas apontam que a disputa pode impactar cadeias produtivas globais e levar a novas rodadas de negociação entre as partes. A expectativa é de que os próximos passos do governo norte-americano determinem a evolução desse embate comercial.

Guilherme Levorato

Economia

UE impõe tarifas "fortes" e "proporcionais" sobre produtos dos EUA, em resposta a Trump

247 - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta terça-feira (12) que “o tempo das ilusões [com a Rússia] acabou” e defendeu um reforço urgente dos investimentos em defesa na União Europeia (UE). A informação foi divulgada originalmente pelo portal português Observador.
Von der Leyen argumentou que a Rússia investe mais na área militar do que a soma de todo o bloco comunitário. &nbsp;Também disse que a segurança europeia foi “abalada” e que, após o fim da Guerra Fria, havia a crença de que a Rússia poderia ser integrada à arquitetura econômica e de defesa da Europa. “O tempo das ilusões acabou”, declarou.&nbsp;
Ela ainda sugeriu que o bloco não pode mais contar integralmente com a proteção dos Estados Unidos, criticando os cortes históricos nos gastos militares. “Baixamos a nossa guarda”, admitiu Von der Leyen. “Cortamos no nosso investimento em defesa, que era de cerca de 3% do PIB para menos da metade disso. Pensávamos que estávamos a viver um dividendo de paz. Na realidade, só estávamos a viver um déficit de segurança.”
Por fim, ressaltou a urgência armamentista: “Precisamos de uma defesa europeia, e precisamos dela hoje”, enfatizou. Também foi citada a nova estratégia militar do bloco, recentemente apresentada pela Comissão Europeia e discutida no Conselho Europeu, chamada de “REARMAR a Europa”, que prevê a mobilização de até 800 bilhões de euros para reequipar os exércitos do bloco.
<h3>Conjuntura geopolítico é desaforavel a União Europeia</h3>
As declarações da presidente ocorrem em um momento de incertezas para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), principal bloco militar do ocidente. O presidente norte-americano Donald Trump sugeriu que os EUA poderiam não defender membros da aliança que não aumentassem seus gastos militares, colocando em dúvida a solidariedade da organização. "Se eles não pagarem, não vou defendê-los", afirmou Trump recentemente.
Outras figuras influentes do governo americano, como o bilionário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) Elon Musk, também expressaram opiniões sobre a participação dos EUA na OTAN. Musk sugeriu que os EUA deveriam deixar a aliança, argumentando que "não faz sentido os EUA pagarem pela defesa da Europa". ​

Luis Mauro Filho

Von der Leyen adota tom bélico e diz que “tempo das ilusões acabou” na relação da UE com a Rússia

247 - A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lamentou nesta terça-feira (11) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% a todas as importações de aço e alumínio. Segundo Ursula, a medida dos americanos prejudica negócios e consumidores, e precisa de uma resposta “firme e proporcional”.
“Lamento profundamente a decisão dos EUA de impor tarifas sobre as exportações de aço e alumínio da Europa. Tarifas são impostos - ruins para os negócios, piores para os consumidores. Tarifas injustificadas sobre a UE não ficarão sem resposta — elas provocarão contramedidas firmes e proporcionais”, disse.
Na sequência, von der Leyen disse que a União Europeia protegerá seus interesses. “A UE agirá para proteger seus interesses econômicos. Protegeremos nossos trabalhadores, empresas e consumidores”, completou.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">I deeply regret the U.S. decision to impose tariffs on European steel and aluminum exports. The EU will act to safeguard its economic interests. We will protect our workers, businesses and consumers ↓&mdash; Ursula von der Leyen (@vonderleyen) <a href="https://twitter.com/vonderleyen/status/1889227678525554701?ref_src=twsrc%5Etfw">February 11, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
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Tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio não ficarão sem resposta, diz presidente da Comissão Europeia

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste domingo (17), no Rio de Janeiro-RJ, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O tema central da reunião foi o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, segundo o presidente.&nbsp;
"Mais uma boa reunião com @vonderleyen, presidenta da Comissão Europeia. Agradeço à adesão da União Europeia à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Demos continuidade às conversas sobre os esforços para o acordo entre Mercosul e União Europeia", disse Lula em postagem na rede social X.&nbsp;
Von der Leyen exaltou a liderança de Lula e a iniciativa para erradicar a fome. "Obrigada pela sua liderança, @LulaOficial. O mundo precisava ser reunido. Você conseguiu fazer isso no Rio. A Europa apoia totalmente a sua Aliança Global contra a fome e a pobreza. Também discutimos a UE-Mercosul. Um acordo de grande importância econômica e estratégica", disse Von der Leyen no X.&nbsp;
Participaram da reunião o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o assessor especial do presidente Lula, Celso Amorim, e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Márcio Elias Rosa.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Thank you for your leadership, <a href="https://twitter.com/LulaOficial?ref_src=twsrc%5Etfw">@LulaOficial</a>. The world needed to be brought together. You managed to do this in Rio. Europe fully supports your Global Alliance against hunger and poverty. We also discussed EU-Mercosur. An agreement of great economic and strategic importance. <a href="https://t.co/3TUjbk6ne1">pic.twitter.com/3TUjbk6ne1</a>&mdash; Ursula von der Leyen (@vonderleyen) <a href="https://twitter.com/vonderleyen/status/1858231476736692724?ref_src=twsrc%5Etfw">November 17, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

17.11.2024 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Rio de Janeiro - RJ

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