Reuters - O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira que o governo não tem intenção de lançar neste ano ou no próximo um programa de tarifa zero para transporte público, depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter afirmado que essa seria uma proposta da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição em 2026.
"O presidente, na última reunião de ministros, solicitou estudos. Não tem nada programado para ano que vem nem para este ano. Os estudos estão sendo feitos, tem muitos teóricos que afirmam que isso é possível, mas o presidente apenas solicitou os estudos. Então não vamos colocar a carroça na frente dos bois", disse Costa em entrevista a rádios da Bahia.
De acordo com uma fonte do Palácio do Planalto, o tema foi levado a Lula por interlocutores e o presidente pediu à equipe econômica para analisar as possibilidades, mas o presidente não tem pressa e não teria intenção de colocar como uma promessa de campanha. Há dúvidas no governo sobre a viabilidade não apenas econômica, mas logística e política de uma ação desse tipo.
No entanto, em entrevista na segunda-feira à TV Record, Haddad afirmou que a proposta estaria na plataforma de reeleição de Lula em 2026. "Nós estamos fazendo nesse momento uma radiografia do setor a pedido do presidente Lula. Ele sabe que esse tema é importante para os trabalhadores, para o meio ambiente e para a mobilidade urbana", disse Haddad, que é um defensor da ideia desde que era prefeito de São Paulo.
A fala do ministro repercutiu nos mercados, contribuindo para alta do dólar e das taxas de DI na terça-feira, em meio ao receios de que essa seja uma iniciativa com impacto fiscal negativo.
Rui Costa foi cauteloso sobre a proposta. "Os estudos ainda serão apresentados ao presidente para avaliar eventual viabilidade ou não e de onde virão esses recursos. Isso eu quero deixar claro: o que foi solicitado foi apenas estudos, não tem nada programado em relação à tarifa zero", afirmou.
"É bom a gente dizer exatamente o que vai fazer para que a informação precipitada não crie uma falsa expectativa para população. São estudos, e se se mostrarem viáveis serão anunciados no momento adequado."

Paulo Emilio

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Brasil

Rui Costa descarta tarifa zero no transporte público para 2025 e 2026

Brunnas Ramos, <a href="https://www.brasildefato.com.br/2025/10/07/caravana-tarifa-zero-reune-militantes-em-brasilia-por-transporte-publico-gratuito-e-de-qualidade/">Brasil de Fato</a> - Militantes, trabalhadores do setor de transporte e usuários de todo o país estarão reunidos em Brasília (DF), entre os dias 6 e 10 de outubro, para a Caravana pela Tarifa Zero. A mobilização tem como objetivo pressionar o Congresso Nacional e autoridades públicas a implementar um sistema de transporte gratuito, público e de qualidade para toda a população brasileira.
A Caravana pela Tarifa Zero é uma ação nacional articulada por movimentos populares, sindicatos, coletivos urbanos e partidos políticos, que buscam soluções estruturais para a crise no transporte público. A proposta central do movimento é substituir o atual modelo, baseado em tarifas elevadas e precarização dos serviços, por um sistema financiado progressivamente, com gestão pública ou comunitária, e que assegure mobilidade com justiça social.
Participam da caravana representantes de pelo menos 11 estados: São Paulo, Pernambuco, Maranhão, Bahia, Tocantins, Paraná, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A mobilização ocorre em um cenário de insatisfação generalizada com o encarecimento das passagens e a má qualidade dos serviços prestados nas cidades brasileiras.
Segundo Paíque Duques Santarém, do Movimento Passe Livre (MPL), a caravana é fruto de uma articulação nacional que teve início ainda no primeiro semestre deste ano, a partir do acúmulo de experiências locais frente aos aumentos tarifários e às privatizações no setor
“Essa plenária nasce de um chamado do Movimento Passe Livre no início deste ano, com o objetivo de sair das lutas isoladas e construir uma luta nacional por um sistema de mobilidade baseado em princípios populares e classistas”, afirma.
A programação inclui aulas públicas, panfletagens, plenárias com movimentos do Distrito Federal, exibição de documentário, audiências públicas e manifestações nas ruas e dentro do Congresso Nacional. As atividades começaram nesta terça-feira (7), com uma aula pública na Rodoviária do Plano Piloto, seguida de uma plenária no Armazém do Campo, reunindo movimentos populares locais e visitantes.
Na quarta-feira (8), a caravana se concentra na Câmara dos Deputados pela manhã e, à tarde, exibe o documentário Tarifa Zero: Cidade em Disputa, produzido pelo Brasil de Fato em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. O ponto alto da mobilização acontece na quinta-feira (9), com uma audiência pública no Anexo II da Câmara, seguida da leitura do Manifesto Nacional pela Tarifa Zero e um ato público aberto à população.
O MPL estima que cerca de 20 militantes de diferentes regiões do país participem presencialmente da caravana em Brasília. Além de representantes do movimento, a mobilização conta com o apoio de coletivos urbanos, sindicatos e organizações populares. “Estamos com pessoas de mais de 10 estados e realizaremos uma série de agendas junto ao Congresso Nacional e ao governo federal. Também promoveremos debates e exibições culturais como parte do esforço de mobilização”, disse Santarém.
A Caravana chega em Brasília com uma série de agendas para pautar o governo federal e o Congresso sobre a proposta. O movimento defende um sistema único de mobilidade de tarifa zero a partir da construção popular. Para o pesquisador do Observatório das Metrópoles, a luta pela tarifa zero no país está em um momento decisivo.
“Agora que há um interesse do governo federal em construir uma proposta de tarifa zero, a voz central dessa construção deve ser a dos movimentos populares, de usuários e trabalhadores do serviço. Esses setores dão uma destinação estratégica ao serviço público e de qualidade como direito e conquista popular”, completa o antropólogo Paíque Duques Santarém.
A proposta inclui a operação do sistema por empresas públicas ou cooperativas autogeridas, com garantia de boas condições de trabalho para os profissionais do setor e foco na qualidade do serviço oferecido.
Para ampliar a mobilização, foi lançada uma carta pública disponível online aqui, aberta à assinatura de qualquer cidadão ou organização que apoie a iniciativa. O documento busca consolidar uma frente nacional de luta por um novo modelo de mobilidade urbana.
A agenda em Brasília é parte de uma estratégia de mobilização que pretende se expandir para outros estados e fortalecer a articulação entre diferentes setores da sociedade em defesa de um transporte gratuito, mais democrático e de qualidade.
<h2>Programação</h2>
7 de outubro
14h às 18h
• Aula Pública na Rodoviária do Plano Piloto
• Panfletagens
19h às 21h
• Plenária da Caravana pela Tarifa Zero com Movimentos Populares do DF: Armazém do Campo (SCS Qd. 1, Bloco K, Lote 30)
8 de outubro
8h às 12h
• Caravana na Câmara dos Deputados
• Tarde e noite: Exibição do Documentário “Tarifa Zero: Cidade em Disputa” do Brasil de Fato e Fundação Rosa Luxemburgo
9 de outubro
10h
• Audiência Pública na Câmara dos Deputados – Anexo II
Tarde e noite
• Coletiva de Imprensa – Leitura do Manifesto pela Tarifa Zero
• Ato Público

Leonardo Lucena

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Brasília

Ativistas pressionam o Congresso e promovem caravana em defesa da Tarifa Zero no transporte público

247 - A Câmara Municipal de Belo Horizonte discute nesta sexta-feira (3) o Projeto de Lei 60/2025, conhecido como Tarifa Zero, que propõe a gratuidade total no transporte coletivo da capital mineira. Estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), da UFMG, aponta que, se tivesse sido aplicado em 2022, o programa teria neutralizado por completo a inflação registrada para as famílias de baixa renda, ampliando de forma significativa o poder de compra.
As simulações do Ipead foram feitas a partir da metodologia do IPCR-BH e confirmaram que a eliminação do custo com passagens de ônibus reduziria a pressão inflacionária de maneira consistente. Ao replicar a análise para os anos de 2023 e 2024, os resultados se mantiveram positivos, reforçando que o transporte público é o item de maior peso no orçamento das famílias mais pobres.
<h2>Impacto direto na inflação</h2>
O levantamento mostra que, caso o Tarifa Zero estivesse em vigor, o índice inflacionário teria se tornado negativo em todos os anos analisados. Em 2023, a redução chegaria a -1,80%, enquanto em 2024 ficaria em -0,70%. Para especialistas, a medida teria revertido o aumento do custo de vida, transformando a inflação em deflação para a população que mais depende do transporte público.
<h2>Ganho real para os trabalhadores</h2>
Outro aspecto destacado é o impacto sobre a renda. Em 2022, por exemplo, com a inflação negativa projetada em -1,14%, o reajuste salarial de 10,18% teria resultado em um ganho real de cerca de 11,5%. Em 2023, os trabalhadores teriam tido aumento real superior a 10 pontos percentuais, e em 2024, mesmo diante da inflação oficial elevada de 7,34%, a projeção com Tarifa Zero indicaria ganho próximo de 7,7%.
<h2>Reajustes tarifários e custo de vida</h2>
O estudo também ressalta que os aumentos no preço das passagens em 2023 e 2024 foram determinantes para a alta da inflação. Com a tarifa gratuita, esse peso deixaria de existir, beneficiando diretamente os mais pobres e garantindo alívio imediato no orçamento doméstico.

Guilherme Levorato

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Sudeste

Tarifa Zero em BH pode anular inflação e ampliar poder de compra

247 - A Câmara Municipal de Belo Horizonte inicia nesta sexta-feira (3) a primeira discussão em plenário sobre o projeto de lei da Tarifa Zero, que propõe a gratuidade no transporte público municipal. A medida, se aprovada, poderá transformar a capital mineira na primeira do país a adotar um sistema de ônibus totalmente gratuito.
Segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/camara-bh-discussao-plenario-tarifa-zero/">CNN Brasil</a>, o texto precisa receber pelo menos 28 votos favoráveis entre os 41 vereadores, em dois turnos, para ser encaminhado ao prefeito Álvaro Damião (União Brasil), que pode sancioná-lo ou vetá-lo. A primeira votação já pode ocorrer nesta sexta.
<h2>Autoria e base política</h2>
A proposta foi apresentada em fevereiro pela vereadora Iza Lourença (Psol) e tem a coautoria de mais de 20 parlamentares de diferentes espectros ideológicos, incluindo aliados do prefeito. Apesar do apoio inicial, ainda não há garantia de votos suficientes para a aprovação. A prefeitura se posiciona contra o projeto, alegando que ele representaria um ônus excessivo para o setor empresarial.
<h2>Como funcionaria a tarifa zero</h2>
O projeto prevê que a gratuidade seja implementada em até quatro anos, com redução gradual do valor da passagem. O financiamento ocorreria por meio da criação da Taxa do Transporte Público (TTP), paga por empresas de Belo Horizonte com dez ou mais funcionários. O cálculo seria feito por colaborador excedente, em substituição ao vale-transporte, que deixaria de ser necessário no sistema municipal.
Atualmente, o custo anual do transporte coletivo em BH é estimado em R$ 2 bilhões. A receita, somada à tarifa e ao vale-transporte, chega a R$ 1,2 bilhão. Assim, a prefeitura já destina cerca de R$ 800 milhões em subsídios, equivalentes a 40% do total.
<h2>Críticas e projeções</h2>
O prefeito Álvaro Damião tem sido categórico em sua rejeição: “A pergunta que eu faço é: quem irá manter a empresa aqui em BH?”, declarou em entrevista à Rádio Itatiaia. O Executivo municipal teme que a nova taxa desestimule empresas a se manterem na capital, reduzindo a arrecadação.
Estudo da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) também aponta riscos. A entidade calcula que a TTP poderia gerar R$ 1,8 bilhão em receitas, mas alerta que, caso a demanda de passageiros aumente 20%, seriam necessários R$ 2 bilhões para sustentar o sistema. Se a procura subir 50%, o custo saltaria para R$ 2,6 bilhões.
A análise se baseia em dados da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos). Em Caucaia (CE), cidade de 350 mil habitantes que implantou a gratuidade, a demanda subiu quase 400% em dois anos. Em Balneário Camboriú (SC), o aumento foi de 43% em apenas seis meses.
<h2>Argumentos a favor</h2>
Defensores do projeto afirmam que cerca de 80% dos CNPJs de Belo Horizonte ficariam isentos da nova taxa, preservando pequenos negócios. O maior impacto recairia sobre empresas com maior poder econômico, como instituições financeiras e estatais, que atualmente contribuem pouco com o vale-transporte.
Uma nota técnica elaborada por economistas da UFMG reforça essa visão. O estudo aponta que o custo das empresas com transporte de funcionários, que hoje representa 0,74% da folha salarial, passaria para 1,65% com a tarifa zero — um acréscimo inferior a um ponto percentual.
<h2>Possíveis ajustes no texto</h2>
Para tentar reduzir resistências, a vereadora Iza Lourença deve apresentar uma emenda substitutiva ainda nesta sexta-feira. A alteração prevê que a cobrança da TTP leve em consideração a residência dos funcionários. Com isso, empresas poderiam ser isentas caso comprovem que parte dos trabalhadores utiliza ônibus intermunicipais, fora do sistema municipal.
Atualmente, Belo Horizonte possui uma das tarifas mais caras entre as capitais brasileiras. O valor das passagens varia conforme a linha, podendo chegar a R$ 5,75 — atrás apenas de Florianópolis (R$ 6,90), Porto Velho (R$ 6) e Curitiba (R$ 6).
A votação promete acirrar os debates entre vereadores, prefeitura e setor produtivo, em um tema que pode redefinir o futuro da mobilidade urbana na capital mineira.

Câmara de BH debate tarifa zero em sessão no plenário

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que sua equipe econômica avalie formas de reduzir, ou até eliminar, a cobrança de tarifas de ônibus em todo o país. A medida, se viabilizada, pode se tornar uma das principais bandeiras do governo às vésperas das eleições presidenciais de 2026. As informações são do <a href="https://valor.globo.com/brasil/noticia/2025/09/15/de-olho-em-eleicao-lula-quer-tarifa-gratuita-de-onibus.ghtml">Valor Econômico</a>.
Lula se inspirou em uma proposta apresentada em 2012 por Fernando Haddad, hoje ministro da Fazenda, quando a ideia era financiar a gratuidade por meio de um subsídio cruzado: cada litro de gasolina teria um adicional de R$ 1, bancando o transporte coletivo urbano. À época, o cenário econômico — com combustíveis mais baratos — favorecia o projeto, mas sua adaptação ao contexto atual é considerada mais complexa.
<h2>Conversas no Planalto e articulação política</h2>
Lula discutiu o tema com o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), um dos principais defensores da tarifa zero. Com base em dados apresentados pelo parlamentar, o presidente pediu que Haddad aprofundasse os estudos de viabilidade. Tatto argumenta que o atual modelo de financiamento do transporte público está em colapso, destacando o “círculo vicioso” formado por tarifas mais caras, queda no número de passageiros e pressão para novos reajustes.
Apesar da defesa de Tatto por uma gratuidade universal, parte da equipe econômica avalia a possibilidade de um modelo parcial, como oferecer passagens gratuitas apenas aos domingos e feriados. Uma fonte do governo observou, entretanto, que a medida deveria priorizar os trabalhadores e não apenas quem utiliza o transporte para lazer.
<h2>Impacto eleitoral e experiências locais</h2>
No Palácio do Planalto, a discussão é também estratégica. A ideia é que a medida, caso implementada, seja lançada a poucos meses das eleições presidenciais de 2026, funcionando como aceno simultâneo a movimentos sociais e ao setor de transportes.
O exemplo mais recente vem de São Paulo, onde a gratuidade aos domingos foi adotada em 2023 e se transformou em trunfo eleitoral para o prefeito Ricardo Nunes (MDB), reeleito no ano seguinte. A política custou R$ 283 milhões aos cofres municipais.
<h2>Projeções econômicas e cenários possíveis</h2>
Levantamentos da Terra Investimentos apontam que a gratuidade parcial do transporte público teria efeito direto sobre a inflação. No caso dos ônibus urbanos, a redução no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderia chegar a 0,28 ponto percentual se o benefício incluísse também os sábados. Estender a medida a metrôs e trens ampliaria ainda mais a queda no índice, chegando a 0,31 ponto percentual nos finais de semana.
Atualmente, cidades como São Paulo, Brasília, Belém e Vitória já oferecem gratuidade aos domingos, enquanto Curitiba adota a meia tarifa. Esses exemplos estão sendo considerados nos cálculos do governo federal, que ainda avalia se terá condições fiscais e políticas para colocar o projeto em prática já em 2026.

Otávio Rosso

Economia

Lula quer tarifa zero no transporte público em todo o país

247 - No último sábado (6/9), a campanha Tarifa Zero, organizada por coletivos e movimentos sociais como a Casa Fluminense e a Narra, levou centenas de moradores às ruas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As informações foram divulgadas pelos próprios organizadores. O primeiro mutirão de setembro promoveu colagem de cartazes, distribuição de panfletos e coleta de assinaturas para um abaixo-assinado que cobra a implementação do transporte gratuito nos municípios fluminenses. &nbsp;No dia 13, novas ações estão programadas para São Gonçalo e Niterói.
Segundo a Casa Fluminense, a mobilização se espalhou por localidades como Padre Miguel (na capital), Nilópolis e Itaboraí. Nesta última cidade, onde já existe uma experiência de gratuidade, mas com frota insuficiente e demora nos intervalos, a ação buscou pressionar as autoridades para garantir qualidade no serviço. O objetivo do mutirão, de acordo com os organizadores, é consolidar a pauta da Tarifa Zero em toda a região metropolitana, articulando municípios com experiências parciais e outros que ainda não adotaram a medida.
“Com os mutirões, que consistem em colagem de lambes-lambes e panfletagens, nosso objetivo é popularizar o tema da Tarifa Zero, mostrar que existe um desejo coletivo por transporte gratuito e de qualidade. Não basta ser gratuito: precisa ter qualidade, responder às necessidades da população, diminuir impactos ambientais, como a poluição do ar, e garantir dignidade para os trabalhadores e moradores das regiões”, afirmou Taynara Cabral, coordenadora de comunicação da Casa Fluminense.
Além das ações de rua, a campanha já abriu canais de diálogo com diferentes prefeituras. A estratégia inclui apresentar experiências de cidades vizinhas como Maricá, Japeri, Belford Roxo e Magé, onde há políticas de gratuidade em andamento, para mostrar a viabilidade técnica e financeira do projeto.
As atividades seguem durante todo o mês de setembro. No dia 13, novas ações estão programadas para São Gonçalo e Niterói. Já em 20 de setembro, será a vez de Magé receber a mobilização. A agenda faz parte do chamado Setembro da Mobilidade, período em que movimentos sociais intensificam a discussão sobre transporte público e direito à cidade.
Atualmente, mais de 140 cidades brasileiras já oferecem transporte gratuito. Os organizadores ressaltam que a política amplia o acesso à educação, saúde, lazer e trabalho, além de representar um instrumento de justiça social e combate às desigualdades.

Tarifa Zero: mobilização ganha força em cidades do Rio por transporte público gratuito

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (29), R$ 9,7 bilhões em investimentos no transporte público para diversos estados. Em evento, em Contagem, Minas Gerais, o presidente divulgou as novas propostas habilitadas para pré-seleção nas linhas de Mobilidade Grandes e Médias Cidades e de Renovação de Frota do Novo Programa de Aceleração do Crescimento Seleções de 2025 (PAC Seleções).
<blockquote>“Esse investimento é o começo da colheita que nós estamos fazendo”, disse Lula ao citar as políticas implementadas nos primeiros anos do governo.</blockquote>
O Novo PAC Seleções é voltado para atender projetos prioritários apresentados por estados e municípios. A <a href="https://www.gov.br/casacivil/pt-br/novopac/selecoes2025/resultados-das-selecoes" target="_blank">lista de obras contempladas na etapa deste ano está disponível na página da Casa Civil da Presidência</a>, responsável pela coordenação do programa. O programa continua aberto para o encaminhamento de novas propostas.
Na linha Mobilidade Grandes e Médias Cidades foram habilitadas 28 propostas em 12 estados, que podem chegar a R$ 5 bilhões em financiamento ao setor público, além de uma proposta voltada ao setor privado, no valor de R$ 1 bilhão. Entre os tipos de investimentos possíveis estão BRT, metrô, VLT, corredores exclusivos, terminais, ciclovias integradas ao transporte público e sistemas de transporte inteligente.
No Refrota Setor Público, programa de renovação de frotas, foram habilitadas 12 propostas, que podem chegar a R$ 1,27 bilhão, e 71 do setor privado, no valor de R$ 2,47 bilhões. O montante pode variar de acordo com a avaliação dos agentes financeiros. Nessa linha estão ônibus elétricos, veículos padrão Euro 6, material rodante para trilhos e barcos para transporte aquaviário, além de sistemas e equipamentos de apoio operacional.
Após a pré-seleção, os proponentes devem apresentar aos agentes financeiros a documentação técnica para análise de viabilidade. Com a validação, as propostas passam para a etapa de seleção final, a ser publicada pelo Ministério das Cidades.
As linhas de financiamento contam com recursos do FGTS em condições especiais com juros de 5,5% ao ano para sistemas sobre trilhos e de 6% ao ano para os demais, além de prazos de amortização que podem chegar a 30 anos para transporte sobre trilhos, com carência de até 48 meses.&nbsp;
<h2>Nova avenida</h2>
Ainda em Contagem, o presidente Lula entregou um trecho das obras da Avenida Maracanã, que, com a revitalização, passou a se chamar Avenida Prefeito Newton Cardoso.
A obra entregue nesta sexta-feira corresponde a uma extensão de 2 quilômetros e integra um conjunto de intervenções de macrodrenagem e mobilidade que somam R$ 270 milhões em investimentos, com recursos do Programa Saneamento para Todos, do Avançar Cidades e a contrapartida municipal.
No total, o empreendimento prevê a implantação de 4,5 quilômetros de corredor de mobilidade, além de drenagem, pavimentação, urbanização, canalização de córregos e recuperação ambiental. Entre as melhorias estão duas pistas de 13,5 metros, ciclovia, cinco pontos de embarque por pista, quatro pontes e quatro viadutos.

Leonardo Sobreira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 22 de agosto de 2025

Lula anuncia R$ 9,7 bilhões para o transporte público

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), um estudo técnico para avaliar a viabilidade de adotar tarifa zero ou valor simbólico nas passagens de ônibus no Brasil, informa a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/08/lula-pede-a-haddad-calculo-sobre-tarifa-zero-ou-simbolica-de-onibus-para-domingos-e-feriados.shtml?utm_source=sharenativo&amp;utm_medium=social&amp;utm_campaign=sharenativo">Folha de S. Paulo</a>.
Durante reunião ministerial, Lula questionou a possibilidade de iniciar a gratuidade — ou tarifa reduzida — em domingos e feriados. O presidente admitiu as dificuldades orçamentárias da proposta, mas disse que não descansará até ver os cálculos detalhados. A intenção é garantir mobilidade para cidadãos que não têm condições de pagar pela passagem.
<h2>Referências em experiências municipais</h2>
No encontro, Lula citou o programa Tarifa Zero de Maricá, no Rio de Janeiro, em vigor desde 2014. Na cidade, administrada pelo PT há 16 anos, os ônibus e vans municipais funcionam de forma gratuita. Ele também lembrou a experiência de Campinas nos anos 1990, quando a gestão de seu amigo Jacó Bittar, falecido em 2022, implantou redução tarifária aos domingos.
O presidente relatou ainda que conversou sobre o tema em viagem com Jilmar Tatto, ex-secretário de Comunicação do PT e atual vice-presidente da sigla. Tatto apresentou dados sobre o vale-transporte no Brasil, destacando que o benefício, custeado por empresas com incentivos no Imposto de Renda, alcança apenas uma parcela restrita dos trabalhadores.
<h2>Debate sobre custo e apoio das empresas</h2>
Segundo relatos, Lula demonstrou interesse pela proposta, que poderia beneficiar empresas de transporte coletivo, mas frisou que a decisão depende de análise orçamentária rigorosa. Participantes da reunião afirmaram que a ideia ainda é incipiente, embora conte com simpatia do presidente.
<h2>Casos recentes em São Paulo</h2>
Em dezembro de 2023, a Prefeitura de São Paulo lançou o programa Domingão Tarifa Zero, que inclui feriados. Até março de 2025, a gestão de Ricardo Nunes (MDB) registrava mais de 202 milhões de viagens gratuitas. A iniciativa se tornou uma das principais marcas de sua administração e foi explorada politicamente durante a campanha municipal, na qual Nunes foi reeleito.

Lula pede a Haddad estudo sobre tarifa zero em ônibus aos domingos e feriados

247 – O Governo do Distrito Federal (GDF) apresentou nesta terça-feira (29) um amplo pacote de modernização do transporte coletivo, que inclui a entrega de 444 ônibus novos da Viação Pioneira e o lançamento do aplicativo “DF no Ponto”, voltado à mobilidade inteligente. A informação foi divulgada pela Agência Brasília.
Durante evento realizado na faixa central do Eixão Sul, o governador Ibaneis Rocha destacou que 50 veículos já foram exibidos à população, simbolizando o início das entregas que seguirão até 2026. “No início do nosso governo, as pesquisas de satisfação mostravam que a mobilidade era um dos três tópicos mais sensíveis no DF. Hoje, quase não se fala disso mais. Mobilidade se faz com melhores vias e também com renovação de frota”, afirmou. Ele reforçou a meta: “Até o final do nosso mandato, Brasília terá 100% da frota renovada”.
<h3>Frota renovada e impacto regional</h3>
Dos 444 ônibus zero-quilômetro adquiridos, 25 irão ampliar a operação e 419 substituirão veículos atualmente em uso — parte deles com substituição antecipada em até dois anos. Ainda em 2025, serão entregues 207 veículos, e os 237 restantes chegarão em 2026. As regiões atendidas incluem Gama, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Jardins Mangueiral, Itapoã, Itapoã Parque, Paranoá e Paranoá Parque.
A vice-governadora Celina Leão ressaltou a importância da medida: “A entrega de 207 novos ônibus é mais um passo importante rumo a um transporte público mais eficiente e moderno para a nossa população, garantindo maior disponibilidade e conforto, além de promover mais segurança e qualidade no serviço”.
<h3>Sustentabilidade e segurança</h3>
Todos os novos ônibus seguem o padrão Euro 6, que reduz em até 80% a emissão de poluentes. Além disso, os veículos contam com elevadores para acessibilidade, GPS, sistema de câmeras, desligamento automático em marcha lenta, portas com acionamento elétrico e sistema antiesmagamento. “Esses ônibus que chegam aqui hoje são menos poluentes, dão um conforto maior, não só para o passageiro, mas também para o motorista, e trazem mais segurança para a população”, destacou Ibaneis Rocha.
O secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, afirmou que o investimento acompanha o crescimento das regiões administrativas: “Existem áreas em constante expansão imobiliária, como Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Santa Maria e Gama, e nós precisamos ampliar o atendimento nessas localidades, principalmente no horário de pico. Além desses da Pioneira, temos mais 200 ônibus para a ampliação das linhas da Marechal, São José e Urbi”.
<h3>Novos modais e obras estruturantes</h3>
O governador Ibaneis também anunciou que o GDF avança em outras frentes da mobilidade. A licitação para a conclusão do BRT Sul, com três etapas entre Santa Maria e o ParkShopping, já foi lançada. Além disso, as obras de expansão do metrô em Samambaia já começaram, e o processo de licitação para expansão em Ceilândia está prestes a ser finalizado. “Com essas duas extensões, vamos atender aproximadamente mais de 100 mil passageiros por dia”, afirmou o governador.
<h3>Aplicativo DF no Ponto: tecnologia a favor do passageiro</h3>
Outro destaque do evento foi o lançamento do aplicativo “DF no Ponto”, gratuito e disponível para Android e iOS. A ferramenta oferece dez funcionalidades, entre elas: planejador de rotas, localização em tempo real dos ônibus, busca por linhas e consulta de horários nas paradas. Também permite o envio de sugestões e reclamações.
“O DF no Ponto permite que o usuário, na parada, saiba do ônibus que chega, qual o horário da linha e todas outras informações”, explicou o secretário Zeno Gonçalves. Segundo ele, o app foi desenvolvido em parceria com a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB). “Essa é a primeira versão, a gente espera que as pessoas testem, critiquem, nos deem o seu feedback para a gente evoluir”.
Ibaneis Rocha também destacou a utilidade da tecnologia: “Esse aplicativo que está sendo lançado vai trazer previsibilidade para o nosso passageiro. A pessoa vai entrar, colocar o número da linha e vai saber, por meio de um localizador, em quanto tempo esse veículo vai chegar à sua porta”.
O governo testa ainda o uso de QR Codes em dez pontos estratégicos da cidade. Com a câmera do celular, o usuário poderá ver quais linhas passam por ali e o tempo estimado para o próximo ônibus — sem precisar instalar o aplicativo. A proposta é garantir acesso fácil à informação, mesmo a quem não tem familiaridade com ferramentas digitais.
Com esses investimentos, o GDF sinaliza um esforço contínuo de qualificação do transporte público, incorporando modernidade, acessibilidade e tecnologia para responder às demandas de uma população urbana em constante crescimento.

Redação Brasil 247

GDF renova frota de ônibus e lança aplicativo para modernizar transporte coletivo

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2025-07/cidades-e-bndes-preveem-mais-do-que-dobrar-redes-de-transporte-publico">Agência Brasil</a> - Levantamento sobre mobilidade urbana em 21 regiões metropolitanas avalia que o Brasil pode ampliar em 2,5 mil quilômetros as redes de transporte público coletivo nos próximos 30 anos (até 2054). A extensão prevista é mais do que o dobro do total existente hoje nessas regiões metropolitanas (2.007 quilômetros).
O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana foi realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades e calcula a possibilidade de construir “mais 323 km de linhas de metrô, 96 km de trens urbanos, 1.930 km de sistemas de BRT, VLT ou monotrilho, e 157 km de corredores de ônibus.”
De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, os investimentos nessas obras serão necessários “para o aumento da produtividade e a dinamização da economia nas grandes cidades”, disse em nota institucional.
No mesmo texto, o ministro das Cidades, Jader Filho, acrescenta que o foco da política pública “é tornar o transporte coletivo mais eficiente, dinâmico e sustentável, assegurando qualidade de vida à população”, reduzindo “o tempo de deslocamento, com conforto e segurança.”
No próximo estudo, Ministério das Cidades e BNDES prometem fazer detalhamento dos quase 200 projetos de transporte público coletivo de média e alta capacidade em redes futuras, incluindo estimativas de investimentos, custos, receitas, benefícios e as avaliações econômicas e financeiras preliminares.

Cidades e BNDES preveem mais do que dobrar redes de transporte público

247 - A Prefeitura de Juiz de Fora (MG) enviou à Câmara Municipal, nesta segunda-feira (23), o<a href="https://www.pjf.mg.gov.br/noticias/anexo/4692-InstituioProgramaTarifaZeronoSistemadeTr.pdf"> Projeto de Lei que institui a Tarifa Zero no transporte coletivo urbano da cidade.</a> Caso seja aprovado, o município se tornará a primeira cidade brasileira com mais de 500 mil habitantes a oferecer gratuidade integral para todas as pessoas físicas usuárias do sistema de ônibus. 
Estima-se que o emprego cresça 9,1% até 2040. O resultado agregado é um acréscimo de R$ 1,7 bilhão à economia da cidade, acima do custo do fundo que financia o sistema, de acordo com professores e economistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A Tarifa Zero pode elevar em quase 30% o consumo das famílias juiz-foranas em 15 anos. Investimentos das empresas foram estimados em crescimento de 28,6% no mesmo período.
De acordo com a prefeitura, serviços de alimentação, saúde, educação, cultura, construção civil e comércio são alguns dos mais beneficiados. A proposta amplia iniciativas já em vigor na cidade, como o Passe Livre Estudantil e o programa Domingão do Busão. A nova etapa estende o benefício a todos os dias e para toda a população. 
“Estamos mudando a lógica da mobilidade urbana com coragem e responsabilidade. A Tarifa Zero é um avanço civilizatório, que integra a cidade, melhora a vida das pessoas e fortalece a economia local”, afirma a prefeita Margarida Salomão.
A tarifa zero será custeada pelo fundo municipal de transporte. Parte dos recursos tem origem a partir do pagamento da tarifa técnica mensal, a ser realizado por pessoas jurídicas que empregam dez ou mais trabalhadores, dos setores público e privado, na proporção de pessoas contratadas, em moldes semelhantes ao vale transporte já praticado atualmente. Pequenos negócios, com até dez empregados, estarão isentos da contribuição.
Impactos
A gratuidade total amplia de forma significativa o acesso de populações mais vulneráveis à cidade, especialmente nos bairros periféricos, permitindo deslocamentos para estudo, saúde, trabalho e lazer sem que o custo da passagem seja uma barreira. 
A relação entre o fundo da Tarifa Zero e o PIB municipal tende a cair ao longo do tempo.
Experiências semelhantes no Brasil e no exterior apontam um aumento médio de 30% na demanda pelo transporte público após a adoção da Tarifa Zero. 
Meio Ambiente
A prefeitura afirmou que a gratuidade no transporte coletivo cria um incentivo material para que a população troque o carro pelo ônibus, o que contribui para diminuir congestionamentos e emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, 47% do CO₂ é emitido por veículos de carga e de passageiros.
A medida também favorece a transição energética, ao fortalecer a demanda por uma frota de ônibus mais limpa — como os elétricos ou movidos a gás metano, que o próprio município se prepara para utilizar. Outro impacto positivo é a redução da poluição sonora, especialmente em regiões de grande circulação.

Prefeita Margarida Salomão (à quarta da esq. para a dir.)

Prefeita Margarida Salomão encaminha à Câmara um projeto para transporte gratuito em Juiz de Fora

247 - O processo de modernização do transporte coletivo brasileiro ganhou novo impulso a partir de 2023 com a implementação do eixo de Renovação de Frota do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com informações do Ministério das Cidades, o programa já destinou R$ 13 bilhões a projetos dos setores público e privado, com ênfase em eficiência energética, redução de emissões de gases poluentes e qualificação dos serviços prestados à população.
Com o apoio direto da pasta, a iniciativa contempla tecnologias limpas como ônibus elétricos e veículos com motores a diesel equipados com o padrão Euro 6, que têm sido tratados como prioridade pelo governo. Desde o início do programa, 8.211 novos ônibus foram contratados para operação em 152 municípios, distribuídos em 23 unidades da federação.
“A renovação da frota, com foco em ônibus elétricos e tecnologias de baixa emissão, é uma estratégia central para reduzir tempos de deslocamento, melhorar a qualidade de vida nas cidades e enfrentar os desafios climáticos”, declarou o Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia. Segundo ele, a política de modernização tem o objetivo de tornar a mobilidade urbana “mais limpa, moderna e eficiente”.
Em sua fala, Andia também destacou os benefícios diretos para a população: “A renovação da frota é um passo importante para que o cidadão tenha mais conforto e dignidade no trabalho ou no lazer”.
O setor público concentrou a maior parte dos recursos liberados. Apenas em 2024, foram R$ 10,6 bilhões aplicados na aquisição de 2.296 ônibus elétricos, 3.015 ônibus com motor Euro 6 e 39 veículos sobre trilhos (VLTs). Já o setor privado contou com R$ 2,4 bilhões em investimentos selecionados, com foco na substituição de veículos antigos por modelos menos poluentes. Esse montante permitiu a compra de 2.839 ônibus Euro 6 e 61 ônibus elétricos.
Ainda que movidos a diesel, os motores Euro 6 representam um avanço significativo no controle da poluição, ao reter ou transformar até 85% dos poluentes antes da emissão atmosférica. Essa tecnologia tem sido incorporada de forma crescente como alternativa viável na transição para um transporte mais sustentável.
O Ministério das Cidades anunciou que o Novo PAC abrirá uma nova etapa de seleção de propostas em 2025, com a previsão de liberar mais R$ 4,4 bilhões. As propostas, tanto do setor público quanto privado, deverão atender a critérios técnicos da portaria de seleção, priorizando soluções sustentáveis e acessíveis à população.
A política de renovação da frota não apenas promove melhorias nos serviços de transporte coletivo, como também gera empregos e fortalece a cadeia produtiva nacional. O governo federal aposta nessa estratégia como um vetor fundamental de desenvolvimento urbano e de combate à crise climática.

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