247 – A Ambipar, multinacional brasileira de soluções ambientais, está em negociações avançadas para estabelecer uma parceria com a Fundação Prince Albert II de Mônaco. O objetivo é criar uma moeda digital que promova maior eficiência e transparência no mercado de créditos de carbono, conectando iniciativas brasileiras ao mercado global. As tratativas foram realizadas no Yacht Club de Mônaco, com a presença de Tercio Borlenghi Junior, CEO da Ambipar, Rafael Tello, vice-presidente de Sustentabilidade, e membros da realeza monegasca, como o príncipe Charles-Philippe d’Orléans.
“A Ambipar e a Fundação querem criar um instrumento financeiro, uma moeda digital, que ajude o mercado de carbono a ganhar escala, transparência, menor risco e menos volatilidade, tanto de desenvolvedores de projeto quanto de compradores de crédito. Nosso grande objetivo é aumentar a quantidade de carbono retirado da atmosfera”, explicou Rafael Tello durante o evento.
<h4>O que é e como funciona o mercado de crédito de carbono?</h4>
O mercado de crédito de carbono foi criado para combater as mudanças climáticas, promovendo a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Um crédito de carbono representa a redução certificada de uma tonelada de dióxido de carbono (CO₂) ou equivalente, realizada por meio de projetos que evitam emissões, como reflorestamento, energia renovável e eficiência energética.
Empresas, países ou organizações que emitem GEE acima dos limites estabelecidos em acordos internacionais, como o Acordo de Paris, podem compensar suas emissões adquirindo créditos de carbono. Esse mecanismo cria um incentivo financeiro para projetos que capturam ou evitam emissões de carbono, funcionando como uma forma de valorizar economicamente práticas sustentáveis.
Existem dois tipos principais de mercado de carbono:
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 <li>Mercado regulado: Operado por governos e organismos internacionais, estabelece limites obrigatórios de emissões (cap-and-trade). Empresas que excedem suas metas de emissões precisam comprar créditos de carbono de outras que estão abaixo de seus limites.</li>
 <li>Mercado voluntário: Nesse modelo, empresas ou indivíduos adquirem créditos de carbono por iniciativa própria, geralmente para cumprir metas de sustentabilidade ou demonstrar compromisso ambiental.</li>
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Os desafios do mercado incluem a falta de padronização global, questões de rastreabilidade e o risco de fraudes. Nesse contexto, a parceria entre a Ambipar e a Fundação Prince Albert II pode ser muito importante ao introduzir uma moeda digital que aumenta a confiança e a transparência nas transações.
<h4>Encontro reforça protagonismo ambiental</h4>
Além das discussões no Yacht Club, a agenda incluiu uma audiência com a princesa Caroline de Hanôver e reuniões na sede da Fundação Prince Albert II, reconhecida mundialmente por sua atuação em projetos ambientais. “A Fundação Prince Albert II, que tem uma grande reputação em projetos ambientais ao redor do mundo, está muito interessada em também ajudar a desenvolver uma economia de baixo carbono, em que pessoas se beneficiem e manter a floresta capturando o carbono”, destacou Tello.
A moeda digital proposta busca oferecer uma alternativa segura e eficiente, reduzindo os custos e a volatilidade que ainda caracterizam o mercado de carbono. O instrumento financeiro conectará diretamente desenvolvedores de projetos a compradores de créditos, promovendo uma maior escala de descarbonização.
A Ambipar é uma multinacional brasileira líder global em soluções ambientais, presente em 41 países e com mais de 23 mil colaboradores. Suas operações incluem descarbonização, economia circular, transição energética e regeneração ambiental. Listada na B3 (AMBP3) e na Bolsa de Nova York (AMBI), a companhia é um dos principais nomes na economia verde.

Redação Brasil 247

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Meio Ambiente

Ambipar e Fundação Prince Albert II podem fechar parceria sobre moeda digital para alavancar o mercado de crédito de carbono

247 – A multinacional brasileira Ambipar, reconhecida por sua liderança em soluções ambientais, inaugurou nesta segunda-feira 18 seu primeiro escritório nos Emirados Árabes Unidos, em Abu Dhabi. Essa expansão tem como objetivo fortalecer a presença da empresa na região do Golfo Pérsico, de olho nas oportunidades de descarbonização e economia circular que os Emirados têm promovido com políticas ambientais ambiciosas. A abertura foi confirmada por meio de um comunicado oficial da companhia, que ressalta a importância estratégica dessa nova unidade para os planos de crescimento global da Ambipar.
“Para Ambipar é muito importante fazer parte do crescimento dos Emirados Árabes Unidos, bem como do Oriente Médio e Norte da África. Fomos muito bem recebidos pelas autoridades locais e nossos potenciais parceiros estão bem ansiosos com a nossa chegada. Temos a previsão de iniciarmos nossa primeira operação em meados de janeiro de 2025”, destaca Tercio Borlenghi Junior, presidente da Ambipar.
A entrada da Ambipar nos Emirados Árabes é um movimento estratégico que reforça a capacidade da empresa de atender à crescente demanda por soluções ambientais na região. “Enxergamos um grande potencial para a atuação da Ambipar no Oriente Médio e Norte da África em diversos segmentos para os quais somos capazes de oferecer serviços e produtos completos voltados à gestão ambiental, em especial para economia circular”, afirmou Rafael Tello, vice-presidente de Sustentabilidade da companhia.
Com essa nova base em Abu Dhabi, a Ambipar se posiciona como parceira nos esforços para ajudar os Emirados a cumprir suas metas do Plano 2050, oferecendo expertise em descarbonização e iniciativas de economia circular.
<h3>O Plano 2050 dos Emirados Árabes Unidos</h3>
O compromisso dos Emirados Árabes com a sustentabilidade é formalizado por meio do Plano Estratégico de Neutralidade de Carbono até 2050, que visa transformar a economia do país e promover um desenvolvimento mais verde. Essa iniciativa foi a primeira do tipo na região do Oriente Médio e Norte da África e reafirma a liderança dos Emirados em esforços ambientais. O Plano 2050 foi lançado com o intuito de alinhar as políticas do país aos objetivos do Acordo de Paris, buscando limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.
O Plano inclui uma série de estratégias ambiciosas, como o investimento em fontes renováveis e limpas de energia. Os Emirados Árabes têm se destacado por serem a casa das maiores e mais econômicas usinas solares do mundo e por terem adotado a energia nuclear para diversificar sua matriz energética. O país também lançou o primeiro projeto de hidrogênio verde em escala industrial da região e tem investido significativamente em tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS).
Esses esforços têm um impacto direto não só na redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também no fortalecimento da economia local, criando novas oportunidades de negócios e emprego. O governo dos Emirados prevê que as medidas de sustentabilidade impulsionarão o crescimento do PIB e melhorarão a segurança energética a longo prazo.
<h3>Investimentos em energia renovável</h3>
O Plano 2050 vai além das fronteiras dos Emirados, com o país investindo em projetos de energia renovável em mais de 70 países, incluindo o Brasil, totalizando um valor de aproximadamente US$ 16,8 bilhões. Esse apoio global reflete o compromisso dos Emirados em promover uma transição energética justa e sustentável.
A dependência de combustíveis fósseis para a geração de energia e as previsões de aumento do nível do mar, que podem impactar cerca de 35% da população até 2100, destacam a necessidade de um planejamento robusto e de soluções inovadoras. As autoridades locais têm trabalhado para mitigar esses riscos por meio da ampliação de infraestruturas verdes e da promoção de uma economia diversificada e resiliente.

Tercio Borlenghi Júnior e a cidade de Dubai

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