247 - A polícia da Sérvia vem lutando com gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral na cidade de Novi Sad, para dispersar manifestantes que exigem a derrubada do presidente Aleksandar Vučić e seu partido, o Partido Progressista Sérvio (SNS).
Os protestos de estudantes e da oposição na Sérvia começaram após o desabamento de uma cobertura na estação ferroviária de Novi Sad, em 1º de novembro de 2024, que deixou 16 mortos. As tensões se intensificaram em meados de agosto, com manifestações cada vez mais violentas em todo o país.
O governo da China, que investe na região de Novi Sad, está ciente das pressões externas sobre a Sérvia e das tentativas em curso de incitar agitação no país balcânico, afirmou o presidente Vučić, após uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping, na última semana.
“Falamos sobre o enfrentamento das revoluções coloridas no contexto da não interferência nos assuntos internos. Houve tentativas de organizá-las [revoltas] em Hong Kong e agora há tentativas de fazê-lo em Belgrado. A liderança chinesa e o presidente Xi estão plenamente cientes dos acontecimentos em nosso país. Eles compreendem a pressão que enfrentamos, o que é importante para nós. Disse que, apesar do meu pessimismo, seremos capazes de superar isso com nosso trabalho, esforço, ideias, planos e programas”, declarou Vučić após o encontro.
Vučić afirmou que não considerava decretar estado de emergência e prometeu tomar medidas decisivas para restaurar a paz e a ordem no país. O primeiro-ministro Duro Macut também condenou a violência.

Redação Brasil 247

Manifestantes entram em confronto com a polícia de choque, durante um protesto universitário em Novi Sad, Sérvia, 5 de setembro de 2025

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Mundo

China apoia Sérvia contra agitação em região estratégica

247 - Em uma declaração firme, o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, reafirmou no &nbsp;sábado (27) que o país não adotará sanções contra a Rússia, resistindo a pressões da União Europeia (UE). A informação foi originalmente divulgada pela agência Global Look Press e confirmada por declarações oficiais do governo sérvio. Vucic destacou que Belgrado permanecerá "independente e soberana" em suas decisões, sem abrir mão de seus princípios por interesses de curto prazo.
"Não trairemos nossos valores em busca de vantagens passageiras", afirmou Vucic, enfatizando que a Sérvia continuará a cultivar relações equilibradas tanto com a Rússia quanto com a UE. "Essa política tem se mostrado correta até agora. É a política de um Estado independente e soberano", declarou. O presidente ainda classificou como "precipitadas" as interpretações sobre possíveis mudanças na postura sérvia, após declarações do ministro da Integração à UE, Nemanja Starovic.

José Reinaldo

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Sérvia rejeita pressão da União Europeia para impor sanções à Rússia

247 - O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, anunciou nesta segunda-feira (21) o avanço do projeto de construção de um oleoduto entre Hungria e Sérvia para transporte de petróleo russo. A declaração foi feita após encontro com o vice-ministro da Energia da Rússia, Pavel Sorokin, e a ministra de Mineração e Energia da Sérvia, Dubravka Dedovic-Handanovic.
Segundo Szijjarto, “estamos avançando com os parceiros sérvios e russos para construir um novo oleoduto entre Hungria e Sérvia”. Ele afirmou que todas as partes envolvidas apoiam a iniciativa, que já teve os detalhes de investimento e construção avaliados. A previsão é que o projeto entre em operação em 2027.
A infraestrutura terá aproximadamente 300 quilômetros de extensão e capacidade estimada entre 4 e 5 milhões de toneladas por ano. O objetivo é permitir que a Sérvia receba petróleo russo por meio do sistema Druzhba, atualmente operando em outros países do Leste Europeu, consolidando a Hungria como ponto de trânsito da commodity.
<h3>Críticas à política energética da UE</h3>
Durante entrevista a jornalistas, o chanceler húngaro criticou a política energética da União Europeia. Ele afirmou que Bruxelas busca “nos cortar do petróleo e gás russos, forçando as famílias húngaras a pagarem de duas a quatro vezes mais”. E completou: “Não vamos permitir isso. Estamos construindo novas fontes, não as encerrando”.
Embora Szijjarto não tenha especificado o papel da Rússia no projeto, o vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak declarou no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, em junho, que Moscou está disposta a ajudar na construção e fornecer petróleo para o novo oleoduto.
<h3>Reações às sanções e contexto regional</h3>
As exportações de petróleo russo para a União Europeia caíram acentuadamente após as sanções relacionadas à guerra na Ucrânia. Entre as medidas, estão o embargo à importação de petróleo via navios-tanque, implementado em 2023, e o estabelecimento de um teto para o preço do barril russo.
No âmbito do plano RePowerEU, a Comissão Europeia pretende eliminar totalmente as importações de energia russa até 2028. A Hungria, que mantém alta dependência dos recursos energéticos de Moscou, é contrária à iniciativa e, em junho, chegou a bloquear um novo pacote de sanções contra o setor de energia da Rússia. O veto foi retirado após concessões que garantiram isenções ao país.
O 18º pacote de sanções aprovado pela UE inclui mecanismos de precificação dinâmica para o petróleo russo e restrições à importação de derivados produzidos com petróleo russo em países terceiros.
<h3>Posição russa</h3>
Moscou tem criticado as sanções ocidentais, alegando que são ilegais e causam prejuízos às economias da própria União Europeia. Segundo autoridades russas, a tentativa de cortar o fornecimento energético resultou em aumento de preços no bloco e pode forçar os países a buscarem alternativas mais caras ou a recorrerem a importações indiretas da Rússia, por meio de intermediários.
(Com informações da RT)

Luis Mauro Filho

2O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, discute um novo projeto de gasoduto por meio de videochamada com os ministros de energia da Rússia e da Sérvia, Budapeste - 21/07/2025

Hungria confirma avanço de oleoduto com a Sérvia para transporte de petróleo russo

247 - Milhares de pessoas voltaram às ruas de Belgrado neste sábado (28), exigindo a dissolução do Parlamento da Sérvia e a convocação de eleições antecipadas. A mobilização, liderada por grupos estudantis, foi marcada por confrontos violentos com a polícia e acusações graves por parte de autoridades do governo. As informações são da <a href="https://esrt.site/actualidad/556058-manifestantes-llamaron-guerra-civil-serbia">RT</a>.
A presidente do Parlamento sérvio, Ana Brnabic, classificou a manifestação como uma ameaça à ordem institucional. Em sua conta oficial na plataforma X (antigo Twitter), ela escreveu: &nbsp;“[Os manifestantes] terminaram com um chamado arrepiante pelo assassinato da Sérvia, um chamado monstruoso e aberto à guerra civil”, disse Brnabic, em tom alarmista.
Durante o protesto, participantes lançaram garrafas, tochas e fogos de artifício contra os policiais, que reagiram com jatos d’água e gás lacrimogêneo. As forças de segurança isolaram parte do centro da capital, onde os embates se intensificaram.
A onda de insatisfação popular se intensificou depois que o governo do presidente Aleksandar Vucic ignorou um ultimato emitido por organizações estudantis que pediam a renovação do Legislativo. Diante da negativa, os manifestantes passaram a convocar atos de “desobediência civil”, aumentando a tensão entre oposição e governo.
Vucic, por sua vez, tem rebatido duramente as críticas. Para ele, as manifestações fazem parte de uma tentativa de desestabilização com apoio externo. “O Estado será defendido e os agressores serão levados à justiça. A população não precisa se preocupar”, afirmou o presidente, ao também pedir calma à sociedade.
As manifestações ocorrem após um histórico recente de instabilidade. Nos últimos oito meses, a Sérvia tem vivido episódios recorrentes de protesto, muitos dos quais relacionados ao desabamento fatal de uma marquise de concreto em uma estação ferroviária em Novi Sad, em novembro de 2024. O incidente gerou revolta popular e reforçou críticas à gestão pública e à transparência governamental.

Otávio Rosso

Sérvia: protestos da oposição paralisam Belgrado e presidente do parlamento fala em “chamado à guerra civil”

CGTN – O presidente Xi Jinping se reuniu, na tarde desta sexta-feira (9), com o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic. O encontro foi em Moscou, durante as comemorações do 80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica da União Soviética. O líder chinês destacou que, em maio do ano passado, realizou com sucesso uma visita de Estado à Sérvia. Ao longo do último ano, a construção da comunidade de futuro compartilhado China-Sérvia para a nova era teve um bom início e já gerou resultados visíveis. A parte chinesa está disposta a aprofundar a comunicação estratégica com a Sérvia, ampliar o apoio mútuo, reforçar a cooperação em comércio e investimentos, além de continuar apoiando a construção e operação dos projetos cooperativos, aproveitar seus efeitos demonstrativos e alcançar mais resultados de benefício recíproco. Xi Jinping ressaltou que, há 80 anos, os povos da China e da Sérvia contribuíram significativamente para a vitória da guerra antifascista nos campos de batalha asiático e europeu, respectivamente. A China está disposta a trabalhar em conjunto com a Sérvia e outros países para enfrentar os desafios globais, defender a paz mundial e a justiça internacional, salvaguardar os frutos da globalização econômica e promover a construção de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2025051011058_9a2d2c84738f45fdb5534e18804aa6f8351347fdc2de07fe7717d27717824479.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="2025051011058_9a2d2c84738f45fdb5534e18804aa6f8351347fdc2de07fe7717d27717824479" data-rendition-name="original" width="1000" height="629" loading="lazy" alt="China e Sérvia se comprometem a reforçar a cooperação e enfrentar desafios em conjunto"></figure>  Por sua vez, Vucic afirmou que a China é o amigo mais valioso da Sérvia e sempre ofereceu apoio altruísta para o desenvolvimento econômico do país e a melhoria das condições de vida de seu povo. A Sérvia segue firmemente o princípio de Uma Só China e considera Taiwan uma parte inseparável do território chinês. O país deseja expandir os contatos comerciais com a China, acolhe mais empresas chinesas para investir e desenvolver negócios na Sérvia e promete oferecer um bom ambiente de negócios. Vucic elogiou o firme apoio da China ao multilateralismo e afirmou que os princípios e ações da parte chinesa aumentam a confiança da comunidade internacional na defesa de interesses comuns. A Sérvia está disposta a unir-se à China para enfrentar os desafios do unilateralismo e do protecionismo. Tradução: Zhao Yan Revisão: Fabiano Bomfim&nbsp; Fonte: CMG

China

China e Sérvia se comprometem a reforçar a cooperação e enfrentar desafios em conjunto

247 – A Sérvia está sob ameaça de uma “revolução colorida” promovida por potências ocidentais, segundo afirmou o vice-primeiro-ministro Aleksandar Vulin durante uma reunião em Moscou com o secretário do Conselho de Segurança Nacional da Rússia, Sergey Shoigu. A declaração foi <a href="https://www.rt.com/news/614640-serbia-face-color-revolution/">publicada pelo canal RT</a> neste domingo (23) e se insere no contexto de uma crescente onda de manifestações no país balcânico.
“A revolução colorida está em andamento em Belgrado”, afirmou Vulin, em referência ao conceito utilizado para designar movimentos de protesto, frequentemente apoiados por governos estrangeiros, com o objetivo de provocar mudanças de regime. “Os serviços de segurança ocidentais estão por trás disso, querem instalar um novo governo. Mas não vamos permitir”, declarou o vice-premiê.
Os protestos na Sérvia, liderados majoritariamente por estudantes, tiveram início em novembro de 2024 após o desabamento de uma cobertura de concreto na estação ferroviária da cidade de Novi Sad, que resultou em mortes e feridos. Desde então, as manifestações vêm crescendo e atingiram um ápice no dia 15 de março com um grande ato em Belgrado, seguido por confrontos entre manifestantes e a polícia.
Vulin não poupou críticas à atuação de potências estrangeiras. “O Ocidente quer destruir a Sérvia”, acusou, sugerindo que a pressão sobre o país tem ligação direta com a postura do governo sérvio em relação à Rússia. Ao contrário da maioria dos países europeus, Belgrado se recusou a aderir às sanções contra Moscou impostas após o início do conflito na Ucrânia. “E nunca o fará”, garantiu o vice-premiê.
O presidente sérvio Aleksandar Vučić já havia denunciado anteriormente uma suposta colaboração entre a oposição interna e os serviços de inteligência de países ocidentais, além de agências croatas e albanesas, com o objetivo de desestabilizar o governo. Segundo Vulin, os mesmos grupos por trás dos protestos pretendem provocar uma radicalização do movimento nos próximos dias. “Quem organizou o ato de 15 de março deseja repetir o cenário de Maidan e está trabalhando para isso”, alertou.
Shoigu, que também é ex-ministro da Defesa da Rússia, manifestou preocupação com os desdobramentos na Sérvia e ressaltou a importância da parceria estratégica entre os dois países. “A Rússia valoriza suas relações com Belgrado. Mantemos um diálogo aberto, especialmente na área de combate às revoluções coloridas”, disse.
Em tom de gratidão, Vulin elogiou a atuação dos serviços de inteligência russos, com os quais, segundo ele, o governo sérvio mantém excelente comunicação. “Eles conhecem o perigo que enfrentamos. Sou muito grato por essa cooperação”, afirmou. Shoigu respondeu que a Sérvia “pode sempre contar com a ajuda da Rússia em qualquer questão”.
O termo “revolução colorida” é utilizado principalmente por governos que se opõem à ingerência ocidental, especialmente de países como os Estados Unidos, para descrever levantes populares que culminam na derrubada de autoridades eleitas, como ocorreu na Ucrânia em 2014, com a destituição do presidente Viktor Yanukovych.
A crise política na Sérvia acontece em um contexto geopolítico delicado, em que a disputa por influência entre o Ocidente e a Rússia volta a se intensificar nos Bálcãs. Com a tensão crescente nas ruas e o discurso endurecido do governo, o país entra em uma fase de instabilidade cujo desfecho permanece imprevisível.

Sul Global

Vice-premiê da Sérvia denuncia tentativa de “revolução colorida” com apoio do Ocidente

247 - Um protesto antigovernamental na capital sérvia, Belgrado, que começou pacífico, tornou-se violento, resultando em 56 feridos e 22 pessoas presas. Os manifestantes usaram bombas de fumaça e sinalizadores para expressar sua rejeição ao governo, informou o canal RT.&nbsp;
Uma multidão de mais de 80 mil manifestantes tomou as ruas e foi reprimida com um "Dispositivo de Áudio de Longo Alcance (LRAD, na sigla em inglês)", segundo as informações divulgadas pelo canal e pela mídia local. No entanto, o governo sérvio negou as acusações de uso do dispositivo.&nbsp;
A violência eclodiu quando “algumas dezenas de pessoas em estado de embriaguez” tentaram atacar policiais e outras pessoas nos arredores do prédio presidencial, afirmou o presidente Aleksandar Vucic em pronunciamento no sábado (15). As forças de segurança prenderam 22 indivíduos por agressões a agentes de segurança e danos ao patrimônio.
<blockquote>Ele também disse que os cidadãos sérvios não querem "uma revolução colorida".</blockquote>
Os protestos, inicialmente desencadeados pela indignação pública após o trágico colapso de uma infraestrutura em Novi Sad, em novembro passado, evoluíram para um movimento mais amplo, exigindo transparência, responsabilização e o fim da corrupção. Manifestantes, incluindo estudantes, educadores e agricultores, acusam o governo de negligência e má gestão.
Analistas disseram que o país vem sofrendo pressão de países ocidentais para se afastar da Rússia e da China. Nesse contexto, na última semana, o Ministério Público da Bósnia emitiu mandados de captura contra o presidente da Republika Srpska, Milorad Dodik, apoiado por Vucic, e outros dois altos funcionários, acusando-os de violar a Constituição. Segundo as acusações, Dodik implementou novas leis que buscam impedir o funcionamento das instituições de segurança e judiciais do Estado no território que abrange aproximadamente metade do país nos Balcãs Ocidentais. Ele nega as acusações. O secretário-geral da Otan reafirmou na última semana o "apoio inabalável" da aliança militar à integridade territorial da Bósnia.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet"><a href="https://twitter.com/hashtag/BREAKING?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#BREAKING</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Serbia?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Serbia</a> Reports have emerged alleging that Serbian police used an LRAD sonic cannon during the student protests in Belgrade this evening. President Aleksandar Vučić, during his address that concluded moments ago, denied the claims.<a href="https://t.co/yA8OQgxf3E">https://t.co/yA8OQgxf3E</a> <a href="https://t.co/W7L7IMwncr">pic.twitter.com/W7L7IMwncr</a>&mdash; The National Independent (@NationalIndNews) <a href="https://twitter.com/NationalIndNews/status/1901033828098986049?ref_src=twsrc%5Etfw">March 15, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Sobreira

Na Sérvia, novos protestos contra o governo tomam as ruas (vídeo)

Reuters - Parlamentares da oposição sérvia lançaram granadas de fumaça e gás lacrimogêneo dentro do parlamento nesta terça-feira (5) para protestar contra o governo e apoiar estudantes em manifestação, resultando em um legislador sofrendo um derrame durante o caos.
As manifestações lideradas por estudantes já duram quatro meses e ganharam o apoio de professores, agricultores e outros grupos, tornando-se a maior ameaça ao governo do presidente Aleksandar Vucic em sua década de poder. Muitos sérvios denunciam corrupção e incompetência no governo.
Durante a sessão legislativa, após a coalizão governista liderada pelo Partido Progressista Sérvio (SNS) aprovar a pauta do dia, alguns políticos da oposição deixaram seus assentos e correram em direção à presidência do parlamento, entrando em confronto com seguranças. Outros lançaram granadas de fumaça e gás lacrimogêneo, enquanto imagens da TV mostravam fumaça preta e rosa dentro do plenário. O parlamento sérvio já foi palco de brigas e até de lançamentos de água desde a introdução da democracia multipartidária em 1990.
Parlamentar ferida - A presidente do parlamento, Ana Brnabic, informou que dois legisladores ficaram feridos, sendo que uma deles, Jasmina Obradovic, do partido governista SNS, sofreu um derrame e está em estado crítico. "O parlamento continuará funcionando e defendendo a Sérvia", declarou Brnabic durante a sessão.
Mesmo após o tumulto, os parlamentares da coalizão governista seguiram debatendo, enquanto membros da oposição protestavam com apitos e buzinas. Deputados da oposição também ergueram cartazes com frases como "greve geral" e "justiça para os mortos", em referência às 15 vítimas do desabamento do telhado de uma estação ferroviária, evento que desencadeou o movimento de protestos.
Líderes da manifestação convocaram um grande ato na capital Belgrado para o dia 15 de março.
O governo acusa agências de inteligência ocidentais de tentarem desestabilizar a Sérvia e derrubar o governo ao apoiarem os protestos.
Nesta terça-feira, o parlamento sérvio deveria votar um projeto de lei para aumentar os investimentos nas universidades – uma das principais reivindicações dos estudantes que bloqueiam instituições de ensino desde dezembro. Também estava prevista a formalização da renúncia do primeiro-ministro Milos Vucevic, mas outros itens da pauta incluídos pela coalizão governista geraram revolta na oposição.

Guilherme Levorato

Parlamentares da oposição sérvia disparam granadas de fumaça dentro do parlamento 

Granadas de fumaça são lançadas no parlamento sérvio; parlamentar sofre derrame

247 - O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, afirmou que 3 bilhões de euros foram investidos do exterior ao longo de 10 anos para derrubar as atuais autoridades sérvias.
As autoridades sérvias já haviam expressado a opinião de que o objetivo dos estudantes que protestam desde novembro, juntamente com agricultores, aposentados e outros cidadãos, era derrubar o governo e o presidente, e que suas ações estavam sendo conduzidas por mídias e organizações financiadas pelo Ocidente. Como Vucic destacou em janeiro, cerca de um bilhão de euros foram investidos do exterior para derrubar o atual governo sérvio ao longo de quatro anos.
"Estou literalmente chocado, pois descobri quanto dinheiro foi investido para minha derrubada. Eu pensava que 1,5 bilhão de euros foram investidos do exterior nos últimos 10 anos, mas, quando comecei a contar, percebi que foram 3 bilhões de euros. Por exemplo, um certo fundo chamado 'Trag' recebeu 28 milhões de euros, você já ouviu falar dele?", disse o líder sérvio à TV Pink.
Em sua opinião, o dinheiro foi investido do exterior para mudar o governo atual na Sérvia devido à política independente e autônoma de Belgrado, com o objetivo de prejudicar a posição do país no cenário internacional e "deixá-lo para sempre atrás da Croácia, Bulgária e Eslovênia".
"Eles querem que a Sérvia atue como um teatro de marionetes, onde apenas seus discursos são ouvidos e seguidos. Os desobedientes devem ser removidos. É por isso que tivemos protestos durante sete meses por ano. Eles ainda estão surpresos que isso não tenha acabado, mas eu lhes digo — não haverá revoluções sangrentas", enfatizou Vucic.
O Reitorado da Universidade de Belgrado recusou recentemente um convite de Vucic para iniciar um diálogo em 5 de fevereiro, em meio a protestos em massa de estudantes e professores. Os estudantes universitários, juntamente com professores da universidade estadual, acusaram as autoridades do país de não cumprirem suas demandas. Durante os protestos, os estudantes insistiram repetidamente que suas reivindicações não eram dirigidas ao chefe de Estado, mas ao Ministério Público e a outros órgãos.
Protestos antigovernamentais de estudantes e da oposição ocorrem na Sérvia desde novembro de 2024. Eles foram desencadeados pela morte de 15 pessoas quando um toldo de concreto desabou na estação ferroviária de Novi Sad em 1º de novembro. Os manifestantes bloquearam o funcionamento de muitas instituições de ensino superior, interrompendo quase diariamente estradas e vias, embora não causem grandes distúrbios. Entre suas demandas estão a publicação de toda a documentação sobre a reconstrução da estação ferroviária de Novi Sad, a isenção de processos contra todos os detidos durante os protestos e a responsabilização criminal daqueles que atacaram estudantes durante os protestos.
As autoridades cumpriram gradualmente essas condições. Em particular, mais de 16 mil documentos sobre a reconstrução da estação ferroviária de Novi Sad foram disponibilizados ao público. Vucic perdoou 13 manifestantes acusados de crimes, e o Ministério das Finanças da Sérvia anunciou a alocação de recursos adicionais para universidades estaduais. Ao mesmo tempo, a liderança do país pede que a oposição dialogue, mas esse chamado permanece sem resposta.
Na noite de 1º de fevereiro, o presidente afirmou que os protestos em massa de estudantes e da oposição, que ocorrem desde novembro, estão ligados a uma tentativa direta de serviços de inteligência estrangeiros de destruir o país. (Com informações da Sputnik).

Presidente sérvio diz que 3 bilhões de euros foram investidos do exterior ao longo de 10 anos para derrubá-lo

247 - O primeiro-ministro da Sérvia, Miloš Vučević, renunciou no último dia 27 de janeiro, buscando acalmar as crescentes tensões políticas geradas por meses de protestos contra a corrupção. A decisão ocorre em um momento de instabilidade política no país, após manifestações que começaram em novembro de 2024, quando o telhado de uma estação de trem em Novi Sad desabou, matando 15 pessoas. O acidente, que causou indignação em todo o território sérvio, foi rapidamente associado à má gestão pública e à corrupção, e se tornou um catalisador para protestos generalizados contra o governo. As informações são do jornal<a href="https://www.theguardian.com/world/2025/jan/28/what-does-resignation-of-populist-prime-minister-milos-vucevic-mean-for-serbia?CMP=Share_iOSApp_Other"> The Guardian</a>.
Os protestos foram liderados principalmente por estudantes de universidades públicas, que exigiram respostas claras sobre as causas do desastre e a responsabilização dos envolvidos. Além de bloqueios de estradas e manifestações em diversas cidades, os estudantes também organizaram acampamentos nas faculdades, reforçando seu apelo por maior transparência governamental. O movimento rapidamente ganhou apoio de outros grupos da sociedade, incluindo cidadãos comuns, funcionários públicos e membros do judiciário, refletindo um descontentamento generalizado com o governo do presidente Aleksandar Vučić e seu partido, o Partido Progressista Sérvio (SNS).
Renúncia como tentativa de apaziguar a situação - A renúncia de Vučević foi anunciada após um episódio de violência envolvendo manifestantes, quando uma estudante foi agredida por supostos membros do SNS em Novi Sad. “Faço um apelo para que todos acalmem os ânimos e voltem ao diálogo”, declarou o ex-primeiro-ministro em coletiva de imprensa. "O prefeito de Novi Sad, Milan Đurić, também estava prestes a renunciar", complementou Vučević.
Apesar de sua saída, o líder político vinculou os protestos a uma suposta interferência estrangeira, sem fornecer provas. “Eu nunca justificaria ou entenderia muitos desses protestos, bloqueios da vida, das estradas e da liberdade de movimento de outros cidadãos”, afirmou. A imprensa sérvia especula que sua renúncia seja uma tentativa de mitigar a raiva popular e a pressão sobre o governo, especialmente após o desastre em Novi Sad, que abalou ainda mais a imagem da administração Vučić.
O futuro da Sérvia e as implicações para a oposição - Com a renúncia de Vučević, a Sérvia se encontra em um momento de incerteza política. O presidente Vučić, que comanda o país de maneira autoritária, terá que decidir, dentro de 30 dias, se nomeará um novo primeiro-ministro ou convocará eleições antecipadas. Em uma análise sobre o cenário político, Marta Szpala, pesquisadora do Centro de Estudos Orientais em Varsóvia, indicou que a renúncia poderia ser uma estratégia para retomar o controle da situação. “Alternativamente, ele pode convocar uma eleição antecipada, buscando retomar o controle da narrativa e tirar proveito de um movimento social descentralizado e muito diverso por trás dos protestos”, disse Szpala.
O impacto dos protestos também levantou questões sobre a democracia na Sérvia, com críticos apontando que a renúncia de Vučević pode não ser suficiente para encerrar as manifestações. Branimir Jovančićević, ex-deputado da oposição, afirmou que a troca de um único líder não resolverá o problema. “Se o presidente acha que substituindo uma figura, essencialmente, irrelevante... [ele] resolverá o problema... ele está profundamente equivocado”, comentou Jovančićević à Associated Press.
Outros observadores sugerem que os protestos podem sinalizar uma mudança nas marés políticas da Sérvia. O ex-diplomata norte-americano Edward Joseph observou nas redes sociais que até juízes, figuras proeminentes do serviço público, se uniram aos manifestantes, o que reflete uma mudança na dinâmica política do país: “O fator medo desapareceu. Mesmo em uma democracia degradada nos Bálcãs, o povo ainda tem poder e pode exigir responsabilização.”

Sérvia vive momento de tensão política com renúncia de primeiro-ministro após grandes manifestações

247 - O primeiro-ministro da Sérvia, Milos Vucevic, anunciou na terça-feira sua renúncia, tornando-se a autoridade de mais alto escalão a deixar o cargo desde que protestos anticorrupção se espalharam pelo país, informa a Reuters.
Belgrado tem sido palco de protestos diários contra o governo desde que um telhado desabou em novembro em uma estação ferroviária em Novi Sad, a segunda maior cidade da Sérvia, matando 15 pessoas.
Os manifestantes, incluindo estudantes, professores e outros trabalhadores, compareceram aos milhares, dizendo que o desastre ocorreu em decorrência da corrupção dentro do governo do presidente Aleksandar Vucic.
"Optei por essa medida a fim de reduzir as tensões", disse Vucevic em uma entrevista coletiva nesta terça-feira, anunciando sua intenção de renunciar. Ele afirmou que o prefeito de Novi Sad também renunciará.
Ele também afirmou que os protestos foram organizados "de fora". “Tudo isso foi organizado de fora, não há dúvida sobre isso. Eles atingiram a área mais sensível da sociedade — a educação e as crianças. É vil deliberadamente colocar em risco a Sérvia como estado”, disse Vucevic.
"Com isso, atendemos a todas as exigências dos manifestantes mais radicais."
Vucevic é o chefe do Partido Progressista da Sérvia, de centro-direita, no poder desde 2023.

Primeiro-ministro sérvio renuncia em meio a protestos populares

247 - Uma greve liderada por estudantes reuniu dezenas de milhares de pessoas em manifestações por toda a Sérvia. Professores e advogados também aderiram ao movimento antigoverno.&nbsp;
"Apoio os estudantes nesta grande luta por um país livre, por justiça, por responsabilidade e por competência", declarou à agência AFP Nikola Nikacevic, professor de 48 anos, durante o protesto de sexta-feira (24) na capital Belgrado.
Paralelamente, na sexta-feira, o presidente Aleksandar Vucic reuniu milhares de apoiadores em um comício na cidade de Jagodina, região central da Sérvia, para contrapor as manifestações.
Os EUA declararam que não apoiam aqueles "que minam o Estado de direito ou que tomam posse de prédios governamentais à força".
Há dois meses, as universidades sérvias estão bloqueadas pelos protestos, assim como muitas escolas. O estopim dos protestos foi uma tragédia ocorrida em novembro de 2024, quando o toldo de concreto de uma estação de trem recém-reformada em Novi Sad desabou, matando 15 pessoas. Os manifestantes atribuem o desastre à corrupção no governo, enquanto as autoridades negam qualquer responsabilidade pelas mortes.
A estação onde ocorreu a tragédia fazia parte de um projeto de infraestrutura financiado pela China, segundo informações da agência Deutsche Welle. Em decorrência do incidente, 13 pessoas foram indiciadas, incluindo um ex-ministro.
Os protestos também se espalharam para cidades como Novi Sad, Belgrado e Nis, e continuaram a crescer durante o fim de semana.
Vucic e seus aliados acusam os manifestantes de estarem sendo manipulados por potências estrangeiras com o objetivo de desestabilizar o governo. Apesar disso, o presidente propôs diálogo com os estudantes, mas as negociações foram rejeitadas pelo movimento.

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